Translate

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

BEST RECORDS 2015
Quando não há nenhum lançamento de impacto mundial como em 2015 as listas dos melhores discos são variadas, e depois da era do rádio, variadíssimas. Muitos dos melhores nem são conhecidos por estas bandas. A minha (curta) lista inclui quatro discos que gostei de ouvir  e  que tiveram um certo reconhecimento nos EUA e Europa. Em quatro estilos: Hip Hop, Pop Rock, Rock e Pop.Não por acaso, os quatro tem influências dos anos 80 e 90.
 Kendric Lamar - To Pimp A Butterfly  Considerado um clássico no panorama atual,  dizem que o disco pode ser relevante para a história do hip hop e da música. Com tal importância atrelada ao álbum, a audição deste disco é quase que obrigatória, não somente para os fãs do rap e do hip hop, mas, sim, para qualquer um que se importe com música boa.”
Tame Impala - Currents “Considerada por muitos como um dos nomes mais relevantes da nova safra de bandas pós anos 2000, o grupo se destacou por ser um dos pioneiros e responsáveis pelo revival psicodélico do começo da década. O novo disco, não deixa de lado o trabalho minucioso nas texturas e percussões setentistas, mas é também repleto de novas referências, como a música pop dos anos 80 com recursos da música eletrônica contemporânea. Prá quem tem saudade de sons do passado...


SuperHeaven - Ours Is Chrome  O nome do disco se refere às pessoas que não estão familiarizadas com a música underground e que só ouvem rádio. As pessoas acham que se você está numa turnê pela europa você é rico e famoso e tem uma vida excitante. ”É como algo cromado, brilhante do lado de fora, mas quando você quebra não é o que parece”.
Comparada com o grunge e o rock alternativo o SuperHeaven  trás de volta o som dos anos 90  mas o grupo acha que “Grunge é uma coisa específica do tempo; Eu só penso nisso como rock. Mas há rótulos e bandas piores que o Nirvana que as pessoas poderiam nos comparar”.







Adele - 25 Intitulado como um reflexo da vida e do espírito da artista aos 25 anos de idade, 25 foi o disco mais esperado de 2015.  Ao contrário do trabalho anterior, 25 incorpora elementos eletrônicos e padrões de criação rítmica, apresentando elementos do R&B dos anos 80. Neste terceiro disco Adele parece refletir mais sobre o passado, fala de nostalgia e melancolia sobre a passagem do tempo, maternidade e arrependimento.
PS: É um bom disco , mas é difícil superar aquele, o primeiro.




O segundo disco da banda está indicado ao Grammy como melhor álbum alternativo e deve levar o prêmio. Depois do retrõ "Boys & Girls" o novo "Sound & Color"  continua a alegrar a galera antenada nas referências dos 60's & 70's

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

CHICO BUARQUE: A RESSURREIÇÃO


Eu não queria falar de Chico Buarque, mas a tropa de choque esquerdista de alienados com ideias há muito ultrapassadas me deixaram cheio de "ódio", e resolvi externar meu lado "fascista" só para contrariá-los. Lembro de Chico Buarque desde a minha infância, quando achava  que "A banda" era uma música muito infantil e por isto não gostava dela. Mas lembro também que no meu livro de português da quarta série tinha a linda música "Caroline' e que uma vez a classe inteira cantou.
Chico tem todo o direito de ter suas próprias convicções políticas e desde os anos 70 sempre se mostrou um defensor da esquerda socialista, comunista ou o que quer que seja ainda isto. E  tem também todo o direito de passar o resto da sua vida em Paris, não é esta a questão.
Por azar, não tanto seu, mas do Brasil, o estrago feito por  um governo que resolveu implantar o caos no país com um  programa que parece seguir as leis de Lênin, e que é defendido por Chico, o colocou na mira dos que querem deletar o PT do mapa.
Chico Buarque sempre foi incensado pelos militantes da esquerda que finalmente tomou conta do poder há treze anos, como uma figura representativa da ideologia que pretendia ser massificante. Sempre foi apresentado para as novas gerações como alguém que enfrentou e lutou contra a Ditadura, uma tremenda baboseira. Algumas de suas músicas, cujas letras podem ser interpretadas com se queira, são apresentadas até hoje como uma forma de combate ao regime militar. Menos, menos.
Chico Buarque teve sua fama artística reconhecida exatamente no período dos militares e não se tem noticias de que foi perseguido ou que ele pegou em armas para combater ao lado dos grupos guerrilheiros que pretendiam tomar o país.
Por influência da ressurreição de Chico após ele ser "molestado", voltei a ouvir  alguns antigos sucessos do compositor, e comparando a época em que "Meu caro amigo" tocava nas rádios com a atual situação provocada pelo desgoverno defendido por Chico, cheguei a conclusão de que a coisa agora está realmente preta.
Eu considero que Chico é um dos maiores compositores da MPB, mas como figura pública tem que aguentar o peso das suas escolhas, ainda mais quando é beneficiado pelo governo com verbas... públicas. Os que defendem um plano maléfico para o Brasil como o que pretende, ou pretendia, o nefasto Partido dos Trabalhadores não vão passar desapercebidos. Mesmo que seja o Chico Buarque de Holanda. 
  

sábado, 19 de dezembro de 2015

O QUE NÃO PODE SER

Que não é o que não pode ser que
Não é o que não pode
Ser que não é
O que não pode ser que não
É o que não
Pode ser
Que não
É
(O Que - Titãs)

 
Não é para os fracos assistir uma sessão do STF, ainda mais quando o relator é praticamente um debutante na casa e que prepara o seu voto ad cautelam. Mas a intenção era boa e ví longos trechos da sessão do segundo dia onde a Suprema Corte pavimentou o rito a ser seguido para evitar, A contratio sensu do que queria a maioria do povo brasileiro, o impeachmeant   já quase sem volta da Presidente.
É claro que não entendo nada do universo jurídico como a maioria das pessoas, principalmente da interpretação de leis, que prá mim deveriam ser claras, como diz o Arnaldo (Cesar Coelho), mas parece que o buraco é mais embaixo, ad nauseam.
Vendo a sessão percebi que estava errado ao achar que a confusão na câmara dos deputados por não chegarem a um consenso sobre questões tão preliminares, como a formação da comissão, era uma amostra de incapacidade dos parlamentares.
Data vênia, o STF já ter passado por um rito de Impeachmeant do ex-presidente Fernando Collor, parece que nada foi aprendido ou,  pior, parece que o STF quis entrar no jogo politico para defender interesses do moribundo executivo. O que foi feito antes, foi feito de maneira errada? senão porque não seguir o mesmo roteiro? 
Não vou aqui julgar o STF, apenas fazer umas considerações sobre as dúvidas que ficaram na minha cabeça após horas ouvindo os votos dos eminentes colegiados. Devo dizer que, para meu espanto, os votos de Fachin e Toffoli  foram contra as pretensões do governo, mas começaram a acender uma luz sobre o que no final me pareceu um plano genialmente engendrado. Todos sabem que Fachin, Toffoli, Roberto Barroso e Lewandowiski são petistas sem carteirinha. além do Gilmar Mendes, os outros parecem imparciais com relação ao governo. Mas Ad processum, Gilmar, Fachin e Toffoli foram os que me pareceram mais coerentes com o que eu entendi das regras da constituição e
(lembro aqui que uma rápida leitura de alguns parágrafos da constituição ou de um regimento, parece à principio muito claro, até algum eminente lembrar de outra lei  que mistura tudo e volta tudo a estaca zero.)
Para começar não entendí  porque não foi aceita a tese de aceitação de candidatura avulsa na comissão. O STF decidiu que a comissão só pode ser formada, seguindo a proporcionalidade  dos partidos, com membros indicados por seus líderes, o que tornou sem efeito a comissão  a comissão do impeachment criada na Câmara.
Roberto Barroso, um hábil misturador de parágrafos e itens, além de defensor do governo, convenceu os mais indecisos e emplacou a sua tese, mas a pergunta que fica é: onde fica a votação, que foi o motivo do imbróglio ir parar no colo dos nobres colegiados? a dúvida era se a votação era aberta ou secreta, será que esqueceram? Se os membros são indicados, como haverá votação? No caso, agora não importa muito se a votação é secreta ou aberta.
Outra escorregadela prá mim muito clara se refere a decisão, por maioria, com divergência aberta pelo (petista sem carteirinha)  Roberto Barroso, que decidiu que a Câmara faz apenas o juízo de admissibilidade do impeachment e que isso não obriga o Senado a abrir o processo.
Sobre isto, vamos ler o parágrafo da Constituição no Artigo 86:
Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade.
Eu entendi “será”, não “pode ser.” mas parece que não é o que não pode ser que não é.
 

 
Eu não tenho certeza, mas achei estranho e surpreendente o voto de Dias Toffoli. Veemente, chamou a atenção para o fato de que o tribunal estava entrando no regimento interno da câmara.
Outro suspeito de pender para o lado governista, Edson Fachin também surpreendeu dando um voto isento, defendendo a independência entre os Poderes. Gilmar Mendes ao ver o lado mau ganhar força, alertou que todos  deveriam reconhecer que a decisão final era casuística, como foi. Ninguém parece ter ligado .
Celso de Mello, que parece não achar a lei ou o parágrafo para aferir seu voto, foi o criador da frase mais célebre da sessão ao dizer que o Senado precisaria ter o poder de barrar a instauração do processo levando-se em conta o “útil, o oportuno e o conveniente”. Ou seja, Celso defendeu o Ius abutendi, o direito de abusar.
No final, sem Communis opinio, cada um interpretou as leis à sua maneira e terminando o embate incrivelmente e convenientemente empatado. O voto de minerva do vassalo Lewandowiski ´abriu uma grande possibilidade do pedido de impeachmeant ser arquivado pelo Senado. Agora todos podem sair de férias.
Como disse Reinaldo Azevedo no seu blog" Ministros do Supremo que ignoraram a Constituição e o Regimento Interno em seu voto ignoraram também a população. Que vai às ruas dizer o que pensa."
Eu espero que os raios caiam sobre suas cabeças e queimem suas togas. 

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Libera aí "Creep", com Prince.

 
Em 2008, Prince assombrou o festival de  Coachella com um cover ainda mais esmerilhante e sensual  de "Creep"do Radiohead. O desempenho incongruente e incrível tornou-se quase instantaneamente uma lenda, sussurrada pelos fãs, que dizia só quem viu foram os que  estavam lá para vê-lo. Ninguém mais poderia assistir a performance, nem online, pois o príncipe roxo, adverso do You tube e congêneres, e sua equipe de defensores de direitos autorais rapidamente tirou toda e qualquer traço do desempenho sempre que apareceu online.
Mas, um milagre aconteceu:

Alguém lembrou de pedir permissão ao dono da música, no caso Thom Yorke, do Radiohead.



O próprio príncipe roxo twittou um link para o New Musical Express, explicando que Thom Yorke do Radiohead havia dado permissão para o cover ser difundido online. "Bem, diga a ele para desbloqueá-lo. É a nossa canção ... ", disse Thom Yorke, de acordo com canal de Miles Hartl YouTube que postou a música.

 

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

CINEMA: A ESCOLHA DOS CRÍTICOS



ADORO CINEMA
A National Board of Review, tradicional organização de críticos de cinema dos Estados Unidos que elege anualmente os destaques da indústria cinematográfica americana , divulgou sua lista de melhores do ano.
Mad Max: Estrada da Fúria foi eleito o filme de 2015.
A Associação de críticos centenária consagra filme de George Miller e também premia Ridley Scott, Matt Damon e Brie Larson.
Nos últimos 10 anos, todos os vencedores do prêmio de melhor filme pelo National Board of Review foram indicados ao Oscar de melhor filme, com a exceção de O Ano Mais Violento.
Completam o top 10 dos melhores filmes do ano  os filmes Ponte dos Espiões, Creed: Nascido Para Lutar, Os Oito Odiados, Perdido em Marte, Divertida Mente, O Quarto de Jack, Sicario: Terra de Ninguém, Spotlight e Straight Outta Compton - A História do N.W.A..
O maior vencedor foi Perdido em Marte, premiado nas categorias melhor diretor, melhor ator e melhor roteiro adaptado.

VENCEDORES
  • Melhor Filme: Mad Max: Fury Road
  • Melhor Diretor: Ridley Scott por Perdido em Marte
  • Melhor Ator: Matt Damon, por Perdido em Marte
  • Melhor Atriz: Brie Larson , por O Quarto de Jack
  • Melhor Ator Coadjuvante:  Sylvester Stallone por Creed: Nascido Para Lutar
  • Melhor Atriz Coadjuvante: Jennifer Jason Leigh, por Os Oito Odiados
  • Melhor Roteiro: Quentin Tarantino  por Os Oito Odiados
  • Melhor Roteiro Adaptado:Drew Goddard, por Perdido em Marte
  • Melhor Filme de Animação: Divertida Mente
  • Melhor Revelação: Abraham Attah, por Beasts of no Nation;
  • Melhor Diretor Estreante: Jonas Carpignano, por Mediterrânea
  • Melhor Filme Estrangeiro: Son of Saul
  • Melhor Documentário: Amy
  • Prêmio Spotlight: Sicário: Terra de ninguém
  • Prêmio Liberdade de Expressão NBR: Beasts of No Nation 
10 MELHORES FILMES
  • Ponte dos Espiões
  • Creed: Nascido Para Lutar
  • Os Oito Odiados
  • Perdido em Marte
  • Divertida Mente
  • O Quarto de Jack
  • Sicario: Terra de Ninguém
  • Spotlight
  • Straight Outta Compton - A História do N.W.A.
MELHORES FILMES ESTRANGEIROS
  • Boa noite, Mamãe (Áustria)
  • Mediterrânea (Itália, França, EUA, Alemanha, Qatar)
  • Phoenix (Alemanha)
  • Que horas ela volta? (Brasil)
  • A Gangue (Ucrânia, Holanda)

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Palavras Cruzadas

A Lava-Jato de Sérgio Moro trouxe para o noticiário nosso de cada dia um elemento novo que existia apenas na nossa imaginação, mas que agora pode ser feito através de organogramas, fluxogramas,  tabelas, relatórios. A nova geração da Justiça formada pelos novos promotores, delegados e juízes, usam e abusam (no bom sentido), das novas tecnologias de informação e se aproveitam de qualquer  escorregada dos meliantes que deixam pistas em vídeos ou gravações de celulares. Daí é só usar o método já usado no filme "O jogo da imitação", e chamar os caras bons em palavras cruzadas.
O Jogo da corrupção no Brasil, que envolve a alta côrte composta de banqueiros, empreiteiros e  políticos no poder é diversificado, mas em todos existem conexões que no caso de escorrego de um infeliz, todos vem à tona. Daí a chuva de delações premiadas, a nova sensação da Justiça brasileira. No país onde criminosos comprovados se dizem inocentes na maior cara-de-pau, as ligações não significam nada, mas é um escárnio, como disse a Juíza do STF, como os envolvidos parecem flertar com a impunidade.
Muitas conexões já foram mostradas nos casos dos que já foram presos, mas ainda aparecem muitas ainda sem definição, mas que estão sendo reviradas não só pela policia Federal, mas por jornalistas e detetives das redes sociais.
Por exemplo: Lula é amigo de José Carlos Bumlai; Bunlai é pai de Fernando, marido de Neca, filha de Pedro Chaves dos Santos. Pedro Chaves é suplente (que deverá assumir a cadeira de senador) de Delcídio do Amaral, preso ao tentar comprar o silêncio de Nestor Cerveró com a ajuda de André Esteves; André Esteves comprou a fazenda Cristo Rei, de José Carlos Bumlai, que tomou R$ 12 milhões no banco de Salim Schahin, cuja empreiteira associou-se à Sete Brasil, presidida por João Carlos Ferraz, que era amigo de Lula.
André Esteves, banqueiro que foi preso na mesma operação que prendeu o Senador do PT Delcídio do amaral, é um dos 13 sujeitos mais ricos do Brasil. Ele aparece em muitos fluxogranas, digo fluxogramas, envolvendo corruptos presos ou soltos.Por exemplo:
André Esteves é dono do BTG que comprou o BSI, banco suíço, que apresentou uma nota dizendo que o Senador Romário não tinha contas na Suíça.
Segundo as gravações que levaram à prisão do Senador Delcídio, Romário resolveu abandonar sua candidatura à prefeito do Rio de Janeiro em favor de Pedro Paulo, candidato de Eduardo Paes à sua sucessão na prefeitura do Rio. O irmão de Paes, Guilherme Paes, é sócio de André Esteves, dono do BTG, que comprou o BSI.
Como dizia um velho colunista de um jornal do Ceará: liguem os fios.

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

UMA SESSÃO TRISTE, MAS DIVERTIDA.

A Sessão extraordinária do senado federal aberta para cumprir a exigência constitucional da casa  avaliar se mantinha na prisão, ordenada pelo STF, do primeiro Senador da República preso em flagrante, foi um misto de diversão e constrangimento, pelo menos para mim. É risível, mas compreensível pelo próprio perfil de quem elege alguns políticos, a atuação de parlamentares que sendo Senadores da República, deveriam estar num nível pelo menos qualificado para exercer o cargo. A discussão maior, que levou horas, não foi sobre a pauta inédita sobre a prisão de um parlamentar em exercício, mas como se dariam os votos, se aberto ou secreto, e apesar do regimento estar desatualizado, o que mostra que este mesmo senado não faz absolutamente nada, e não se sobrepor sobre a constituição, havia a predisposição do presidente Renan Calheiros e da mesa de que o voto seria secreto, não adiantando as questões de ordem bastante consistentes de alguns senadores de que o voto secreto está especificado, em casos específicos, na constituição. É lamentável que numa casa que é um dos pilares da Democracia tenha algumas raposas que ainda queiram interpretar as leis de acordo com seus (minguados)  pontos-de-vista.
Aliás, deve haver algo terrivelmente  de errado nas redações das leis brasileiras para que cada um interprete de um modo diferente do outro. Se os parlamentares, que têem status de Deuses e imunidade contra tudo não são capazes de interpretar o óbvio, fico pensando nos casos comuns, que dependem de interpretação de um só juiz,  diante de um código penal desatualizado e num emaranhado de leis que não estão mais satisfazendo a demanda da nação.  
A parte divertida foi ver que os intocáveis senadores, alguns em polvorosa, sentiram que não estão mais imunes à justiça, e que a imunidade, que deve algum dia acabar, serve apenas para que tenham liberdade de expressarem seus ponto de vista políticos no exercício do cargo, não para ficarem impunes de crimes, seja eles qual forem.     

MORRISSEY SOMBRIO NO RIO



 
Para quem não gosta do som do ex-líder dos Smiths, Morrissey é um chato. A volta dele ao Rio depois do show na Fundição progresso em 2012, não mostrou nenhuma novidade para os fãs que lotaram o lugar, a não ser para os novos críticos que não o conhecem e o tacharam de melodramático. Mas embora o tempo esteja passando para o instigante Moz e o Metropolitan pareça apertado, Morrissey  ainda leva seus devotos a qualquer lugar.
Para os que não entendem sua mensagem, o Set list do show foi uma lição de protesto, inconformismo e engajamento. Para os que não conhecem suas letras, algumas das mais polêmicas da história da música recente, lê-las poderia fazer alguns mudarem de idéia. Não é de agora que as músicas de Morrissey são engajadas e críticas ou expõe sua forma de ver a realidade de uma maneira original. Nesta Turnê Morrissey está particularmente incisivo e insatisfeito, apesar de abrir os trabalhos com Suedhead. A sequência é um mar de insatisfação, começando com Alma Matters,
(pulando This Charming Man  dos Smiths), reclamando das(os) amantes e amores em  You Have Killed e Speedway, mostrando cenas brutais (?) no telão em Ganglord.
Todos sabem que Morrissey reclama de Manchester em Every day Is Like a Sunday ,mas agora critíca a ordem mundial em World Peace Is None Of Your Business e continua a lamentar a desesperança em How Soon is Now?  canção dos tempo dos Smiths.
O mundo está cheio de idiotas e é um lugar ingrato prá se viver, como opina em  World Peace Is None Of Your Business e  The World Is Full Of Crashing Bores.
Interessante notar que além da forma simbólica em You Have Killed, a morte em suas várias formas, é a maior presença nas músicas do set list do show. A forma trágica é lembrada em Mama Lay Softly On the Riverbed e One of Our Own, é sentida em Oboe Concert e First Of The Gang To Die e de forma diversa é celebrada em  The Queen is Dead.
Para protestar contra matanças em geral, de homens e animais, Morrissey apresentou como sempre, a  onipresente Meat is Murder,  e comemorou a morte do toureiro em  The Bullfighter Dies. Com a bandeira da França no telão prestou sua homenagem às vitimas dos atentados de novembro cantando I’m Throwing My Arms Around Paris. Melodramático ou pessimista,  Morrissey apenas mostrou com seu set list sombrio, que não dá prá ser feliz num mundo à beira do colapso.

sábado, 21 de novembro de 2015

TERRORISTAS NO RIO


A Policia Federal localizou num Hospital do Rio três indivíduos de origem síria, cadastrados como terroristas pela CIA, fato  confirmado pelo FBI através de selfies já que os mesmos estavam sem identidade nem passaportes, e que segundo confissão dos próprios estavam planejando chegar a Nova York para realizar um atentado contra a  estátua da liberdade.
As investigações dão conta de que os perigosos indivíduos chegaram ao Rio no Domingo, 8 de Novembro às 7:33, vindos da Turquia. Segundo a policia, para não levantar suspeitas, os três que receberam a missão de sequestrar um avião para atingir a estátua, confessaram que achavam que era mais fácil entrar em ares americanos vindo do solo brasileiro. E que nada poderia dar errado.
Os três, que se encontram em estado bastante grave, confessaram em troca da delação premiada que a missão começou a complicar já no desembarque, quando a bagagem dos muçulmanos com o material explosivo foi extraviada, e até agora, segundo informações não foi localizada. 
Após quase sete horas de peregrinação por diversos guichês e dificuldade de comunicação em encontrar alguém que falasse Inglês, os três resolvem sair do aeroporto para o local onde ficariam hospedados, e pegaram um táxi na estrada, por precaução, sem saberem que era pirata e que o motorista ao perceber que eram estrangeiros, rodou duas horas dando voltas na Linha Vermelha , e ao invés de deixa-los no Catete, onde morava um contato do grupo, entendeu que estavam indo pra Baixada Fluminense. Em Caxias, ao parar o carro, apareceram cinco bandidos que os assaltaram e espancaram.
Por sorte, conseguiram escapar com alguns dólares que tinham escondido na cueca e pegaram carona num caminhão de milicianos que levava uma carga de botijões de gás prá zona Oeste.
Às 18h20h do Domingo, os homens de al-Baghdadi  chegam perto do estádio do Maracanã. O Flamengo acabara de perder o jogo . A torcida rubro-negra confunde os terroristas com integrantes da torcida adversária e lhes dá uma surra ao estilo rubro-negro. O chefe da torcida, um tal de “Pé de Mesa”, abusa sexualmente deles.
Às 19h45m, finalmente são deixados em paz, com dores terríveis pelo corpo, e ao verem uma barraca de venda de bebida nas proximidades, decidem se embriagar uma vez na vida (mesmo que seja pecado, Alá perdoa). Tomam cachaça adulterada com metanol e vão parar no Miguel Couto. Os médicos diagnosticam gonorréia com gastro-enterite e os mandam prá casa..
Sem entenderem o que estava acontecendo, na segunda-feira, às 7h33m, graças ao treinamento de guerrilha no Afeganistão, os dois terroristas conseguem chegar ao hotel no Catete.
Procuram uma casa de câmbio para trocar o pouco que sobrou de dólares. Não desconfiam que as  notas de R$ 100,00 são falsas, dessas que são feitas grosseiramente a partir de notas de R$ 1,00, e não confiando em táxis, alugam um carro para voltarem ao aeroporto mas erraram o caminho e  entraram para o lado da Rocinha onde o carro foi totalmente metralhado. Mais uma vez graças ao treinamento de guerrilha se safaram, e tentaram voltar para o aeroporto, determinados agora a  sequestrar  um avião e jogá-lo bem no meio do Cristo Redentor, mas encontraram um congestionamento monstro por causa de um ônibus incendiado num protesto e ficaram três horas parados na Avenida Brasil, altura de Manguinhos, onde seus relógios e celulares reservas foram devidamente levados em um arrastão. 
Por fim, às 15h45m chegam ao Tom Jobim para sequestrar um avião.
Aeroviários estão fazendo uma muvuca no saguão do aeroporto, tocando pagode e gritando slogans e palavras de ordem contra o governo. O Batalhão de Choque da PM chega batendo em todos, inclusive nos terroristas.
Os árabes são conduzidos à delegacia da Polícia Federal no Aeroporto, acusados de tráfico de drogas, visto que tiveram plantados papelotes de cocaína nos seus bolsos.
Às 18 horas, graças ao treinamento de  guerrilha, conseguem se escamotear aproveitando uma briga  de presos e se dirigem ao balcão da GOL determinados a comprar as passagens, mas o funcionário desconfia do dinheiro falso e chama a polícia. Acreditando que foram descobertos, os três saem correndo e discutindo entre si, pois começam a ficar em dúvida se destruir o Rio de Janeiro, no fim das contas é um ato terrorista ou uma obra de caridade.
Às 23h40m os três terroristas fogem do aeroporto escondidos na traseira de um caminhão de eletrodomésticos que vai prá S. Paulo, assaltado minutos depois quando passava em Belford Roxo na Washington Luiz. Confundidos com seguranças, tendo que usar de novo o treinamento de fuga,  saem correndo pela pista  debaixo de uma saraivada de balas. Desnorteados, famintos, andando sem rumo são resgatados por uma van clandestina de uma ONG ligada a direitos humanos. Voltam ao Rio e cansados, famintos e sem dinheiro nenhum, decidem comer sem pagar num restaurante pé sujo e pedem churrasquinho com queijo de coalho e limonada, o que provoca uma diarréia nos miseráveis quase instantânea. Depois de três horas no banheiro e graças ao treinamento de guerrilha, conseguem sair sem pagar e debilitados, acabam adormecendo debaixo da marquise de uma loja. Não houve tempo para perceberem a nova ameaça que se aproximava.
A Polícia Federal ainda não revelou o hospital onde os dois foram internados em estado grave, depois de espancados quase até a morte por um grupo de mata-mendigos
Um delegado declarou que os três, se saírem com vida da UTI, serão deportados para os EUA,  o Ministério da Justiça deve autorizar a deportação dos tres infelizes, se tiver verba, é claro.
Segundo o delegado confidenciou, este também é um desejo dos três, que manifestam vontade de sair do país o mais breve possível, alegando que em matéria de terror e sofrimento, estamos anos luz à  frente.
(Fonte CNN Especial)

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

ALÉM DA IMAGINAÇÃO

 
Logo após os atentados do Estado Islâmico contra a França e contra a humanidade, as redes sociais no Brasil foram tomadas pela velha discussão medíocre entre os contra e os "à favor"  de assuntos que na maioria das vezes os indivíduos não têm a mínima noção do que está acontecendo por trás das cenas e  se baseiam apenas nas reportagens editadas na Tv e nos posts das mesmas redes sociais.
Embora seja do lado que reconheça o direito de qualquer um escolher suas próprias causas, eu não suporto, ou melhor , estou de saco cheio , como disse Lennon, de paranóicos, Primas-donas, bizarros ignorantes e inescrupulosos em geral. Eu estou me lixando para discussões no Facebook , mas a guerra de sensibilidades entre o que aconteceu em Paris e Mariana feita pelos que fiscalizam a causa dos outros mostra que tudo que foi discutido até agora não ajuda em nada a melhorar um mundo já totalmente abalado pelas tragédias e que a canção "Imagine" de Lennon não vingou.
Como disse o colunista e diretor do Instituto Liberal, João Luiz Mauad, em um artigo –  A crítica sobre a sensibilidade alheia  denota falta dessa mesma sensibilidade. Os que colocaram a bandeira da França em seus perfis foram logo bombardeados por aqueles que acham que a tragédia de Mariana têm a exclusividade dos brasileiros, e que o que ocorreu na França é um problema dos europeus e uma tragédia ,como aqui, regional. Querer discutir qual tragédia é mais importante para o país ou para a humanidade é sinal da  ignorância que explica por que elas acontecem em pleno século 21.
Muitos dos que colocaram a bandeira da França em seus perfis para mostrar condolências ou por sentirem o mundo se esfacelando,  não mostraram desprezo pelo que aconteceu em Mariana, afinal temos provas mais do que suficientes de que somos um povo negligente e tragédias anunciadas podem ocorrer a qualquer hora, podemos dizer que estamos conformados.
A maioria dos que colocaram  a bandeira da França nos perfis, também, sequer desconfiam de que o que aconteceu lá também foi um pouco de negligência, fruto do esquerdismo e o multiculturalismo, ingênuo para os dias atuais, a mesma teoria desarmamentista que impera por aqui,  a autoconfiança e ingenuidade dos franceses  que facilita ocorrências devastadoras como essa.
A tragédia em Mariana, não foi um ato de guerra contra a humanidade e embora fruto da negligência humana não foi uma ação programada contra a população com a intenção de matar.
Os atentados em Paris foi um ataque ao mundo civilizado que atinge todos os povos, porque foram quebradas as fronteiras e o terror pode estar ao seu lado e da sua família. Mesmo estando longe do conflito, não podemos trafegar por um mundo totalmente livre.
Entender o que é mais relevante não me faz ter  que comparar tragédias, afinal todas são frutos da nossa ignorância, da nossa separação por fronteiras ( ao contrário de Imagine), como provou a torcida turca no jogo contra a Grécia na Turquia, vaiando durante o minuto de silêncio pelas vítimas na França.
Os que acham que nossa tragédia é maior não vêem  nos noticiários e portanto não têm conhecimento de que a maioria das grandes empresas brasileiras estão, como todas as instituições, os bancos, fundos de pensão,  aparelhadas pelo governo, pelos militantes do PT e pelos políticos de sua base aliada que buscam apenas benefícios para sí enquanto a sociedade toma prejuízos. O caso mais emblemático, da Petrobrás , não conseguiu indignar nem a metade da população. Portanto, nós, o povo somos também culpados.
Na nossa tragédia, ao contrário de Paris, ninguém quer ser responsabilizado, ninguém será responsabilizado. Como o governo é sócio majoritário da Vale, dias depois da tragédia em Minas, Dilma assinou o decreto 8572 que diz : “…considera-se também como natural o desastre decorrente do rompimento ou colapso de barragens que ocasione movimento de massa, com danos a unidades residenciais”. Com uma simples canetada, Dilma tirou da Samarco e da Vale toda a responsabilidade sobre a tragédia.

(Para saber quais são as empresas que estão sob o controle do PT, basta checar seus quadros acionários, os benefícios fiscais, a quantidade de dinheiro que receberam do BNDES e os valores que doaram aos partidos nos últimos anos.)

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

VOLTAR À ISRAEL, PRÁ QUÊ?



Caetano Veloso foi fazer um show em Israel, apesar de pressionado e ficar indeciso como sempre, depois de receber uma carta de Roger Waters, um dos militantes do BDS, movimento que  tenta arregimentar forças para boicotar Israel em favor dos palestinos. Mas o que colocou Caetano de novo no centro de discussões polêmicas foi o artigo escrito pelo próprio na Folha de S. Paulo "Visitar Israel para não mais voltar à Israel", título aliás, bem de acordo com o palavreado caetânico, que quer dizer muitas coisas e no fim não quer dizer nada. Caetano, para quem não sabe, é o rei das frases dúbias, qualidade que por um bom tempo, nos anos 70, o fez ser confundido com um grande pensador ou um novo tipo de intelectual moderno que inteligentemente usava de metáforas para driblar a censura. Seus artigos que escreve nos jornais mostra que seu problema é não ter ideias formadas sobre tudo, a verdadeira metamorfose ambulante cantada por Raul Seixas. Não por acaso tudo que fala ou escreve vira polêmica, o que deve ser seu objetivo, a começar pela resposta da ....Israel, e de vários artigos criticando sua posição no artigo totalmente contra Israel, apesar de ter sido pago para fazer lá seu show e ser recebido com benevolência pelos que gostam da sua música.
Apesar do artigo ser um mar de incertezas, vou falar apenas de três questões que me parecem dignas de alguma discussão, lembrando que o cantor/compositor/ escritor admirador do concretismo de Augusto dos Anjos, sempre que escreve algo faz referências à varias pessoas ou fatos, alguns aparentemente sem nenhuma relação com o assunto em pauta. O que mostra, pelo menos para mim, não ter ideias concretas na cabeça e se basear no que os outros pensam ou dizem.
Caetano reclamou por exemplo da falta do estado de alerta das pessoas em Tel Aviv, o que refletia o poder adquirido pelo estado de Israel, a certeza de que sua defesa estava firme. O que ele queria pelo visto é obvio, um povo amedrontado esperando uma chuva de bombas sem um sistema de bloqueio de misseis enviados pelos militantes do Hamas. Ainda na dúvida, se pergunta se, conforme a música de Marcelo Yuka, esta é a paz que não quero? Será que depois de todos estes anos atacado por todos os lados os Israelenses não deveriam ter organizado sua defesa de forma firme e segura? Acho que Caetano, na sua casa no Leblon, não pode achar nada, mas os Israelenses com certeza, ainda que forjada pelo costume, querem esta paz.
Caetano faz uma comparação entre os assentamentos palestinos com as favelas brasileiras, uma visão metafórica, mas que mostra a total dicotomia dos seus pensamentos, uma coisa não tem nada a ver com outra, e nem com os assentamentos do MST, na verdade Caetano defende um governo no Brasil que nos últimos (muitos) anos deixou proliferar o crime nos guetos conhecidos como favelas, e critica um governo em Israel que mantém um sistema seguro de defesa.
Ambiguo, como sempre , sempre fazendo referências à pessoas ou músicas, Caetano após visitar Susiya, diz que pensou em gritar "Break the Silence" o brado dos que criticam a politica do governo  israelense na Cisjordânia, durante o show, mas fazendo um grande esforço interno optou pelo silencio. Acho que foi por prudência, ou medo, certamente se lembrou do que sobrou prá ele gritar "é proibido proibir" em um show durante o regime militar. Lembrando, e para provar que suas ideias não são coordenadas, que anos depois de bradar "é proibido proibir" e sem nenhuma censura vigente, o músico se juntou a trupe que queria proibir a publicação das biografias não autorizadas.
Caetano diz por fim que não volta à Israel, porque acha que todas as queixas do BDS são fundadas, baseado nas informações de gente que quer ver Israel riscado do mapa e até, vejam só, num documento do Sindicato dos metalúrgicos de S. J. dos Campos que diz se somar ao BDS por entender ser esta uma importante ferramenta pelo fim do estado de Israel.
Caetano está, inconfundivelmente então, ao lado dos que lutam pelo fim do estado de Israel, ou não?
Depois de declarar admiração por Lamarca, e visitar Dilma Roussef, Caetano assim como Gil, não podem mais serem levados à sério, estão do lado B, contra Israel e contra o Brasil.




  

sábado, 7 de novembro de 2015

FILME - A MÚSICA NUNCA PAROU



"A Música nunca parou"  é de 2011 mas só chegou ao Brasil no ano passado através da NetFlix, do diretor  Jim Kohlberg, com J.K. Simmons e Lou Taylor Pucci, a produção norte-americana é baseada no ensaio “O último hippie" do livro de Oliver Sacks.
Seria um filme incipiente se não tivesse na trama uma relação emocionante com a trilha sonora de peso. Gabriel (Lou Taylor) é um jovem hippie como qualquer outro do fim dos anos 1960, depois de discutir com o pai, sai de casa e some por vinte anos. Nos anos 1980, a família volta a se reunir enquanto o ex-jovem se recupera da cirurgia para retirada de um tumor no cérebro, que o impede de ter recordações do passado ou novas memórias. Gabriel não se lembra de nada do que ocorreu depois de Woodstock, mas  uma terapeuta descobre que ele se recorda de fatos do passado ao ouvir suas músicas preferidas, o que leva o pai, o ex-durão Henry (J.K Simmons) , a  sair procurando todos os discos da época e até trocando os seus pelos discos da banda predileta do filho, Grateful Dead.
O resultado é surpreendente. Para alegria de quem gosta de rock dos anos 70 , entra em cena a trilha sonora  que é recheada de hits: Peggy Lee, Beatles, Bob Dylan, Rolling Stones e Buffalo Springfield, e claro, The Grateful Dead.
No final, pai e filho acabam encontrando uma forma de se relacionarem por meio da música e
quando vão ao show do Dead, o filme já deixou meio mundo emocionado e às lágrimas, que tendem a cair, quando toca "Touch of Grey", música que o ex-hippie não conhece pois foi tocada pela primeira vez em 1982.





Touch of Grey" is a 1987 single by the Grateful Dead and is from the álbum  In the Dark.
 The song is known for its refrain "I will get by / I will survive. "First performed as an encore on September 15, 1982 at the Capital Centre in Landover, Maryland, it was finally released in 1987.
 

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

TÁ FALTANDO MÚSICA


Estava pensando em como os tempos atuais estão vazios de música em relação aos anos 70 e 80 quando me deparo com um artigo na Folha de S. Paulo de  Vladimir Safatle  cujo título chama-se "O Fim da Música".O artigo, embora não tenha a mesma direção do que eu penso sobre a música no Brasil, tem alguns pontos de concordância, como o fato de que a música, principalmente à partir dos anos 60, passou a fazer parte da linha de frente do debate cultural, como aconteceu em outros países em épocas diferentes ou na mesma época, unindo os sentimentos e pensamentos de camadas tão distintas e distantes num país em que cabe vários países ou povos.
Mas a tese de que nos momentos em que teve desenvolvimento econômico, o Brasil foi acompanhado de explosão criativa em sua produção cultural, me parece fora de tom, embora se possa dizer que a qualidade musical depende da educação da população, ou do que ela está preparada para produzir, e ouvir.
Quem viveu os tempos de interação musical dos anos 70, em que a maioria ouvia quase as mesmas músicas e de variadas qualidades, sabe que havia a opção de escolher, e que até  a música mais popular, como o samba que vinha dos morros, vinha com o selo de qualidade de grandes mestres.
Para situar o ponto de mudança temos que começar pelos anos 80. No começo da década, os músicos brasileiros começaram, ainda com alguns traços da boa formação cultural aprendida na década anterior, a expor a consciência crítica nacional agora livre da censura e foram bem sucedidos, se levarmos em conta a obra de alguns expoentes como Legião Urbana e Titãs, embora não houvesse crescimento econômico, mas que fez pensar realmente que com o desenvolvimento por vir no Brasil e do resto do mundo haveria uma explosão cultural nunca vista  antes.
O aparecimento do fator Axé e do pagode nos anos 90 que desviou a corrente musical brasileira que desembocou no funk e sertanejo no último decênio não tem muita explicação até porque ainda não foi muito estudado pelos antropólogos musicais mas podemos dizer que a industria musical optou pela simplicidade formal, ou informal.
Pode se acrescentar que o fim da era do rádio apressou o fim da escolha e difusão da música de qualidade, mas acredito também que o ponto principal,  e o pior, foi a inserção das lutas de classes no campo da cultura e nas produções musicais com a desculpa de que a música para o povo tem que vir obrigatoriamente das camadas mais pobres, mesmo de qualidade duvidosa,decretando o fim de uma pretensa dominância cultural da classe média brasileira e least but not last, dominância americana.
Acho que Vladimir tem razão em vários pontos do artigo mas não acho que a música chegou ao fim,
ela está por aí escondida, separada em pequenos nichos e nunca mais vai ser como antes, agora você tem que procurar. Mas faz uma falta danada uma integração nacional, principalmente através de musica.  

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

 

AS (Minhas) MELHORES MUSICAS INTERNACIONAIS DE TODOS OS TEMPOS  Doobie Brothers - Listen To The Music

 


Ás vezes, nos momentos dificieis da vida, a gente só precisa deixar aquela música tocar.
Todo o tempo.
 

sábado, 17 de outubro de 2015

CRISE? QUAL DELAS?


Depois de muito tempo estudando os fatos políticos dos últimos meses e vendo "in loco" o tremendo buraco em que foi lançada a economia brasileira fiquei cansado e resolvi também dar minha nota de rebaixamento do Brasil. Não há salvação possível para um povo tão despreparado e governado por políticos e empresários de tão baixa estirpe, daqueles que roubam 100 milhões sem ter a mínima ideia de como vão fazer para esconder e gastar toda a dinheirama. Eu não estou surpreso com as contas do presidente da câmara na Suíça, nem com o enriquecimento do Lula e seus familiares. Eu estou cansado e desistindo de esperar que por um encanto qualquer, um milagre ou intervenção de Odin, de ainda ver um monte de políticos corruptos atrás das grades.
É correto que uma boa parte da população ainda não sentiu e talvez não vá sentir, que os políticos, principalmente os que tem o poder executivo, ocupam um lugar que parece inexpugnável, façam o que fizerem, o que contraria o sentimento de que vivemos numa democracia. Nada mais falso do que ouvir dos mesmos políticos que atrasam o país, de que as instituições estão funcionando plenamente.
 Seguindo uma trajetória iniciada por Maluf, os nossos políticos protegidos por uma constituição feita para povos como os Suecos, seguem a  máxima de que não importam seus crimes, o mais importante é que eles tem direito de se defenderem até do indefensável. 
Parece surreal que após o executivo levar o país em seis meses á beira da falência com manipulações no mínimo irresponsáveis e o povo ir ás ruas berrar pelas instituições, e com motivos mais do que suficientes para iniciar um processo de impeachment, o congresso, as instituições, os cientistas políticos e os juristas não chegam a um consenso sobre o que fazer para acabar de vez com a praga que se instalou no palácio do planalto e fazer o Brasil sair das crises.
Que crise? ainda perguntam alguns simpatizantes lulopetistas, porque eles ainda existem, embora a maioria esteja escondida, e porque é claro, o Brasil é pródigo em imbecís, senão seria uma das quatro mais fortes economias do mundo.
Mas o que deveria deixar mais preocupado o cidadão brasileiro é o fato de que o País com graves indícios de corrupção generalizada, maquiagem nas contas públicas, manipulação da inflação e do PIB, provocando desemprego e corrosão dos salários, não tem uma instituição sequer para prevenir, descobrir ou estancar manipulações  mal-intencionadas como a que foi detonada pelo governo antes das eleições do ano passado. Não se sabe onde andavam os economistas, a OAB, o tribunal de contas.
Descobriu-se que o Banco Central do Brasil parece ter uma função meramente burocrática, para controlar o dinheiro dos bancos e guardar o dinheiro dos impostos; O tribunal de contas é um mero foro auxiliar do Congresso Nacional, que por sua vez  nada faz e nada sabe a não ser o que é divulgado na imprensa.
A verdade é que vendo os tiroteios vindo de todo lado sem que ninguém saiba o que fazer, descobre-se que a culpa toda é da nossa constituição que parece não  atender  ás necessidades de um país dominado por criminosos. Leis obscuras, código penal arcaico e bonzinho com os fora da lei premia com recursos e penas brandas demais tanto corruptos como assassinos e torna a impunidade um caminho suave para os que enchem as sua contas na Suiça  com nosso suado dinheirinho. O crime não compensa nunca, não acredito que eles vão viver suas vidas completamente em paz, mas o pior é que eles nem tem consciência disso.
.

 

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

PAINEL POLÍTICO


Não é estranho o país do futebol ter quatro canais de esportes em rede nacional, fora os canais locais em cada cidade, transmitindo e discutindo o dia inteiro o que aconteceu no última rodada do campeonato brasileiro e nos campeonatos europeus. A quantidade de especialistas, comentaristas, locutores, ex-jogadores e corneteiros analisando os jogos, jogadas, jogadores, árbitros e assistentes é impressionante.
Estranho é o país estar passando uma das maiores crises da sua história, uma crise moral, econômica e politica, e não haver no país o mesmo interesse por programas que debatam nossa política e detalhem para a população o que os políticos fazem e acontecem sem juiz nenhum prá dar um cartão amarelo.
O programa Painel da Globo News é uma rara excessão num deserto de programação dedicada à análise e debates políticos. Os debates sem nexo nas redes sociais e as passeatas de rua sem agenda acontecem em sua maioria por causa da falta de síntese da informação. Seria interessante termos canais que debatessem a política nacional com a mesma paixão com que aqueles debatem o futebol brasileiro. Depois de trinta anos de regime democrático, a população brasileira ainda está acostumada a deixar os parlamentares fazerem o que querem com o país, até quebrá-lo, menos fazerem o seu trabalho para o qual foram eleitos, por se acharem totalmente sem marcação.
É de causar o ódio propagado pelos esquerdopatas, vermos um governo que não governa, um congresso que não cumpre sua função e uma oposição sem outro programa que não seja receber um ministério de presente. Programas de debates com todos os seguimentos da sociedade são necessários para que a população pelo menos saiba o que está acontecendo naquela ilha chamada Brasília e possa se defender e tentar impedir que piratas roubem o dinheiro dos impostos e desviem da finalidade para o qual seriam destinados.
Só a desinformação pode justificar um país com mais de 200 milhões de habitantes ficar calado sem saber porque ele não cresce, tem os políticos mais caros do mundo e paga os mais altos impostos do planeta sem receber nada em troca.

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

ROCK IN RIO 2015 - EXCESSÕES

SOaD
 
 
Quatro anos depois o System of a Down volta ao Rock in Rio e faz um show mais denso que 2011.
Mas não foi só isso, mesmo após dez anos sem gravar discos a banda mais esperada do evento mostrou que está à vontade e no controle com as músicas dos discos passados, adoradas por uma legião de devotos, e para fazer um grande show basta um set-list baseado nos álbuns "Toxicity" (2001)  "Mezmerize" e "Hypnotize", e tocar sem deixar tempo para a plateia respirar.
Apesar do ótimo e sempre caótico show que salvou o até agora morno RIR 2015, o System não parece muito afim de gravar novos discos, mas a luta continua em outras frentes e projetos paralelos. A mistura de metal com música armênia que fez o sucesso do SoaD não é por acaso. De origem Armênia o cantor Serj Tankian  atualmente está engajado na luta pelo reconhecimento do genocídio armênio, como é chamada a matança e deportação  forçada de centenas de milhares de pessoas de origem armênia durante o governo dos chamados jovens turcos, com a intenção de exterminar sua presença cultural, sua vida econômica e seu ambiente familiar, entre 1915 e 1917.
Engajados politicamente o SoaD parece não querer apenas ganhar dinheiro gravando discos sem motivações, por isto eu acredito em seu suicídio moral. Aproveitando a deixa, acredito e também choro quando anjos merecem morrer.
 

sábado, 19 de setembro de 2015

Queen - Under pressure


 
A apresentação do genérico do "Queen" no Rock in Rio me deixou com saudades de 1985. Mostrou também que, além de Freddie Mercury ser insubstituível, John Deacon também faz falta. Brian May deveria dar o nome à tour de "Queen Revival."

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

                         EM LOUVOR DE LULA


 
Ao contrário. Seguiu a receita fielmente, com um fino senso dialético das condições objetivas, dos momentos e das oportunidades, logrando realizar o quase impossível: salvar da extinção o movimento comunista latino-americano e colocá-lo no poder em uma dúzia de países. Fidel e Raul Castro jamais puseram isso em dúvida. As próprias Farc reconheceram-no enfaticamente, na carta de agradecimento que enviaram ao XV aniversário do Foro de São Paulo.
Mais ainda: no seu próprio país, Lula foi o líder e símbolo aglutinador da “revolução cultural” que deu aos esquerdistas o completo controle hegemônico das discussões públicas, ao ponto de que praticamente toda oposição ideológica desapareceu do cenário, sobrando, no máximo, as críticas administrativas e legalísticas que em nada se opunham à substância dos planos revolucionários. Isso nunca tinha acontecido antes em país nenhum. O próprio Lula, consciente da obra realizada, chegou a celebrar a mais espetacular vitória ideológica de todos os tempos ao declarar que, na eleição presidencial de 2002, o Brasil havia alcançado a perfeição da democracia: todos os candidatos eram de esquerda.
É fácil chamá-lo de ladrão, de vigarista, do diabo. Mas o fato é que essas críticas se baseiam num critério de idoneidade administrativa que só vale no quadro da “moral burguesa” e que, em toda a literatura marxista, não passa de objeto de zombaria. O que aconteceu foi apenas que Lula, como todo agente do movimento comunista internacional que não chega ao poder por meio de uma insurreição armada e sim por via eleitoral, como foi também o caso de Allende no Chile, teve de fazer alianças e concessões – inclusive e principalmente ao vocabulário da “honestidade burguesa”—com a firme intenção de jogá-las fora tão logo começassem a atrapalhar em vez de ajudar. Tanto ele quanto seu fiel escudeiro Marco Aurélio Garcia foram muito explícitos quanto a esse ponto: ele, em entrevista a Le Monde; Garcia, a La Nación.  Mover-se no meio das  ambigüidades de uma conciliação oportunista entre as exigências estratégicas do movimento revolucionário e os interesses objetivos dos aliados capitalistas de ocasião é uma das operações mais delicadas e complexas em que um líder comunista pode se meter. Mas, pelo critério dos resultados obtidos – o único que vale na luta política --, o sucesso do Foro de São Paulo é a prova cabal  de que Lênin, Stálin ou Fidel Castro, no lugar de Lula, não teriam feito melhor.
Nem mesmo o enriquecimento pessoal ilícito pode ser alegado seriamente contra ele, pelos cânones da moral revolucionária. De um lado, em todos os clássicos da literatura comunista não se encontrará uma única palavra que sugira, nem mesmo de longe, que o compromisso de fachada com a “moral burguesa” deva ser cumprido literalmente como guiamento moral da pessoa do líder, ou mesmo do menor dos militantes.
De outro lado, é fato histórico arquicomprovado que todas as estrelas maiores do cast comunista enriqueceram ilicitamente – Stalin, Mao, Fidel Castro, Pol-Pot, Allende, Ceaucescu --, sendo uma norma tácita que tinham até a obrigação de fazê-lo, de preferência com contas na Suíça, para ter os meios de resguardar-se e reiniciar a revolução no exterior em caso de fracasso do projeto local. O próprio Lênin só não chegou a poder desfrutar do estatuto de nababo porque semanas após a vitória da Revolução a sífilis terciária, cumprindo seu prazo fatal, o reduziu a um farrapo humano. Como dizia Yakov Stanislavovich Ganetsky (também chamado Hanecki), o mentor financeiro de Lênin, “a melhor maneira de destruirmos o capitalismo é nós mesmos nos tornarmos capitalistas”.
O movimento revolucionário sempre viveu do roubo, da fraude, do contrabando, dos seqüestros, do narcotráfico e, nos países democráticos onde chegou ao poder, do assalto aos cofres públicos. Lula não inventou nada, não inovou em nada, não alterou nada, apenas demonstrou uma habilidade extraordinária em aplicar truques tão velhos quanto o próprio comunismo.
No tribunal da ética revolucionária, portanto, nem uma palavra se pode dizer contra ele. As críticas só podem provir de três fontes:
a) Reacionários empedernidos, frios, desumanos e incompreensivos como o autor destas linhas, que não condenam Lula por desviar-se do movimento revolucionário e sim por permanecer fiel ao esquema de destruição civilizacional mais cínico e diabólico que o mundo já conheceu.
b) Aliados burgueses insatisfeitos de que ele viole de maneira demasiado ostensiva as regras da moral capitalista, sujando a reputação de quem só quer ajudá-lo.
c) Esquerdistas com precária formação marxista, que não entendem a natureza puramente tática da retórica burguesa de idoneidade administrativa e imaginam – ou se esforçam para imaginar diante do espelho -- que a roubalheira seja uma traição aos ideais revolucionários.
Os primeiros são os únicos que dizem o português claro: a roubalheira petista não é um caso de “corrupção” igual a tantos outros que a antecederam, mas é um plano gigantesco de apropriação do dinheiro público para dar ao movimento comunista o poder total sobre o continente.
Os segundos, ideologicamente castrados, imaginam poder vencer ou controlar o comunopetismo mediante simples acusações de “corrupção” desligadas e isoladas de qualquer exame da sua retaguarda estratégica. Inclui-se aí toda a grande mídia brasileira, com a exceção de alguns colunistas mais ousados como Reinaldo Azevedo, Percival Puggina e Felipe Moura Brasil.
Os terceiros macaqueiam o discurso dos segundos na esperança de salvar a reputação do movimento revolucionário mediante o sacrifício de uns quantos “corruptos” mais visíveis. Nas suas mentes misturam-se, em doses iguais, a falsa consciência, o fingimento histérico de intenções angélicas e o desejo intenso de limpar com duas palavrinhas tardias uma vida inteira de serviços prestados ao mal.
Não espanta a pressa obscena dos segundos em celebrar estes últimos como heróis nacionais. Vêem neles uma ajuda providencial para tomar do parceiro incômodo o controle da aliança sem ter de passar por anticomunistas, uma perspectiva que os horroriza mais que o risco do paredón.

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

A GALERIA DOS FILÓSOFOS GENUINAMENTE BRASILEIROS

Através dos Séculos, filósofos da antiguidade como Zenão, Epicuro, Sócrates e outros, tão desconhecidos pela grande patuléia quanto estes aqui apresentados, guiaram a humanidade com seus pensamentos, que ensinavam com simplicidade, cada um a seu modo, uma forma de viver melhor e sem traumas. Para conhecimento geral, O CLUBE DOS GÊNIOS pesquisou algumas correntes filosóficas Brasileiras usadas atualmente, e mostra um pequeno perfil dos seus criadores. Genuinamente Brasileiros, é claro. Para vocês....
A GALERIA DOS FILÓSOFOS GENUINAMENTE BRASILEIROS*

MAURILO BERIBALAUM
Introdutor do Berimbau na Bahia, (no bom sentido) único lugar onde o instrumento foi bem aceito não se sabe bem porquê. Questionado sobre o fato do berimbau ter apenas uma corda,argumentava que duas ou mais cordas permitiam variações temáticas infinitas ,o que dificultava o aprendizado dos adeptos e além disso, com mais uma corda não seria um berimbau, mas uma cítara. Curiosamente morreu sem aprender a tocar as duas notas do trombolho.



MC SCROTÉU
Poeta , tradutor, rebelde.Traduziu clássicos do funk para o Inglês usando o LH Tranlator, antecipou em anos a obra do Menor do chapa e Mr. Capra, durante os cinco anos de reclusão em Bangu 8. Cresceu ouvindo DJ Malboro e Virou celebridade nacional, com a música Scrotéu, uma versão ainda mais obscena que o Créu, mas não se deixou levar pelo sucesso meteórico. Gastou todo dinheiro que ganhou numa loja de bonés. Compôs, com vinte e dois parceiros, o primeiro Samba enredo de uma escola de samba em Inglês, mas foi preso outra vez (com os outros vinte e dois compositores) por que não pagou o jabá em dólares. Já solto e cansado de tanto ir em cana, resolveu ir para Londres, mas acabou preso e deportado de volta para o Brasil, quando cantou em frente ao palácio de Buckingham sua versão livre de I Want Hold Your Hand dos Beatles como Eu Quero que você segure meu Bráulio.



ROBÉRIO JUSTUS
Pai da Impunidade. Embora analfabeto de pai e mãe, formou-se em Advocacia por correspondência e defendeu a idéia de que todo ser humano que cometesse um crime, Independente de raça,credo ou côr, teria direito a ampla defesa, desde que pudesse pagar um bom advogado. Eleito Presidente da câmara de vereadores da sua cidade,criou a imunidade parlamentar para si e seus descendentes. Inspirado por idéias liberais vindas da Europa, que apregoavam que “A vida Começa aos quarenta,” lutou para que a idade penal dos menores subisse para trinta e nove anos.
 
*Publicado em 20 de Fevereiro de 2009.

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

New Order


 
Ops! a noite acabou. 06:37 - Escrever ouvindo New Order all night long é uma viagem.
CARTA AOS MISSIONÁRIOS (COMUNISTAS)
 
 
No momento atual da crise politica e econômica que jogou o Brasil na zona de rebaixamento chama a atenção o fato de ouvir dos causadores do caos e seus seguidores cada vez mais referências à época do regime militar, como se aquele período pudesse ser comparado com o de agora ou justificasse qualquer tipo de comportamento maléfico que o governo fêz ou pretendesse fazer. 
Antes de fazer um pequeno paralelo do tempo político-econômico -social atual com o do regime militar, devo ressaltar  que a maioria das opiniões e comentários que circulam na rede mundial são opiniões particulares de acordo apenas com a visão que cada um tem  do assunto e do seu próprio mundo, não se baseando em contraditórios ou num estudo mais aprofundado do assunto, portanto devo dizer que não, não sou adepto de regimes autoritários, e sim à favor de um regime mais próximo possível da chamada democracia, que só é alcançado por povos altamente preparados e desenvolvidos.
Mas prá quem viveu os dois regimes não se pode dizer que vivemos no melhor dos mundos. Se formos comparar os dois períodos imparcialmente vamos descobrir que o Brasil seria muito melhor em todos os aspectos se mantivesse alguns valores defendidos e aprovados durante o regime militar , a começar pelo valor da autoridade, que foi varrido como lixo como uma referência ligada aos militares e que acabou na falta de respeito até com a autoridade máxima sendo xingada aonde quer que vá, tendo que se blindar com um muro de lata para comparecer com relativa segurança aos eventos e cerimoniais.
A Democracia parece, como mostram os países desenvolvidos, não prescinde da autoridade, e se a presidente não tem o respeito de ninguém, o mesmo pode ser dito com relação à policia, às FA, aos professôres e os... pais. Os que criticam o governo militar chamam de medo o respeito que todos tinham pela autoridade.
A imprensa e artistas reclamam horrores da censura instituída no regime militar, principalmente após a decretação do AI-5, mas curiosamente este período é o mais rico da música Popular Brasileira, embora ninguém reconheça, porque é politicamente incorreto reconhecer algo de bom durante o regime militar. Mas a censura, que era exercida por civis, buscava tão somente evitar propaganda pro-comunismo e temas tabus não aceitos pela sociedade ultraconservadora numa época em que não havia ainda televisão, telefone e internet para todos. Seria bom para a história,  alguns superstars da MPB reconhecerem que ficaram famosos e ricos vendendo milhões de discos apesar da censura e das terríveis perseguições que eles inventam de vez em quando. Apesar de pintarem o período como uma terrível ditadura, Caetano e Gil, por exemplo, que penduraram a bandeira do Brasil de cabeça prá baixo num show, saíram do país mas... voltaram dois anos depois. Voltaram a fazer boa música e hoje dizem que lutaram contra a ditadura.
Creio que se fosse uma ditadura, só voltariam após a lei da anistia. E os 495 mortos durante o conflito militares x comunistas seria multiplicado por pelo menos dez vezes mais, como no Chile, aí sim uma verdadeira ditadura, a de Pinochet. 
Sinto vontade de rir quando falam em anos de chumbo. É comum dizer que era uma época de medo e insegurança. Não se pode nem comparar uma época em que não havia comunidades dominadas por exércitos de traficantes e que as pessoas ficavam até tarde da noite nas ruas e nos bares ou iam tranquilos à sessão de meia-noite no cinema. De ônibus.
Quem passa depois de nove horas no centro do Méier nos arredores do antigo cinema Imperator, hoje parece um cemitério, não pode imaginar que alí, ao longo  de toda a Dias da Cruz, fervilhava de pessoas nos bares e cinemas e a noite não tinha hora prá acabar. Não se tinha medo de assaltos, tiros e sequestros porque havia o sentimento de segurança, e seria bom reconhecer,isto foi perdido.
Durante trinta anos, as Força Armadas foram sendo desconstruídas e toda a literatura foi escrita de forma parcial pelos filósofos dementes de esquerda, os  mesmos que foram combatidos pelos militares, os comunistas, que mesmo com a falência de sua ideologia não se deram por satisfeitos e continuaram com um plano de vingança que junto com a sede de poder levou o país a situação atual de ruptura total do tecido social e esfacelamento da economia.
Com o povo começando a se rebelar com o abuso politico e a corrupção sendo descoberta pelos juízes da nova geração, a história tende a ser reescrita ou pelo menos alguns escritores e artigos começam a questionar algumas verdades que eram absolutas. Claro que o primeiro a escrever sobre verdades do período militar foi Olavo de Carvalho, que teve de se refugiar nos EUA perseguido pelos esquerdistas , mas agora vê todas as suas ideias transcritas em vários livros se mostrarem proféticas.
Cada vez mais pessoas descobrem e lêem nestes livros que o regime militar, embora não fosse completamente o paraíso, era muito melhor do que o inferno dos dias atuais. Olavo tinha razão.  
 
 

sábado, 22 de agosto de 2015

EUROPA INVADIDA


 
O usuário do You tube Roni Stoker, um holandês que se diz defensor dos valores judaico-cristãos do Ocidente e profundamente anti-islâmico, colocou recentemente um vídeo no famoso sítio de partilha de vídeos que fala do "final dos tempos" na Europa: A invasão de um número cada vez maior de refugiados e imigrantes, a maioria deles muçulmanos de África e do Médio Oriente, e os problemas que a grande maioria deles causa, como por exemplo contribuir para o aumento da taxa de violações na Escandinávia. O holandês reclama que quando entrevistados, eles até têm o descaramento de dizer que querem viver dos subsídios pagos pelos contribuintes. E depois há ainda o Estado Islâmico, que se aproveita para colocar jihadistas entre os refugiados, para cometerem atentados na Europa.
Os europeus estão numa saia justa, com as autoridades sendo cobradas para dar um jeito na situação. De um lado são cobrados pelas instituições de ajuda humanitária, e outros países que não estão na confusão, para abrigarem as milhares de pessoas que atravessam o Mediterrâneo, por outro pelos habitantes da grande Europa que não querem nem pensar em receber gente com um histórico cheio de conflitos e que não conseguem conviver  nem com seus pares.
As fontes responsáveis pelo monitoramento de refugiados afirmam que os números dispararam com o tempo bom no Mediterrâneo, como já se viu nas primeiras semanas de abril, apontam para “aumentos importantes que vão gerar, sem dúvida nenhuma, um acúmulo de situações preocupantes” para o conjunto do ano. Pela rota do Mediterrâneo oriental, Macedônia,  ilhas gregas e a Bulgária, penetraram 13.500 pessoas, quase o triplo do período de janeiro a março de 2014, e, pela Espanha, outros 1.200. Totalizam quase 57.300 pessoas, segundo os dados da Frontex, órgão criado pelos estados para controlar o fluxo de refugiados; no primeiro trimestre de 2014 eram praticamente um terço, 22.500.
A Europa aborda o problema com uma dupla vertente, nenhuma delas muito bem-sucedida. A primeira, um maior controle das fronteiras. O outro é usar o esquema da Frontex  para diminuir os naufrágios. Mas a Frontex quase não tem ativos e se nutre basicamente do que é aportado pelos Estados Europeus.
Os líderes políticos custam a fornecer mais meios; em muitos casos, porque acreditam que a existência de barcos que na prática vão salvar vidas provoca um efeito chamativo nas máfias e nos próprios imigrantes, o que eleva a magnitude do problema. Em outros, os países nórdicos e a Alemanha, porque consideram que já estão dando asilo a muita gente.
Na verdade, o mais lógico, é que os europeus não querem saber de abrigar os vizinhos d'além mar e tem vários motivos. Os fugitivos das guerras civis da Síria e Iraque, do Afeganistão, Líbano e outros países vizinhos, não tem histórico de boa convivência entre  sí, são de uma cultura muito diferente da européia e ameaçam os já escassos empregos no continente. Foram forçados à fuga pelo mediterrâneo por causa do avanço ameaçador do EI, mas milhares já foram mortos e outros tantos vivem em campos de refugiados nas fronteiras destes países desde o começo da primavera árabe em 2011. 
Os europeus estão vendo no seu quintal uma mistura de sunitas, jihadistas, xiitas entre outros e temem que o conflito entre os grupos acabem com a paz no meio da união européia. Quase todos dizem ser sírios, a fórmula para poderem receber o estatuto de refugiados e garantirem o desejado asilo. Em Kos, na Grécia, quem tiver passaporte sírio tem direito a embarcar no “Eleftherios Venizelos”, o ferry fretado pelo governo grego para abrigar e tratar dos refugiados.
Os Quem vem do Afeganistão, do Paquistão ou do Iraque tem mais dificuldades em conseguir asilo e as tensões já começaram a surgir.
O fator religião também não ajuda. Ainda mais com os radicais muçulmanos pregando a conquista mundial pelo Islã. Ninguém pode garantir também que no meio dos fugitivos não estejam escondidos membros do Estado Islâmico ou outros radicais aproveitando a ocasião para  entrarem despercebidos com a missão de provocar atentados  no coração da Europa.
Especialistas e corneteiros de todo o mundo gritam para as autoridades europeias tomarem providencias para evitar as mortes no Mediterrâneo, mas deveriam saber que pouco pode ser feito.
A opção de estancar a fuga na origem, ajudando um dos lados das guerras internas fracassou em episódios anteriores, como na invasão do Iraque pelos EUA, ou o fornecimento de  armas para grupos derrubarem os governos da Líbia e Siria e que depois se tornariam uma ameaça maior, deixando as populações destes países no meio do fogo. Agora fornecer armamento para combater o EI pode ser como jogar fogo na gasolina, pode ajudar na formação de um novo grupo terrorista como foi formado a Al Qaeda. Embora as intenções primárias fossem boas, a verdade é que alguns países da Europa ajudaram os EUA a desestabilizar a balança politica no Oriente médio..
Agora todos vão ter que arcar com sua cota de refugiados, mesmo de má vontade. Afinal, os europeus estão apenas recebendo a conta das más ações praticadas por seus governantes, que se intrometeram na politica da região movidos apenas por interesses econômicos.