Translate

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

MORRISSEY SOMBRIO NO RIO



 
Para quem não gosta do som do ex-líder dos Smiths, Morrissey é um chato. A volta dele ao Rio depois do show na Fundição progresso em 2012, não mostrou nenhuma novidade para os fãs que lotaram o lugar, a não ser para os novos críticos que não o conhecem e o tacharam de melodramático. Mas embora o tempo esteja passando para o instigante Moz e o Metropolitan pareça apertado, Morrissey  ainda leva seus devotos a qualquer lugar.
Para os que não entendem sua mensagem, o Set list do show foi uma lição de protesto, inconformismo e engajamento. Para os que não conhecem suas letras, algumas das mais polêmicas da história da música recente, lê-las poderia fazer alguns mudarem de idéia. Não é de agora que as músicas de Morrissey são engajadas e críticas ou expõe sua forma de ver a realidade de uma maneira original. Nesta Turnê Morrissey está particularmente incisivo e insatisfeito, apesar de abrir os trabalhos com Suedhead. A sequência é um mar de insatisfação, começando com Alma Matters,
(pulando This Charming Man  dos Smiths), reclamando das(os) amantes e amores em  You Have Killed e Speedway, mostrando cenas brutais (?) no telão em Ganglord.
Todos sabem que Morrissey reclama de Manchester em Every day Is Like a Sunday ,mas agora critíca a ordem mundial em World Peace Is None Of Your Business e continua a lamentar a desesperança em How Soon is Now?  canção dos tempo dos Smiths.
O mundo está cheio de idiotas e é um lugar ingrato prá se viver, como opina em  World Peace Is None Of Your Business e  The World Is Full Of Crashing Bores.
Interessante notar que além da forma simbólica em You Have Killed, a morte em suas várias formas, é a maior presença nas músicas do set list do show. A forma trágica é lembrada em Mama Lay Softly On the Riverbed e One of Our Own, é sentida em Oboe Concert e First Of The Gang To Die e de forma diversa é celebrada em  The Queen is Dead.
Para protestar contra matanças em geral, de homens e animais, Morrissey apresentou como sempre, a  onipresente Meat is Murder,  e comemorou a morte do toureiro em  The Bullfighter Dies. Com a bandeira da França no telão prestou sua homenagem às vitimas dos atentados de novembro cantando I’m Throwing My Arms Around Paris. Melodramático ou pessimista,  Morrissey apenas mostrou com seu set list sombrio, que não dá prá ser feliz num mundo à beira do colapso.

Nenhum comentário:

Postar um comentário