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quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

ÁGUA?


Em Março de 2007 escrevi um texto chamado "Água Viva" sobre uma música do Raul Seixas que fala sobre a água. Fiz uma nova postagem do texto em 2011 que dizia entre outras coisinhas que "o liquido maravilhoso deveria ser sagrado. O liquido que mantém vivos todos os seres da terra, e que é aviltado, desprezado, poluído pelo homem através dos séculos. As fontes que descem dos montes estão pouco a pouco secando e a civilização humana continua seu caminho de auto-destruição. Só uma civilização irracional não toma cuidados com a sua principal fonte da vida."
Em Dezembro de 2012 foi a vez de "Colapso Mental" um texto que sugere a falta de água e alimentos num futuro próximo. Minha preocupação com a água no planeta é subliminar e parece que não é de interesse da maioria dos humanos, principalmente em paises que não têm governos sérios, como o Brasil. O Brasileiro acha que vive num país democrático, e está começando a descobrir que está realmente num país abandonado e sem autoridades a quem recorrer. A crise de água no Sudeste mostra como os governos federal e estadual, nem se fala em municipal, governam o país, sem projetos e sem a minima preocupação com a gestão. A desculpa é a longa estiagem dos últimos anos e não se pode culpar os governos pela falta de chuva, mas pode-se culpar os governos pela falta de visão. Lembrando que por longas décadas o Nordeste teve e ainda tem, crises infinitas de seca e nunca os governos deram prioridade ao caso, nem buscaram soluções para que a crise não se espalhasse por outras regiões. Mas a explicação para esta e todas as outras crises já está bem definida, nós estamos num regime de abandono, que o Brasileiro confunde com liberdade, governados por incompetentes e irresponsáveis, só esperando literalmente pela "gota d'agua".

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

FOO FIGHTERS NO MARACA


A Tour "Sonic Highways" no Rio teve de novidade umas tres ou quatro músicas do novo álbum, o resto foi óbvio. O Foo Fighters tem tantos discos de sucesso que daria para fazer dois shows, além do que Davi Grohl passa minutos falando e algumas músicas são executadas ao infinito. Pelo preços dos ingressos até que o estádio estava cheio e o Foo Fighters fez um show básico de rock com competência.Num palco padrão com o som um pouco abaixo do normal, a banda enfileirou alguns dos mais conhecidos hits do seu repertório e fez um set especial de covers para ninguém botar defeito, emocionante a música do Rush e a versão de Under Pressure do Queen. Rock remains the same já dizia o Led Zep.

sábado, 24 de janeiro de 2015

LUCY


Eu queria dizer que Luc-Benson é um grande cineasta, mas fora o quinto Elemento seus filmes parecem ficar pela metade, quero dizer também que não quero fazer papel de crítico apenas me divirto ou não, observando as falhas mais hilárias nos roteiros, ou o que me satisfaz. Lucy poderia ser um filme sério,mas é  só  50%. Vi por falta de opção durante um vôo, embora adore Scarlett Johanson, mas o filme já perde metade do seu charme quando tem no elenco o onipresente Morgan Freeman, não que seja mau ator mas já está desgastado. Parece item obrigatório, outro ator poderia dar mais credibilidade as teorias quase ginasiais do neuro-cientista encarnado por Morgan.
Mas o que se salva no roteiro e me interessou foi a ideia de qual a porcentagem do cérebro é usada atualmente pelo homem, e a razão de não termos ainda acesso à algumas de suas partes. O diretor preferiu fazer um filme de ação e usar a figura da super-heroína para navegar no mundo desconhecido da nossa caixa-preta, tornando ficção algo muito importante para os que estudam a neuro-ciência, embora use algumas teorias como a  que culpa a nossa preocupação com a segurança e o dinheiro pela nossa lenta evolução. Mesmo assim para alguns ficam  reflexões, quando a humanidade dará um salto na sua inteligência, e o que nos dará acesso a nossa total percepção. Por enquanto, o que se sabe é que se não temos este acesso é porque não estamos preparados. Preparados para quê? Fim.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

DEPECHE MODE - ENJOY THE SILENCE live



Tudo o que eu sempre quis
Tudo de que sempre precisei
Está aqui nos meus braços
Palavras são mesmo
Desnecessárias
Elas apenas causam dor

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

O HOMEM MAIS PROCURADO - FILME

Depois do atentado em Paris por radicais muçulmanos e o aparente final com a morte de mais de quinze pessoas, as opiniões e comentários mais variados tomaram conta das redes sociais, com os imbecis de sempre no meio, e várias perguntas apareceram  na mídia, sem respostas obviamente.
Para se entender de forma global a ameaça do terrorismo fundamentalista de origem islâmica e para quem gosta de filmes sobre espionagem  "O Homem mais procurado" dá uma aula sobre o que aconteceu nestes tres últimos dias na França.O Filme é exatamente sobre terrorismo e mostra o que seria o comportamento de serviços secretos, no caso o alemão, em permanente vigilia contra suspeitos de pertencerem à movimentos radicais, em questão o departamento que trata dos jihadistas & afins.Philip Seymour Hoffman é o chefe de tal Departamento encarregado de monitorar um suspeito de pertencer a grupos ligados ao terror, e numa atuação que parece mais real do que performance, se despede em grande estilo , mas o enredo é mais importante que ele. O filme coloca em primeiro plano o que está por tras de ações como a que está ocorrendo agora em Paris. Além de fazer pensar, algumas perguntas podem ser respondidas.Ataques terroristas, mesmo de lobos solitários, tem por tras uma organização invisivel ou quase para a maioria da sociedade. Como adquirem as armas e treinamento, os interesses politicos, as grandes figuras que parecem combater este tipo de ação e as lutas entre os serviços de inteligência são alguns dos ingredientes que estão fora do noticiario habitual.
Nada é o que parece ser  e ainda tem muito mais por baixo do pano, é a mensagem final.O ódio, o terror e suas implicações são reais. Agora ao vivo na sua tela.


quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

ATTAQUE EN FRANCE



Eu estava pensando há muito tempo escrever sobre a questão Islâmica na Europa e em outros países, como o Brasil, mas sem tomar partido tão facilmente, como ocorre com comentaristas e colunistas, além dos governos que teimam nos mesmos erros. Devo declarar que não sou muçulmano e condeno também todos os atos terroristas em nome do fundamentalismo islâmico, mas por outro lado, acho lógico que tudo tenha um limite, aí incluida a chamada liberdade de expressão.
A imprensa em geral defende que a liberdade de expressão não deve ter limites, o que seria perfeito se todos os humanos fossem iguais, principalmente no segmento do humor que para alguns povos como o nosso ou o francês, é delicioso extravasar brincando com questões sérias para outros.
 Vendo pela TV durante todo o dia o noticiário sobre o ataque ao jornal Charlie Hebdo, que deixou 12 mortos e mais 11 feridos em Paris, me chamou a atenção, a tranquilidade de como os atiradores conseguiram atingir os alvos sem serem praticamente molestados, com uma fuga aparentemente tranquila. Lembrei que há poucos dias ví o filme "O homem mais procurado", um dos últimos trabalhos de Philip Seymour Hoffman, que mostra a preocupação do serviço de inteligencia alemão com os imigrantes de origem muçulmana, uma aula de como funciona os serviços de prevenção a ataques terroristas na Europa. O filme tem o dom de  mostrar que nem tudo é o que parece ser e que este meio está cheio de interesses de gente dos altos escalões.
Mas voltando à liberdade de expressão, a pergunta que deveria ser feita, entre outras,  era se as charges feitas pelos cartunistas do Jornal Charlie Hebdo já colocados em uma lista de morte, valeriam a pena mesmo pondo em risco inocentes ou a sociedade francesa como um todo. Em nome da liberdade muitos erros podem ser cometidos, no caso uma simples sátira para os ocidentais pode desencadear eventos graves, como levar ao poder o outro extremo, o crescimento da extrema-direita nos principais países europeus e uma perseguição em massa das comunidades muçulmanas na Europa. 
Parecia, até hoje, ser muito seguro fazer sátiras sobre religiões ou costumes de povos que vivem sob doutrinas religiosas, e desdenhar as ameaças de grupos radicais invocando a liberdade de expressão, só por estar aparentemente seguro em países que vivem em regime de total liberdade, ou no centro de Paris. No confronto entre a liberdade e o extremismo, o segundo leva vantagem, pois não se sabe de nenhum cartunista que tenha ido fazer alguma charge de Maomé  em algum país do oriente médio, mas se sabe que os extremistas vão a qualquer lugar. Parece inocência, ou seria talvez teimosia, ignorar povos que desconhecem a democracia, as guerras como a da Síria, que já matou mais de 150 mil nos últimos três anos e testar a fé dos radicais. Falar em liberdade de expressão para fundamentalistas religiosos lembra a fala da Presidente Dilma sobre dialogar com o Estado Islâmico, e o lado dos mais racionais, que afinal também tenta impor um regime sobre outros, deveria começar a se preocupar em descobrir onde fica a linha que limita a liberdade de expressão, aquela cuja ultrapassagem possa ofender alguém, uma comunidade ou um povo, e ameaçar a paz.
Regras de boa convivência dizem que o meu direito acaba quando começa o do outro,então conclui-se que tudo deve ter limites. A livre expressão sem limites pode causar danos e irreparáveis. O ataque em París vai levar os que trabalham com o humor e a sátira a assumirem agora uma responsabilidade que não queriam assumir, a de por em risco além deles próprios, os que os cercam, a  cidade ou o País. Vão começar a  levar em conta o pensamento de 1/4 da população humana composta de muçulmanos, onde se encontram os radicais, fanáticos, fundamentalistas religiosos e outros cognomes, culturalmente mal-humorados, nada tolerantes.  



Alice in chains - Heaven beside You

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

OBRIGADO Renato & seus Blue Caps

 

 
No bairro de Santa Fé em Fortaleza, as ruas quando chovia pareciam rios e depois ficava uma areia parecida com as das praias. Nunca soube de onde vinha aquela areia porque o bairro pobre de Santa Fé ficava bem distante dos verdes mares bravios de minha terra natal. Na rua em que ficava a casa da minha avó tinha ainda o campinho de futebol onde a gente batia uma bola e ficava olhando as musas passando, como Joana D'arc. Nessa época, no ano de 1968, a música que tocava nas rádios era pura Jovem Guarda e Renato & os blue caps era um dos meus grupos preferidos. Na quermesse aos domingos em frente a igreja só tocava este disco do Renato. Na última vez que estive em Fortaleza, senti vontade de voltar ao velho bairro, que não via há bastante tempo, e apesar de muito modificado algumas coisas ainda estavam em seus lugares desafiando o tempo. Ainda bem, eu tinha esta música do Renato no meu smarthphone  e foi como voltar no tempo andando na mesma rua de tantos anos atrás, mesmo sem hortas ou mangueiras. Lembro estes momentos para dizer que  Renato com sua guitarrra dissonante foi sem dúvida a primeira semente do rock que entrou na minha cabeça, ainda sem saber de nada. É bom ter boas recordações e melhor ainda com música. Agora, quase uma vida depois, eu queria dizer obrigado.