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segunda-feira, 12 de novembro de 2018

STAN LEE - O MAGO DOS QUADRINHOS


As crianças nos anos 60 já liam revistas em quadrinhos, e no começo da adolescência os heróis da DC dominavam o mercado no Brasil, basicamente Batman e Superman, junto com Tarzan e o Fantasma de outras editoras. Somente no final da década chegou ao Brasil as primeiras revistas com as criações do gênio Stan Lee. Uma revolução que não parou até hoje. Desde a composição de inúmeros Superheróis passando pela criação de inúmeros universos, a evolução das HQs para Graphic Novels, até a chegada da Marvel nas telonas. As criações de Lee ultrapassaram a simples visão das narrativas para se tornar infinita, ainda hoje se expandindo. Como o próprio Universo deve estar.

segunda-feira, 15 de outubro de 2018

#RogerWatersnão

Não fui fã do Pink Floyd nos seus aureos tempos nem fã retardatário de Waters, embora sinta mais simpatia por Gilmour, o que me incomodou na manifestação política num show revival onde o antigo baixista do Pink Floyd foi vaiado foram as opiniões da neo-turminha lacradora que nasceu nos anos 90 e acreditam que Roger Waters é qualificado para sugerir aos brasileiros em quem votar, pois ele deidiu que o candidato da direita é fascista e então,  ele não. O que a turminha da esquerda não sabe é que Waters engana todo mundo desde os anos 70 com este papo de engajado e enquanto isto, encheu suas malas de dinheiro e vive como nababo numa mansão cercada de muros (The Wall) resultado do seu trabalho no mundo capitalista que critica. A platéia, em sua maioria acima dos 50 anos que vaiou o bardo, sabe que as obras primas do Pink Floyd foram escritas num mundo totalmente diferente em que se pensava que havia outro caminho além do capitalismo, e com o comunismo já no volume morto.Foi lá para ouvir velhas canções  da sua juventude e não para aguentar mensagens totalmente desvirtuadas no momento atual.Além de se enganar sobre o desejo do público, Waters mostrou tremenda irresponsabilidade ao se aventurar em opinar politicamente num país polarizado que não conhece, e por pouco, mas não muito, poderia ser o causador de uma tragédia .

sexta-feira, 28 de setembro de 2018

O novo imbecil coletivo

Para quem se pergunta como nossa educação foi parar na imbecilidade

       

               Olavo de Carvalho

Diário do Comércio, 30 de outubro de 2012
Quando entre os anos 80 e 90 comecei a redigir as notas que viriam a compor O Imbecil Coletivo, os personagens a que ali eu me referia eram indivíduos inteligentes, razoavelmente cultos, apenas corrompidos pela auto-intoxicação ideológica e por um corporativismo de partido que, alçando-os a posições muito superiores aos seus méritos, deformavam completamente sua visão do universo e de si mesmos. Foi por isso que os defini como “um grupo de pessoas de inteligência normal ou mesmo superior que se reúnem com a finalidade de imbecilizar-se umas às outras”.
          Essa definição já não se aplica aos novos tagarelas e opinadores, que atuam sobretudo através da internete que hoje estão entre os vinte e os quarenta anos de idade. Tal como seus antecessores, são pessoas de inteligência normal ou superior separadas do pleno uso de seus dons pela intervenção de forças sociais e culturais. A diferença é que essas forças os atacaram numa idade mais tenra e já não são bem as mesmas que lesaram os seus antecessores.
          Até os anos 70, os brasileiros recebiam no primário e no ginásio uma educação normal, deficiente o quanto fosse. Só vinham a corromper-se quando chegavam à universidade e, em vez de uma abertura efetiva para o mundo da alta cultura, recebiam doses maciças de doutrinação comunista, oferecida sob o pretexto, àquela altura bastante verossímil, da luta pela restauração das liberdades democráticas. A pressão do ambiente, a imposição do vocabulário e o controle altamente seletivo dos temas e da bibliografia faziam com que a aquisição do status de brasileiro culto se identificasse, na mente de cada estudante, com a absorção do estilo esquerdista de pensar, de sentir e de ser – na verdade, nada mais que um conjunto de cacoetes mentais.
          O trabalho dos professores-doutrinadores era complementado pela grande mídia, que, então já amplamente dominada por ativistas e simpatizantes de esquerda, envolvia os intelectuais e artistas de sua preferência ideológica numa aura de prestígio sublime, ao mesmo tempo que jogava na lata de lixo do esquecimento os escritores e pensadores considerados inconvenientes, exceto quando podia explorá-los como exceções que por sua própria raridade e exotismo confirmavam a regra.
          Criada e mantida pelas universidades, pelo movimento editorial e pela mídia impressa, a atmosfera de imbecilização ideológica era, por assim dizer, um produto de luxo, só acessível às classes média e alta, deixando intacta a massa popular.
          A partir dos anos 80, a elite esquerdista tomou posse da educação pública, aí introduzindo o sistema de alfabetização “socioconstrutivista”, concebido por pedagogos esquerdistas como Emilia Ferrero, Lev Vigotsky e Paulo Freire para implantar na mente infantil as estruturas cognitivas aptas a preparar o desenvolvimento mais ou menos espontâneo de uma cosmovisão socialista, praticamente sem necessidade de “doutrinação” explícita.
          Do ponto de vista do aprendizado, do rendimento escolar dos alunos, e sobretudo da alfabetização, os resultados foram catastróficos.
          Não há espaço aqui para explicar a coisa toda, mas, em resumidas contas, é o seguinte. Todo idioma compõe-se de uma parte mais ou menos fechada, estável e mecânica – o alfabeto, a ortografia, a lista de fonemas e suas combinações, as regras básicas da morfologia e da sintaxe — e de uma parte aberta, movente e fluida: o universo inteiro dos significados, dos valores, das nuances e das intenções de discurso. A primeira aprende-se eminentemente por memorização e exercícios repetitivos. A segunda, pelo auto-enriquecimento intelectual permanente, pelo acesso aos bens de alta cultura, pelo uso da inteligência comparativa, crítica e analítica e, last not least, pelo exercício das habilidades pessoais de comunicação e expressão. Sem o domínio adequado da primeira parte, é impossível orientar-se na segunda. Seria como saltar e dançar antes de ter aprendido a andar. É exatamente essa inversão que o socioconstrutivismo impõe aos alunos, pretendendo que participem ativamente – e até criativamente – do “universo da cultura” antes de ter os instrumentos de base necessários à articulação verbal de seus pensamentos, percepções e estados interiores.
O socioconstrutivismo mistura a alfabetização com a aquisição de conteúdos, com a socialização e até com o exercício da reflexão crítica, tornando o processo enormemente complicado e, no caminho, negligenciando a aquisição das habilidades fonético-silábicas elementares  sem as quais ninguém pode chegar a um domínio suficiente da linguagem.       
O produto dessa monstruosidade pedagógica são estudantes que chegam ao mestrado e ao doutorado sem conhecimentos mínimos de ortografia e com uma reduzida capacidade de articular experiência e linguagem. Na universidade aprendem a macaquear o jargão de uma ou várias especialidades acadêmicas que, na falta de um domínio razoável da língua geral e literária, compreendem de maneira coisificada, quase fetichista, permanecendo quase sempre insensíveis às nuances de sentido e incapazes de apreender, na prática, a diferença entre um conceito e uma figura de linguagem. Em geral não têm sequer o senso da “forma”, seja no que lêem, seja no que escrevem.
Aplicado em escala nacional, o socioconstrutivismo resultou numa espetacular democratização da inépcia, que hoje se distribui mais ou menos equitativamente entre todos os jovens brasileiros estudantes ou diplomados, sem distinções de credo ou de ideologia. O novo imbecil coletivo, ao contrário do antigo, não tem carteirinha de partido. 

domingo, 22 de julho de 2018

SERGUEI É O PAI DO ROCK (BRASILEIRO)


No ano longiquo ano de 1966, remexendo nos discos  na casa de uma tia, peguei um compacto simples largado no fundo do armário e coloquei uma vez para ouvir o que dizia aquele disquinho e fiquei ouvindo por várias horas até que todo mundo começou a ficar preocupado com a audição um tanto prolongada, o que me rendeu no final o direito de levar comigo aquele vinilzinho que ninguém gostava. O disco, do Serguei, era um tipo de música que eu nunca tinha ouvido antes e só mais tarde aconteceu a mesma coisa quando ouví o primeiro disco do Raul Seixas. As letras, dos dois lados,
(As alucinações de Serguei/ Eu não volto mais) eram de uma temática  completamente maluca, e era o tipo de música que me interessava, mesmo ainda criança e no meio daquele tempo em que reinava a bossa-novística MPB e o yê-yê-yê da Jovem Guarda. Acima o video em que mesclei o tributo de Iggy e os traidores  com a música original de 1966/67. Pode levar.

terça-feira, 10 de julho de 2018

ALBUNS OF MY LIFE - ERASMO CARLOS - 1990 PROJETO SALVATERRA

Projeto Salva Terra, o nono álbum de Erasmo Carlos, lançado em 1974, sempre foi prá mim o melhor do Tremendão. Cheio de poesia e criatividade o disco avançava no tempo para antever o que aconteceria 15 anos depois, um tempo relativamente curto para o tempo acelerado que vivemos hoje, mas ninguém sabia disso, nem Erasmo. A MPB é predominante em canções como o samba "Cachaça Mecânica" (que fez grande sucesso), "A festa do corpo lindo", "A Experiência" e a melancólica "Por Cima dos Aviões". Apesar da MPB obrigatória na época,, esse disco torna se um marco no Rock  brasileiro com a ajuda de uma banda escolhida a dedo por Erasmo. Passeando por vários ritmos 1990 traz uma versão mais pesada para "Negro Gato" um rockabilly instrumental:"Bolas Azuis", um country rock "A Lenda de Bob Nelson"  um rock mais pesado "Haroldo, o robot doméstico" uma embolada "Deitar e rolar" e a festa está feita. Destaque para a super faixa rock que abre o disco: "Sou Uma Criança e Não Entendo Nada". Bom demais. 


segunda-feira, 5 de março de 2018

SÍRIA - RECLAMAR É INÚTIL



No início de 2018 , com os ataques do governo de Al-Assad aos rebeldes na cidade de Gouta, parece que alguns brasileiros descobriram que havia uma guerra sangrenta na Síria e chocados com as noticias da morte de crianças começaram a rogar por ajuda e providências das potências do mundo para estancar o novo holocausto. Compreensível a preocupação em defesa da paz de cidadãos que acabaram de pular carnaval por um mês inteiro embora sob o perigo de balas perdidas num país nada pacífico,mas devo avisar que a guerra na Síria  começou em 2011, e é importante procurar ler sobre o que aconteceu nestes ultimos anos antes de começar a rezar pela Síria. Após demonstrações pró-democracia, inspiradas pela Primavera Árabe, que começaram na cidade de Deraa, no sul do país. Mas o uso de força por parte do governo fez com que os protestos tomassem proporções nacionais. A violência logo aumentou e a Guerra Civil teve início, após centenas de brigadas rebeldes serem criadas para lutar contra as forças do governo.Um fator chave é a intervenção de potências regionais e globais no conflito, incluindo Irã, Rússia, Arábia Saudita e os Estados Unidos. O suporte financeiro, militar e político para governo por uns e para a oposição por outros têm contribuído diretamente com a intensificação e continuação do conflito, que transformou a Síria em um verdadeiro campo de batalha.Forças externas também são acusadas de favorecer o sectarismo em um Estado secular, colocando a maioria Sunita da população contra a minoria Alauita, um grupo étnico-religioso que segue o Xiismo, e do qual a família de al-Assad faz parte. Tais divisões encorajaram os dois lados a cometerem atrocidades que não causaram apenas a perda de vidas, mas também acabou com comunidades e diminuíram às chances de um acordo político.Para piorar tudo, grupos jihadistas também tomaram parte nessas divisões, o que deu maiores dimensões para a guerra. Por exemplo, a Hayat Tahrir al-Sham, uma aliança formada por membros da Frente Al-Nusra (um ex-braço do grupo terrorista al-Qaeda), controla grandes partes do província de Idlib, no noroeste da Síria.Enquanto isso, o famoso grupo terrorista Estado Islâmico controlou boa parte do norte e leste da Síria, com a distinção de serem inimigos de todos os grupos envolvidos no conflito: eles lutam contra as forças do governo, grupos rebeldes e milícias curdas, além de sofrer ataques aéreos de Estados Unidos e Rússia.Se já não bastasse tudo isso, milhares de milicianos alauitas oriundos do Irã, Líbano, Iraque, Afeganistão e Iêmen dizem que estão lutando ao lado do exército sírio, com a desculpa de que querem proteger locais sagrados do grupo.Apesar de não apoiarem o ditador, cristãos, xiitas e até parte da elite sunita preferem ver Assad no poder diante da possibilidade de ter um país tomado pelos extremistas.
Diante da impossibilidade de apoiar o mau contra o pior, nem a ONU, a UE ou o Papa podem dar palpite sobre a guerra, a não ser rezar. Quanto às alianças externas, Assad conta com o apoio da Rússia,China  e do Irã  que através do grupo libanês Hezbollah, forma um “eixo xiita” que segue essa interpretação da religião islâmica.  acredita-se que o Irã está gastando bilhões de dólares por ano para impulsionar o governo sírio, providenciando conselheiros militares e armas, bem como linhas de crédito de transferência de combustíveis. Também já é de conhecimento geral que os iranianos posicionaram centenas de tropas na Síria.O grupo se opõe a Israel e disputa a hegemonia no Oriente Médio com as monarquias sunitas, lideradas pela Arábia Saudita. O principal aliado de fora é a Rússia, que mantém uma antiga parceria com a Síria. Tanto o apoio do Hezbollah e das milícias iranianas, quanto os bombardeios mais recentes realizados pelas forças russas têm sido fundamentais para a sobrevivência do regime de Assad e o seu recente fortalecimento no conflito. Os Estados Unidos, que dizem que al-Assad é responsável por diversos tipos de atrocidades, providenciaram apenas uma assistência militar limitada para grupos rebeldes “moderados”, por terem medo de suas armas acabarem parando nas mãos de jihadistas e o surgimento de grupos radicais como o Estado Islâmico, mas também já fizeram um ataque contra o governo sírio  por conta de um  ataque químico contra civís. 
A oposição não é flor que se cheire, é formada por um punhado de grupos rebeldes. Uma das primeiras forças internas que se rebelou contra o governo sírio foram os grupos sunitas, que se opunham a Assad, que é xiita. Os sunitas têm dezenas de ramificações e ideologias, mas unem-se com o princípio básico de derrubar Assad. São chamados de “rebeldes moderados”, por não serem adeptos do radicalismo islâmico. A maior expressão entre eles é o Exército Livre da Síria (ELS). A organização está envolvida com países da Europa e com os Estados Unidos com o objetivo de derrubar o governo de Assad. Três grandes potências no Oriente Médio também colaboram com os rebeldes: Turquia, Arábia Saudita e Catar, relevando os interesses dos países próximos à Síria, também.  A Arábia Saudita, que é governada por sunitas e deseja contra atacar a influência do Irã no Oriente Médio, também está providenciando assistência militar e financeira para as forças rebeldes.Some-se a isto,os extremistas Islâmicos, os grupos que querem derrubar Assad,  que estão fragmentadas em diversos grupos. Uma das organizações que mais conquistaram terreno, principalmente nos primeiros anos do conflito, foi a Frente Al-Nusra, um braço da rede extremista Al Qaeda na Síria. Posteriormente, a partir de 2013, o EI aproveitou-se da situação de caos criada pela guerra civil e, vindo do Iraque, avançou de forma avassaladora e brutal, ocupando metade do território sírio. Em 2014, o E.I.  dominou algumas áreas na Síria e no Iraque, as quais chamou de califados – o termo se refere aos antigos impérios islâmicos depois de Maomé, que seguiam rigorosamente as leis islâmicas. Correndo por fora ,mas dentro da guerra estão os Curdos, uma etnia apátrida, que habitam diversos países,inclusive na Síria, que reinvidicam a criação de uma nação para seu povo. Para o regime de Assad, tornaram-se bastante úteis, porque a milícia se opõe tanto aos rebeldes moderados como aos extremistas do Estado Islâmico.
Diante deste coquetel politico-religioso explosivo, é mais fácil compreender que a questão da Siria não é para fracos desvendarem. A guerra na Síria não tem solução á vista. Qualquer lado que vença vai desenrolar uma nova guerra em pouco tempo. Não adianta reclamar do que acontece na Síria.

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Make Wakanda Great Again


Nestes tempos de conflitos entre civilizações o pessoal de Hollywood resolveu politizar o cinema assim como toda obra artistica para tentar mostrar que existe igualdade entre os humanos, coisa aliás naturalmente inexistente. Aproveitando que o filme do Pantera Negra foi conduzido e estrelado por diretores e atores negros grupos coletivos negros cairam na armadilha de tentar impor um modelo segregacionista ao filme até para impedir que brancos pudessem chegar as salas de cinema. O longa da Marvel serviu até para alguns protestarem contra o Presidente Trump e sua politica "Make the America Great Again'. Depois da estréia porém, quem se preocupou com a politicagem feita com a obra de ficção, notou que Pantera Negra, o líder da comunidade é praticamente um Trump Negro.
Wakanda além de isolacionista ,é racista, xenófoba e talvez homofóbica. Em Wakanda, que tem uma população homogênea negra, defende-se o nacionalismo e não há troca de tecnologias e mercadorias com outras comunidades. Não há preocupação ou grupos ambientais impedindo a exploração dos seus recursos naturais. T' challa é um ditador, convenhamos, e cercou seu país com muros. Parece um clone politico do presidente americano. Tá na hora desta turma de Hollywood decidir se Trump é herói ou vilâo. 

Depeche Mode - Strange Love (Remix)

domingo, 14 de janeiro de 2018

Dire Straits - Wild West End (Live)


"Wild West End" do primeiro álbum do DIRE STRAITS é uma música sem muita consistência na letra mas perfeita para deixar sobressair a guitarra de Knoffler. O álbum de 1978 era tão bom que eu comprei dois.