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quinta-feira, 10 de setembro de 2015

CARTA AOS MISSIONÁRIOS (COMUNISTAS)
 
 
No momento atual da crise politica e econômica que jogou o Brasil na zona de rebaixamento chama a atenção o fato de ouvir dos causadores do caos e seus seguidores cada vez mais referências à época do regime militar, como se aquele período pudesse ser comparado com o de agora ou justificasse qualquer tipo de comportamento maléfico que o governo fêz ou pretendesse fazer. 
Antes de fazer um pequeno paralelo do tempo político-econômico -social atual com o do regime militar, devo ressaltar  que a maioria das opiniões e comentários que circulam na rede mundial são opiniões particulares de acordo apenas com a visão que cada um tem  do assunto e do seu próprio mundo, não se baseando em contraditórios ou num estudo mais aprofundado do assunto, portanto devo dizer que não, não sou adepto de regimes autoritários, e sim à favor de um regime mais próximo possível da chamada democracia, que só é alcançado por povos altamente preparados e desenvolvidos.
Mas prá quem viveu os dois regimes não se pode dizer que vivemos no melhor dos mundos. Se formos comparar os dois períodos imparcialmente vamos descobrir que o Brasil seria muito melhor em todos os aspectos se mantivesse alguns valores defendidos e aprovados durante o regime militar , a começar pelo valor da autoridade, que foi varrido como lixo como uma referência ligada aos militares e que acabou na falta de respeito até com a autoridade máxima sendo xingada aonde quer que vá, tendo que se blindar com um muro de lata para comparecer com relativa segurança aos eventos e cerimoniais.
A Democracia parece, como mostram os países desenvolvidos, não prescinde da autoridade, e se a presidente não tem o respeito de ninguém, o mesmo pode ser dito com relação à policia, às FA, aos professôres e os... pais. Os que criticam o governo militar chamam de medo o respeito que todos tinham pela autoridade.
A imprensa e artistas reclamam horrores da censura instituída no regime militar, principalmente após a decretação do AI-5, mas curiosamente este período é o mais rico da música Popular Brasileira, embora ninguém reconheça, porque é politicamente incorreto reconhecer algo de bom durante o regime militar. Mas a censura, que era exercida por civis, buscava tão somente evitar propaganda pro-comunismo e temas tabus não aceitos pela sociedade ultraconservadora numa época em que não havia ainda televisão, telefone e internet para todos. Seria bom para a história,  alguns superstars da MPB reconhecerem que ficaram famosos e ricos vendendo milhões de discos apesar da censura e das terríveis perseguições que eles inventam de vez em quando. Apesar de pintarem o período como uma terrível ditadura, Caetano e Gil, por exemplo, que penduraram a bandeira do Brasil de cabeça prá baixo num show, saíram do país mas... voltaram dois anos depois. Voltaram a fazer boa música e hoje dizem que lutaram contra a ditadura.
Creio que se fosse uma ditadura, só voltariam após a lei da anistia. E os 495 mortos durante o conflito militares x comunistas seria multiplicado por pelo menos dez vezes mais, como no Chile, aí sim uma verdadeira ditadura, a de Pinochet. 
Sinto vontade de rir quando falam em anos de chumbo. É comum dizer que era uma época de medo e insegurança. Não se pode nem comparar uma época em que não havia comunidades dominadas por exércitos de traficantes e que as pessoas ficavam até tarde da noite nas ruas e nos bares ou iam tranquilos à sessão de meia-noite no cinema. De ônibus.
Quem passa depois de nove horas no centro do Méier nos arredores do antigo cinema Imperator, hoje parece um cemitério, não pode imaginar que alí, ao longo  de toda a Dias da Cruz, fervilhava de pessoas nos bares e cinemas e a noite não tinha hora prá acabar. Não se tinha medo de assaltos, tiros e sequestros porque havia o sentimento de segurança, e seria bom reconhecer,isto foi perdido.
Durante trinta anos, as Força Armadas foram sendo desconstruídas e toda a literatura foi escrita de forma parcial pelos filósofos dementes de esquerda, os  mesmos que foram combatidos pelos militares, os comunistas, que mesmo com a falência de sua ideologia não se deram por satisfeitos e continuaram com um plano de vingança que junto com a sede de poder levou o país a situação atual de ruptura total do tecido social e esfacelamento da economia.
Com o povo começando a se rebelar com o abuso politico e a corrupção sendo descoberta pelos juízes da nova geração, a história tende a ser reescrita ou pelo menos alguns escritores e artigos começam a questionar algumas verdades que eram absolutas. Claro que o primeiro a escrever sobre verdades do período militar foi Olavo de Carvalho, que teve de se refugiar nos EUA perseguido pelos esquerdistas , mas agora vê todas as suas ideias transcritas em vários livros se mostrarem proféticas.
Cada vez mais pessoas descobrem e lêem nestes livros que o regime militar, embora não fosse completamente o paraíso, era muito melhor do que o inferno dos dias atuais. Olavo tinha razão.  
 
 

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