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sábado, 30 de novembro de 2013

THIS IS GRAFITTI



 BANKSY STREET ART
 

 










BANSKY EM FORTALEZA

Banksy é o pseudônimo de um grafiteiro, pintor, e ativista político inglês. Sua arte de rua satírica e subversiva combina humor negro e graffiti feito com uma originalissima técnica de estêncil. Seus trabalhos com temas sociais e políticos podem ser encontrados em ruas, muros e pontes de cidades por todo o mundo.Mas em Fortaleza a mais nova obra do Rei do Grafite pode ter sido "deletada".Na semana passada, em Fortaleza , um reporter do Jornal O POVO recebeu um telefonema de um suposto contato do famoso artista de rua, cujo objetivo era comprovar que uma obra pintada no muro do do Batalhao de choque em Fortaleza era realmente de Bansky. O repórter  havia feito a matéria sobre o grafite no muro do Batalhão de Choque da Polícia Militar, publicada na semana passada. No mesmo dia em que foi feito, conforme o jornal noticiou, o desenho – que supostamente seria de Banksy - foi apagado pelo comando da PM. Depois de marcar um encontro secreto no mercado Sao Sebastiao, o contato entregou, dentro de uma sacola de plástico com a marca da Catedral de Westminster, uma medalha-crucifixo de São Bento. Esse seria um sinal da confiança de Banksy. Depois levou a equipe do Jornal  para o imóvel que teria abrigado o grafiteiro britânico durante o Festival de Arte Urbana, realizado em Fortaleza há cerca de 15 dias. No local foi mostrado alguns sinais que aparentemente provariam a autoria da obra, e a passagem de Bansky por Fortaleza. Seja verdade ou nao, as caracteristicas parecem apontar para Bansky, e a obra foi perdida porque nao se pode exigir que no Brasil alguem saiba diferenciar uma obra de arte dos rabiscos pavorosos que os grafiteiros brasileiros acham que e arte.

domingo, 24 de novembro de 2013

DAVID BOWIE - I CAN'T EXPLAIN

    














     David Bowie quase mulher. Fase Glitter.
       Musica do The Who  "I can't explain."

sábado, 23 de novembro de 2013

VELVET GOLDMINE ou O PASSADO DE BOWIE

VELVET GOLDMINE  foi lançado no Brasil com o titulo original em 1998, dirigido por Todd Haynes em seu terceiro longa metragem, um musical inspirado na fase  do glam rock com grandes atuaçoes de Ewan Mc Gregor, Christian Bale e Jonathan Rhys Meyers no papel de conhecidos artistas da epoca.

Nao e um filme para qualquer um, precisa-se pelo menos saber algo sobre David Bowie e sobre o periodo em que reinaram os icones assexuados do Glam rock. Para quem gosta de rock desta fase entre 70 e 75 o filme um e um revival, a começar pela trilha sonora, um dos aspectos que mais mereceram a atençao de Haynes ,envolvendo diversos artistas consagrados da musica pop. Nao ha dublagens de material original, nas sequencias os atores Ewan McGregor( Curt Wyld) e Jonathan Rhys ( Brian Slade) interpretam covers  executados por bandas especialmente montadas para o filme, mas inumeras versoes originais da decada de 70 pontuam sequencias como musica incidental.

 O roteiro conta a historia do jornalista britânico Arthur Stuart (Christian Bale) que foi  escalado para cobrir a viagem do presidente dos EUA, grande admirador de um dos principais fenômenos mediáticos do ano de 1984 o rockeiro conservador Tommy Stone. Dispondo de algum tempo livre, recebe a incumbência de escrever uma matéria sobre o cantor Brian Slade, ícone da era Glan que forjou seu próprio assassinato no palco de um show como golpe publicitário. Desde então, seu paradeiro permanece desconhecido.Procurando solucionar o mistério, Arthur entrevista seu primeiro empresário, Cecil e Mandy a  promotora que  revela como conheceu Slade e descreve os principais momentos da carreira do cantor. Sob sua  batuta  ele se tornara um dos mais famosos artistas populares da Europa investindo na estética glitter e no discurso da ambiguidade sexual. Em sua primeira viagem aos Estados Unidos, Slade é apresentado a Curt Wild. Como muitos outros adolescentes, Arthur fora fã de Slade, e participara de toda a agitação que tomou conta da Inglaterra na decada de 1970. À medida que coleta informações para o artigo, ele traz à lembrança suas próprias recordações sobre o período. A ambiguidade sexual que caracteriza o movimento glam tornou o jornalista plenamente consciente de sua homossexualidade.Sua curiosidade e seu trabalho o levam a entrar em contato com varios artistas do meio Glam em busca do seu antigo idolo.                     

Em entrevistas, o diretor Todd Haynes afirmou que o filme era pura ficçao e que era impossivel relacionar o roteiro a pessoas e casos reais, sera? Por se tratar de um momento especifico da historia da musica Pop, e possivel reconhecer semelhanças,as vezes bastante claras, com idolos e situaçoes que serviram de base para a construçao das personagens de Velvet Goldmine. 

REFERENCIAS:
Embora nao tenha autorizado o uso de suas cançoes, David Bowie e a figura central de Velvet Goldmine. Toda a historia musical de Slade ate tornar-se um  icone Glam, e uma copia fiel da carreira de Bowie. A personagem de Wild por outro lado, lembra estilos de artistas americanos da epoca como Iggy pop e Lou Reed, estreitamente ligados ao compositor camaleonico ingles.
Outros artistas tambem sao retratados tanto pelo repertorio como pelas apresentaçoes, como o comportamento refinado do grupo declamando frases de efeito ao som de "Bitter's end" do Roxy Music, grupo de Brian eno, ou o tom maluco de " Tumbling down" que lembra o Cockney rebel, tipico grupo  de visual assexuado do momento.
Entre as muitas situações e detalhes que podem ser relacionados a passagens célebres das carreiras destes artistas, encontram-se as seguintes:
  • Maxwell Demon, personagem incorporada por Slade no palco, é uma referência direta a Ziggy Stardust, personagem criada por David Bowie para o álbum conceitual The Rise & Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars. O título do filme de Haynes é, na verdade, o nome do lado B de um single lançado neste período.
  • "Brian" é o primeiro nome de Eno, ícone do Glam que formou, junto com Bryan Ferry, o Roxy Music. Antes disto, ele pertencia a uma banda chamada "Maxwell Demon"! Sem esquecer que Slade e foi uma das grandes bandas com estilo Glam.
  • "Venus In Furs", nome do grupo que acompanha Slade, é uma canção da The Velvet Underground , banda de Lou Reed produzida por Andy Warhol.
  • A coletiva onde Slade afirma ser bissexual frente à esposa Mandy reproduz uma entrevista de 1972  onde Bowie, apoiado pela então esposa Angie, afirmou ser "gay". O compositor faria declarações desta natureza em outras ocasiões, mas foi esta primeira ocorrência que se tornou célebre pelo escândalo que causou na época.
  • O figurino e a iluminação - inclusive o uso do contraste entre os tons vermelho e verde - empregados em "Baby's on Fire" são uma clara alusão aos registros em vídeo das apresentações de Ziggy Stardust. Do mesmo modo, os gestos no palco de Jonathan Rhys Meyers tocando  a guitarra com a lingua, reproduzem as perfomances de Bowie com seu guitarrista, o grande Mick Ronson.
  •   O encontro entre Slade e Wild reproduz o momento em que Bowie  conheceu Iggy pop nos  EUA. Como Wild, Pop enfrentava problemas com heroina  e estava sob tratamento para livrar-se da dependencia de drogas.
  •  As sessões de gravação fictícias exibidas em Velvet Goldmine reproduzem as dificuldades de Pop com o repertório de Raw Power , disco do seu grupo Stooges que o empresário detestou e que, mixado por Bowie, terminou piorando a relaçao entre os dois amigos.
  • A mudança de Wild para Berlin é uma referência a a mudança de Bowie para a cidade onde gravou  os três discos que são considerados os mais radicais de sua carreira: Low, Heroes e Lodger.
  • A capa de The Ballad of Maxwell Demon, álbum de Slade que é comprado por Arthur no início do filme, é praticamente idêntica à capa do primeiro álbum de Jobriath, cantor meteorico do periodo Glam no inicio dos anos 70.
  • A sequência em que Mandy relata ter visto Wild e Slade acordarem juntos é uma referência ao suposto caso em que Angela Bowie, retornando a Londres após uma viagem, teria encontrado o marido em sua cama de casal com Mick Jagger.  Jagger e Bowie negaram as afirmações.
  • O vestido que Brian Slade usa na cena em que é vaiado pelo público é igual ao usado por Bowie no disco The Man Who Sold The World.
  • No filme, Brian conhece Curt Wild depois de assistir uma apresentação do seu grupo, Wild Ratz, É uma referência à primeira vez que Bowie assiste a uma apresentação de Iggy Pop & Stooges em 1970, no Cincinnatti Pop Festival.
  • Chegou? Fim de Papo, vamos curtir o belo filme de Haynes.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

100 MUSICAS INTERNACIONAIS DA MINHA VIDA

As (Minhas) 100 melhores MUSICAS INTERNACIONAIS
A lista é pessoal e de várias fases da minha vida , não está em ordem de preferência, me lembram alguém ou algum lugar e não tem pretensão de ser a lista das melhores de todos os tempos da revista Rolling Stone.

1- Beatles - I Should have Know better
2- B.T.O. - You ain't seen nothing yet
3 Françoise Hardy - Fleur de lune
4 George Harrison - My sweet lord
5 Billy Paul - Your song
6 John Lennon - Nunber nine dream
7 Kate bush - Wuthering heights
8 Paul McCartney - Tomorrow
9 Pholhas - I never did before
10 Queen - Under pressure
11 Bob Dylan - Like a rolling stone
12 Hot chocolate - You sexy thing
13 The three degrees - When you I see you again
14 The who - Postcard
15 Wings - Love is Strange
16 Alice cooper ´Alma mater
17 Bee gees - Night fever
18 Chicago - Just you name
19 Supertramp - Goodbye stranger
20 The Rolling Stones - Satisfaction
21 Queen - Somebody to love
22 Oasis - don't look back in anger
23 Genesis - Follow you follow me
24 Inxs - Beautiful girl
25 George Harrison -This song
26 Kate bush - Symphony in blue
27 Elton John ´Sweet painted lady
28 Fleetwood Mac - You make loving fun
29 Echo & the bunnymen - The killing moon
30 Secret service - Oh susie
31 Rex taylor - valerie
32 Prince -Raspberry beret
33 Peter frampton - show me the way
34 Minnie ripperton - Lovin'you
35 George Michael - Just one more try
36 La bionda - One for you one for me
37 Billy joel - Just the way you are
38 Clifford T.ward - Gaye
39 Michael Jackson - Ben
40  Beatles - The night before
41 Smashing Pumpkins - 1979
42 Stevie wonder -All in love is fair
43 Tom Petty - Don't do me like that
44 Van Hallen -Jump
45 Aerosmith - What it takes
46 U2 - Stuck in a moment you can't get out of here
47 Dire straits - Wild west end
48 Depeche mode - Strange love
49 Creedence c. revival - Sailor's Lament
50 Bush - Machine head
51 BeeGees - Jive talkin
52 B.J.Thomas - Rock & roll lullaby
53 Beatles - Here come the sun
54 Madness - Our house
55 Coldplay - In my Place
56 Mona-a Q -Stay in Love
57 Oasis - Wonderwall
58 Pearl Jam - Immortality
59 Peter Gabriel - Sledgehammer
60  Rolling stones - Waiting on a friend
61 Les Rithmes Digitales - Sometimes
62 Guns&Roses - November Rain
63 Morrissey - I am hated for loving
64 Ray Stevens - Misty
65 The Strokes -12:51
66 Television - Prove it
67 Elton John - Tiny dancer
68 Dire straits -Sultans of swing
69 Depeche Mode - Enjoy the silence
70 Rod Stewart - Young turks
71 JGeils band - Centerfold
72 John Lennon - Gimme some truth
73 Cat Stevens - Peace Train
74 Kiss - rock'n'roll all nite
75 Pet Shop boys - What I have I done to deserve this
76 Paul McCartney - Junior's Farm
77 Stone temple pilots - Lady picture show
78 David Bowie - Life on Mars
79 The Strokes - Between love and hate
80 B52'S - Dirty back road
81 Alice cooper - No more Mrs nice guy
82 Radiohead - Creep
83 Morrissey - Hold on to your friends
84 Nazareth - Love leads to Madness
85 Swamp Dog - Sinthetic world
86 Nirvana - In Bloon
87 Talk talk - It's my life

88 The cure - Just like heaven
89 Vogue - Dancing the night away
90 Lauren Hill - That thing
91 Bob Dylan - Lay lady lay
92 Melanie C - Never been the same again
93 REM - Electrolite
94 Talking heads - Perfect world
95 Alice cooper - Caught in a dream
96 B52's - Legal tender
97 Simply Red -The right thing
98 Nirvana - About a girl
99 Steve winwood - While you see a chance
100Aerosmith - I Don't Want To Miss A Thing

domingo, 17 de novembro de 2013

A OBRA EM NEGRO



A obra-prima de Raul Seixas, GITA de1974, e pra mim um dos discos mais completos que ja ouvi e um dos mais importantes na minha pobre formaçao socio-politica-esoterica. Embora tenha ficado por varios anos no limbo, um dia ele bate na minha porta. Todas as suas musicas parecem ter dado ou deixado um recado para o que eu deveria fazer. No disco, que foi o primeiro que comprei com meu proprio money, tem humor, filosofia e amor, e cada uma num estilo diverso.
 Logo na primeira, Super-herois, Raul brinca com algumas celebridades da epoca de forma bem-humorada, num ritmo que mistura rock com nao-sei-o-que. A segunda uma das minhas preferidas, Medo da chuva  e uma balada  ao estilo Raulzito, com letra bem original pra epoca, em que ele condena o casamento como obrigaçao religiosa.
Depois vem As aventuras de Raul Seixas na cidade de Thor. Nem todo mundo vai entender o deboche das letras deste "Coco"  ritmado  pelo rei  Jackson do Pandeiro, onde Raul critica a sociedade, a politica, a religiao  e ate a MPB. 
Agua viva e a Obra em Negro, como o livro de Marguerite Yourcenar. Fala do que e inprescindivel para o homem, uma ode para simplesmente...a Agua. Lindissima.
Moleque maravilhoso e mais uma brincadeira em ritmo de musical americano, falando de infancia e peraltices. Letra nove e meio.
A maravilhosa Sessao das Dez, um bolero com letra hilaria, ja havia aparecido no disco Sociedade da gra-ordem Kavernista, mas esta versao e impagavel.
E agora Sociedade Alternativa. O que dizer? melhor nao comentar.
Trem das Sete e a porçao mais filosofica do disco, nos faz viajar no trem que leva nossas vidas, atravessando brumas entre o bem e o mal, e vamos embora...
Chegamos finalmente a este Rock que faz parte da minha historia e da minha trilha sonora, S.O.S. foi muito importante para mim e meus amigos que num tempo em que nao se sabe para onde ir, se segue qualquer ponto luminoso, ate um disco voador.
Preludio ao piano: Sonho que se sonha so... e so um sonho que se sonha so. Mas sonho que se sonha junto e realidade. 
O rock Loteria da Babilonia filosofa sobre a evoluçao do homem, sobre perguntas e respostas,
 e conclui dizendo simplesmente que tudo que tinha que ser falado ja foi falado.
Gita encerra o disco de forma sublime. Poucas musicas foram tao sublimes, poucas falaram tanto para mim e para todos os filhos do fogo da agua e do ar. Obrigado Raul Seixas, por me fazer evoluir.

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

SOCIEDADE DA GRA-ORDEM KAVERNISTA - Eu não Quero dizer nada



Este disco e muito legal, e so ficou famoso muito depois de Raul seixas virar um astro do rock brasileiro. "Sociedade da Grã-Ordem Kavernista Apresenta Sessão das 10 é o único álbum lançado pela banda Sociedade da Grã-Ordem Kavernista que contava com a participação do cantor, ator, produtor teatral e artista plástico Edy Star, da cantora  Míriam Batucada, do cantor e compositor Raul Seixas e do cantor e compositor  Sérgio Sampaio.
Gravado em 1971, dizem de forma clandestina, nos estúdios da CBS, pelos quatro kavernistas. Quando lançado, o disco não obteve sucesso nem de público nem de crítica. Foi abandonado à própria sorte até mesmo pela gravadora, cujos executivos não gostaram do resultado final. Com isso, não houve investimento em divulgação do trabalho nas rádios e programas musicais da época.
Muitas lendas cercam esse disco que traz 11 faixas intercaladas por vinhetas. A principal delas diz que Raul, Sérgio, Edy e Míriam gravaram as músicas às escondidas, à noite, sem que ninguém na CBS soubesse, e que por esse motivo Raul Seixas, então um bem-sucedido produtor da gravadora, teria sido demitido. No entanto, segundo Edy Star, único sobrevivente dos quatro artistas, o trabalho foi profissional e feito em 15 dias com o conhecimento da gravadora. E Raul não foi demitido.
Voces ouviram uma pequena amostra desta coisa rara que encontrei ha muito tempo num sebo em Fortaleza. Nao digo mais nada.

terça-feira, 12 de novembro de 2013

THOR 2 O MUNDO SOMBRIO


O mais dificil para a MARVEL quando lança um novo filme de suas famosas franquias e tentar agradar a plateia que vai apenas assistir um filme de aventuras e ao mesmo tempo a legiao de fas de quadrinhos que buscam nos minimos detalhes um motivo para infernizar a vida de pobres diretores desavisados. Por causa disto a busca por diretores para os filmes da Marvel viram novela, como aconteceu recentemente com X-MEN. Para este filme escolheram Alan Taylor, provavelmente porque ele dirigiu Game of Trones, pelo menos o vestuario e parecido. E se saiu bem. E relativo alguns criticos acharem que foi um grande filme e outros acharem fraco, mas todos concordam que este Thor - O mundo sombrio, e bem melhor que o primeiro, e que Tom Hiddleston e o cara , fazendo de Loki o personagem  melhor  adaptado dos quadrinhos. Para a plateia brasileira o que vale e uma boa historia e os efeitos especiais, afinal quem sabe alguma coisa sobre Malekith ou onde foi forjado o martelo do deus do trovao? Os americanos leem gibis e sabem, por isto a cobrança  de que o filme ficou sem explicar algumas coisinhas e que  Malekith merecia mais destaque, mas THOR nao tem muitos seguidores como os X-MEN e Homem-aranha e no geral agradou a mortos e feridos.
Mesmo assim nao alcançou a perfeiçao. Eu vejo estes filmes para me deliciar com o que me faz lembrar do que li nos quadrinhos e para descobrir as falhas de roteiro e defeitos nos personagens, e nao e que o Thor, o Deus do Trovao, perdeu a  arrogancia?

domingo, 10 de novembro de 2013

ƎⱭIƧЯƎHTOOTHERSIDE

ƎⱭIƧЯƎHTO


Toda banda tem prazo de validade, e o fim e quando seus integrantes se dispersam ou quando a banda para de criar e se acomoda fazendo shows com hits do seu passado de gloria. Geralmente estes shows sao apresentados para plateias que nao tiveram vez quando estavam no auge, como alguns paises da America do Sul, Chile,Argentina e Brasil. Nada de magoa, apenas para demostrar como estes shows tem cheiro de revival. Somente neste ano, do show do The cure e passando pelo Metallica no Rock in Rio  ate o Aerosmith, vamos ver um show para lembrar velhos sucessos e velhos tempos, nada de discos, nada de novo pode-se esperar destas bandas.
Agora foi a vez do Red Hot Chili Peppers e ainda bem que as musicas nao tem prazo de validade, o show deste sabado trouxe de volta os anos 90 e toda a atmosfera do do album Californication, que gosto mais do que o cultuado Blood Sugar Sex magik.
Nao da pra falar do Yeah Yeah Yeahs no show de abertura porque eles so mostraram o porque de nunca terem decolado como um grande grupo. Quase desconhecido, musicas modificadas ao vivo, um mal que parece ter aflingido a maioria dos grupos da ultima decada. Acho que RHCP esta em decadencia, nao vale dizer que os caras estao em forma e motivados, eles ja foram melhores, mas o que vale e poder ouvir  Otherside e Under the bridge, simbolos de uma era sagrada para a geraçao de 90, a ultima geraçao que viu o surgimento de grandes bandas de rock como Nirvana, Pearl Jam e...RHCP.
Pra encerrar a turne no Brasil, resolveram tocar todas, ou melhor, todos os hits possiveis, que fizeram do RHCP uma das bandas mais conhecidas no Brasil, e das mais respeitadas, mas comparando com a ultima vez que estiveram aqui deu pra sentir que o gas esta acabando, o que torna a letra de otherside quase uma profecia.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

RED HOT IN RIO

Setlist do show do RHCP em São Paulo:
- "Can't stop" - "Dani California"
- "Otherside"
- "Factory of faith"
- "Snow (Hey, oh)"
- "I could have lied"
- "I like dirt"
- "The adventures of Rain Dance Maggie"
- "If you have to ask"
- "Higher ground"
- "Under the bridge"
- "Ethiopia"
- "Californication"
- "By the way"
           Bis
- "Around the world"
- "Meet me at the corner"
- "Give it away"
                               Vamos ver...

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

DOIS PONTOS

"Eu decididamente sou de direita, principalmente por viver num totalitarismo de esquerda. Nao existe outra opçao."



Ainda existem individuos que nao foram contaminados pelo socioconstrutivismo (termo cunhado por Olavo de Carvalho) inpregnado pela esquerda, não necessariamente nas camadas mais baixas pois os agentes estão hoje em todos os lugares, na Imprensa, nos governos, nas escolas. Para estes é muito facil entender porque o Brasil nao sai do lugar e vai de mal a pior em qualquer setor que se pretenda analisar. Porque Sarneys e Malufs continuam sendo eleitos? Porque somos um dos paises mais violentos do mundo? Porque o Brasil nao cresce nem 3% por ano?
Analistas em colunas e  Blogs começam a fazer comparações com o passado, leia-se regime militar, e as coisas começam a fazer sentido, ou pode parecer surpreendente para alguns que os tempos democráticos no Brasil nao são o que deveriam ser.
Vou falar somente sobre dois quesitos, atualmente mais em pauta na sociedade civil: Segurança e Educação, principalmente depois da divulgaçao do Mapa da violencia 2012, cujo relatorio diz que
o número de homicídios no Pais passou de 13,9 mil em 1980 para 49,0 mil em 2010, um aumento de 259%. Nesse período a taxa de homicídio passou de 11,7 para 26,2 em cada grupo de 100 mil habitantes. Segundo o análise da Unicef/SDH/LAV, há uma projeção de que 32 mil adolescentes estejam  mortos violentamente entre 2007 e o final de 2013. Com esses números o Brasil se estabelece entre os países mais violentos do mundo.
E mais, segundo a Anistia Internacional, o numero de mortes por autos de resistência apenas no Rio e S. Paulo, foi 42% maior do que todo as execuçoes em 20 paises em que ha pena de morte.
Bem, vamos aos parametros, em 2012 em S. Paulo 546 pessoas foram mortas (oficialmente) em confrontos com a PM. Mas atualmente, os Movimentos de direitos humanos, e a malfadada Comissao da verdade, estao preocupados com o que aconteceu 30 anos atras, investigando a morte e desaparecimento de 426 pessoas durante os 21 anos do regime militar. Os numeros falam por si, mas como chegamos a isso?
Como disse Olavo de Carvalho num texto que transcrevi há uns meses atrás: "Entre os anos 80 e 90 ao  redigir as notas que viriam a compor O Imbecil Coletivo, os personagens a que ali eu me referia eram indivíduos inteligentes, razoavelmente cultos, apenas corrompidos pela auto-intoxicação ideológica e por um corporativismo de partido que, alçando-os a posições muito superiores aos seus méritos, deformavam completamente sua visão do universo e de si mesmos. Foi por isso que os defini como “um grupo de pessoas de inteligência normal  que se reúnem com a finalidade de imbecilizar-se umas às outras”.
Até os anos 70, os brasileiros recebiam no primário e no ginásio uma educação normal, um padrao aceitavel. Os militares todos sabem, prezavam a moral e a etica, que eram ensinadas nas escolas.Só vinham a corromper-se quando chegavam à universidade e, em vez de uma abertura efetiva para o mundo cultural, recebiam doses maciças de doutrinação comunista, oferecida sob o pretexto da luta pela restauração das liberdades, ja que o regime era autoritario. 
Com a passagem para o regime democratico, a doutrinaçao agora denominada socioconstrutivismo, passou a atacar os novos brasileiros numa idade bem mais tenra. O status de brasileiro culto se identificava, na mente de cada estudante, com a absorção do estilo esquerdista de pensar, de sentir e de ser. Marx era uma especie de Deus.        
Ainda segundo Olavo de Carvalho: "A partir dos anos 80, a elite esquerdista tomou posse da educação pública, aí introduzindo o sistema de alfabetização “socioconstrutivista”, concebido por pedagogos esquerdistas como Emilia Ferrero, Lev Vigotsky e Paulo Freire para implantar na mente infantil as estruturas cognitivas aptas a preparar o desenvolvimento mais ou menos espontâneo de uma cosmovisão socialista, praticamente sem necessidade de “doutrinação” explícita."
Do ponto de vista do aprendizado, do rendimento escolar dos alunos, e sobretudo da alfabetização, os resultados foram catastróficos.         
O socioconstrutivismo mistura a alfabetização com a aquisição de conteúdos, com a socialização  negligenciando a aquisição das habilidades fonético-silábicas elementares sem as quais ninguém pode chegar a um domínio suficiente da linguagem. 
Sem que ninguem, ou poucos  notassem, os mestres desta revoluçao pedagogica encaminharam a educaçao no Brasil para um dos piores indices no mundo igualado pau a pau com alguns paises africanos que vivem em regimes tribais. Começando pela desfragmentaçao da figura do professor e terminando com a aprovaçao sem meritos, passando pelos cursinhos a distancia   
 Chegamos ao ponto em que qualquer encanador em londres e mais letrado do que um advogado que se forma no Brasil, tai o ENEM mostrando a mão de obra especializada do futuro.
Sobre o estado da educaçao no Brasil, Olavo definiu:
"O produto dessa monstruosidade pedagógica são estudantes que chegam ao mestrado e ao doutorado sem conhecimentos mínimos de ortografia e com uma reduzida capacidade de articular experiência e linguagem. Na universidade aprendem a macaquear o jargão de uma ou várias especialidades acadêmicas que, na falta de um domínio razoável da língua geral e literária, compreendem de maneira coisificada, quase fetichista, permanecendo quase sempre insensíveis às nuances de sentido e incapazes de apreender, na prática, a diferença entre um conceito e uma figura de linguagem. Em geral não têm sequer o senso da “forma”, seja no que lêem, seja no que escrevem."
Aplicado em escala nacional, o socioconstrutivismo ratificado pelo partido atualmente no poder  resultou numa espetacular distribuiçao de imbecilidades, mais ou menos equitativa entre todos os jovens brasileiros estudantes ou diplomados, sem distinções de credo ou de ideologia , deixando o pais a merce dos saqueadores protegidos por leis que eles mesmo criaram. O novo imbecil coletivo, ao contrário do antigo, é imbecil desde criancinha, e nem deconfia disso. 

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

MUSE / STARLIGHT - NO MAR O PIOR E A SAUDADE

http://www.youtube.com/v/O48tjJ-I4oU?autohide=1&version=3&attribution_tag=f252oIB6YOn6thQPBt4c8g&feature=share&autoplay=1&autohide=1&showinfo=1

ECOS

 
 
 
AGORA UM POEMA
 
Me de motivos pra sonhar/ou deixe-me so/pra pensar/como seria bom....
Mantenha a duvida.
 
 
 
 

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

REGIME MILITAR, DE NOVO?

 
 
 
Nao gosto mais de escrever e falar sobre politica, ainda mais num pais sem politica clara  como o Brasil, e tambem concordo com a tese de que a democracia e o sistema menos pior para qualquer pais, mas nao concordo quando dizem que nossa democracia e jovem e vai se aprimorar com o tempo. Quanto tempo? cem anos? Demorou, mas na revista EPOCA desta semana um individuo chamado Leandro carneiro, da USP falando sobre a açao da policia e segurança soltou a seguinte perola: "Continuamos pagando um preço muito alto por termos tido um regime militar autoritario, talvez por isso... a policia e a justiça sejam negligentes na conduçao de inqueritos e processos contra ativistas violentos."Os editores da materia tambem nao perderam a oportunidade de colocar a culpa no regime militar para justificar a incompetencia das "autoridades dos governos": "A vivida lembrança da truculencia do regime militar tambem colabora com certa leniencia das autoridades com abusos em recentes manifestaçoes de rua".
Sem levar em conta que os redatores e o especialista da USP, talvez nao tenham vivido o regime militar para fazer uma minima comparaçao; Sem levar em conta que todos que dizem ter lutado contra o regime militar estao vivos e muito bem, obrigado. e a grande maioria que morreu eram guerrilheiros; Sem levar em conta que o cenario mundial era outro e que realmente eram anos de chumbo,mas nao necessariamente causados pelo regime militar.
O que causa espanto, pelo menos para mim, e achar que o regime militar e o responsavel pela total falta da figura da autoridade no Pais. Politicos sem compromissos e corruptos, abandono total das responsabilidades civis, a impunidade e desrepeito as leis, nada disso existe nos paises desenvolvidos que tem regime democratico ha mais tempo, porque Democracia nao prescinde da autoridade. Justificar os erros de quem deveria manter a ordem e a justiça e jogar tudo para o passado ja seria uma imbecilidade sem tamanho, e nao ver que algumas coisas abolidas do regime militar estao fazendo falta agora e o cumulo da burrice, caracteristica destes burocratas que falam o que interessa para uma imprensa tao mal preparada quanto os candidatos do ENEM. Custa  estudar um pouco paises como o Chile, que teve um ditador e uma ditadura  nada branda e mesmo assim manteve o que era funcional para o pais no regime do General Pinochet?
Cedo ou tarde, todo mundo vai perceber que autoridade nao e sinonimo de autoritarismo, e preciso obedecer leis ou nao se deveria cria-las.Os militares so queriam que as leis fossem cumpridas. Ponto final.  
  
 

domingo, 3 de novembro de 2013

MUSICA RUIM DE QUALIDADE




Li de passagem uma noticia que falava de uma pesquisa cujo resultado apontou que, no Brasil, so as classes A e B gostavam de Rock. Os resultados de pesquisas no Brasil me irritam ou me divertem, dependendo da seriedade do tema, por serem obvios demais e acontecerem depois de pelo menos todo mundo estar desconfiado da verdade.
A coluna de DANILO VENTICINQUE Livros que você ama, mas não respeita, me fez lembrar de uma tese analoga sobre musica defendida por um amigo, que dividiu musicos e bandas em quatro categorias.Embora plausivel, esta tese esbarra na velha maxima do "gosto nao se discute", mas podemos discutir, assim como na educaçao, que nao se pode escolher se nao tivermos opçoes ou acesso a informaçao.
A musica no Brasil foi atropelada pela queda lenta e gradual na educaçao e  claro que o mercado so lança o que agrada a maioria, o que levou ao moto perpetuo em que se meteu a MPB. Quanto ao rock seria demais achar que alguem que mora numa favela venha a conhecer algo alem do batidao. Morrissey ou Bob Dylan.
Mas voltando as teorias do colunista e tambem do meu amigo, eles defendem que existem quatro categorias: Classe A - Musicos e bandas que amamos e respeitamos.
Classe B - Respeitamos mas nao amamos, Classe C - Amamos mas nao respeitamos  e Classe D - Nao amamos nem respeitamos.
A minha tese tambem contempla estas quatro categorias com uma leve mudança : Os musicos e bandas Classe A, seriam entre outros, Paul McCartney e Pearl Jam. Na Classe B estariam os musicos que respeito mas nao morro de amores como Gonzaguinha e Led Zepellin.
A Classe C pra mim abrange toda a musica que nao amo nem respeito, como o sertanejo de qualquer corrente e o Funk. A Classe D... ah na Classe D tem o Lenine.. o Otto. (entre outros).

PARA QUEM GOSTA DE LIVROS


HILARIO ESTE TEXTO, QUE PODE SER APLICADO TAMBEM A FILMES E A MUSICAS.


Os livros que fingimos ler

Por que tantos leitores mentem sobre obras que não leram – e como desmascará-los.

Inferno seria um exagero. Mas há um lugar no purgatório reservado para as pessoas que mentem sobre suas leituras. Muitos falam mal de quem compra mais livros do que consegue ler. Outros amaldiçoam quem larga uma obra pela metade. Ainda assim, há quem defenda essas atitudes e as considere naturais. Quanto a fingir ter lido um livro, todos os leitores com quem conversei concordam: trata-se de um pecado imperdoável. Já vi reputações ruírem e amizades azedarem por causa desse hábito.
Bastam alguns meses de dedicação à leitura para que um bom leitor se dê conta de que nunca conseguirá ler todos os livros que deseja. A literatura é vasta, o tempo é finito e, para piorar, ainda temos de lidar com distrações como o amor, o trabalho e a família. Diante dessa injustiça, a maioria reage com resignação e trata de escolher bem cada livro, para não desperdiçar o escasso tempo de leitura. Mas há os que se rebelam contra a imensidão da literatura e decidam enfrentá-la com um passe de mágica. A mentira é, de longe, a forma mais eficiente de leitura dinâmica.
Embora cada um tenha sua maneira peculiar de exagerar o conhecimento literário, alguns comportamentos se repetem. Podemos dividir os fingidores em duas grandes categorias. Há os mentirosos compulsivos, que se aproveitam da Wikipédia e de orelhas de livros para impressionar amigos com sua erudição instantânea. E há os mentirosos envergonhados, que se sentem compelidos a mentir sobre suas leituras apenas para não confessar ignorância diante de um interlocutor supostamente mais culto.
O mentiroso compulsivo pode ser reconhecido pelo tom enciclopédico de sua fala. Conversar com um deles é assistir a um desfile de nomes, datas e citações, com pouquíssimas impressões pessoais sobre a leitura. Sua ascensão é rápida, mas a queda pode ser dura: basta uma pergunta bem colocada para derrubar anos de falsas leituras. Sabendo disso, esses leitores estão preparados para responder às perguntas mais comuns sobre a obra e o autor. Contam, também, com sua capacidade para intimidar o interlocutor com todo seu conhecimento. Poucos ousam enfrentar um pedante bem preparado.
O mentiroso envergonhado é muito mais inocente. Mente apenas quando é pressionado. Numa conversa sobre livros, pode ser reconhecido pelo silêncio, pelos sorrisos e pelos meneios de cabeça. Faz gestos e exclamações de aprovação a cada menção a livros e autores que não conhece e, assim, aumenta seu repertório de livros não lidos. Poderia fazer perguntas e demonstrar interesse em saber mais sobre essas obras, mas prefere manter a pose de literato tímido. Alguns reforçam essa imagem ao usar o conhecimento enciclopédico para participar rapidamente da conversa, voltando em seguida ao silêncio dos sábios. Observe um deles em ação:
– Isso me lembra aquela cena famosa da batalha de Waterloo em A cartuxa de Parma... – diz o pedante.
– Sim, do Stendhal! – emenda o envergonhado.
E pronto: esse fragmento de conhecimento literário é suficiente para que o envergonhado convença seu interlocutor de que leu A cartuxa de Parma. A vantagem desse método é que não foi necessário recorrer à mentira. Ele não disse que é um profundo conhecedor de Stendhal: apenas mencionou o nome do autor. E, convenhamos, não há nenhuma evidência de que o pedante tenha lido o livro. Eu não saberia dizer: confesso que também não o li. 
Assim como o mentiroso compulsivo, o envergonhado raramente é desmascarado. Deve isso, em parte, ao bom senso de seus interlocutores. Se alguém se limita a balançar a cabeça em sinal de aprovação durante uma discussão animada sobre Ulysses, seria deselegante interromper a conversa para perguntar se ele já leu o livro. Até porque, numa conversa sobre Ulysses, o mais provável é que nenhum dos participantes o tenha lido – o que não os impede de continuar a discussão, para testar os limites de seu conhecimento enciclopédico. O acadêmico francês Pierre Bayard explorou esse tema brilhantemente em Como falar dos livros que não lemos. Eu poderia dizer mais a esse respeito, mas prefiro não fingir que li o livro de Bayard.
Por muitos anos, fui um mentiroso envergonhado. Precisaria dobrar o tamanho das minhas estantes para acomodar todas as obras que fingi ter lido. Com o tempo, aprendi a me divertir com minha própria ignorância e confessá-la sempre que possível. Mas não condeno os envergonhados que preferem manter a pose, e divirto-me sempre que vejo um deles em ação.
Minha relação com os mentirosos compulsivos é menos amistosa. Desmascará-los já foi um dos meus passatempos favoritos. A técnica mais óbvia, de tentar perceber imprecisões no que dizem sobre os livros, é a mais improdutiva. Exige muito conhecimento, e pode ser infrutífera contra um pedante bem preparado. Meu método favorito é outro: ignorar o que dizem sobre o conteúdo do livro e fazer perguntas sobre o ato da leitura. Quantas vezes você desistiu de ler Ulysses antes de conseguir ler o livro até o fim? Onde você estava quando terminou o último volume de Em busca do tempo perdido, e como conseguiu encontrar tempo para ler a série? Que trecho de Guerra e paz mais te emocionou? Não há orelha de livro ou página na internet que ofereça respostas satisfatórias a essas perguntas. É divertido ver supostos conhecedores de Joyce, Proust e Tolstói gaguejarem diante de perguntas tão simples para qualquer um que tenha lido esses livros com prazer.
As tentativas de desmascarar pedantes renderam-me muitas risadas e alguns desafetos. Aos poucos, passei a me comportar melhor. Comecei a respeitar os mentirosos compulsivos ao me dar conta de que suas mentiras são, antes de tudo, demonstrações de amor à leitura. Há algo de tocante e quixotesco em suas tentativas de abraçar a imensidão da literatura, apesar de todas as limitações impostas pelo tempo e pela vida. Amar os livros que lemos não é o bastante. É preciso tomar posse de todas as grandes obras, mesmo as que nunca chegaremos a abrir.