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quinta-feira, 26 de novembro de 2015

UMA SESSÃO TRISTE, MAS DIVERTIDA.

A Sessão extraordinária do senado federal aberta para cumprir a exigência constitucional da casa  avaliar se mantinha na prisão, ordenada pelo STF, do primeiro Senador da República preso em flagrante, foi um misto de diversão e constrangimento, pelo menos para mim. É risível, mas compreensível pelo próprio perfil de quem elege alguns políticos, a atuação de parlamentares que sendo Senadores da República, deveriam estar num nível pelo menos qualificado para exercer o cargo. A discussão maior, que levou horas, não foi sobre a pauta inédita sobre a prisão de um parlamentar em exercício, mas como se dariam os votos, se aberto ou secreto, e apesar do regimento estar desatualizado, o que mostra que este mesmo senado não faz absolutamente nada, e não se sobrepor sobre a constituição, havia a predisposição do presidente Renan Calheiros e da mesa de que o voto seria secreto, não adiantando as questões de ordem bastante consistentes de alguns senadores de que o voto secreto está especificado, em casos específicos, na constituição. É lamentável que numa casa que é um dos pilares da Democracia tenha algumas raposas que ainda queiram interpretar as leis de acordo com seus (minguados)  pontos-de-vista.
Aliás, deve haver algo terrivelmente  de errado nas redações das leis brasileiras para que cada um interprete de um modo diferente do outro. Se os parlamentares, que têem status de Deuses e imunidade contra tudo não são capazes de interpretar o óbvio, fico pensando nos casos comuns, que dependem de interpretação de um só juiz,  diante de um código penal desatualizado e num emaranhado de leis que não estão mais satisfazendo a demanda da nação.  
A parte divertida foi ver que os intocáveis senadores, alguns em polvorosa, sentiram que não estão mais imunes à justiça, e que a imunidade, que deve algum dia acabar, serve apenas para que tenham liberdade de expressarem seus ponto de vista políticos no exercício do cargo, não para ficarem impunes de crimes, seja eles qual forem.     

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