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segunda-feira, 28 de setembro de 2015

PAINEL POLÍTICO


Não é estranho o país do futebol ter quatro canais de esportes em rede nacional, fora os canais locais em cada cidade, transmitindo e discutindo o dia inteiro o que aconteceu no última rodada do campeonato brasileiro e nos campeonatos europeus. A quantidade de especialistas, comentaristas, locutores, ex-jogadores e corneteiros analisando os jogos, jogadas, jogadores, árbitros e assistentes é impressionante.
Estranho é o país estar passando uma das maiores crises da sua história, uma crise moral, econômica e politica, e não haver no país o mesmo interesse por programas que debatam nossa política e detalhem para a população o que os políticos fazem e acontecem sem juiz nenhum prá dar um cartão amarelo.
O programa Painel da Globo News é uma rara excessão num deserto de programação dedicada à análise e debates políticos. Os debates sem nexo nas redes sociais e as passeatas de rua sem agenda acontecem em sua maioria por causa da falta de síntese da informação. Seria interessante termos canais que debatessem a política nacional com a mesma paixão com que aqueles debatem o futebol brasileiro. Depois de trinta anos de regime democrático, a população brasileira ainda está acostumada a deixar os parlamentares fazerem o que querem com o país, até quebrá-lo, menos fazerem o seu trabalho para o qual foram eleitos, por se acharem totalmente sem marcação.
É de causar o ódio propagado pelos esquerdopatas, vermos um governo que não governa, um congresso que não cumpre sua função e uma oposição sem outro programa que não seja receber um ministério de presente. Programas de debates com todos os seguimentos da sociedade são necessários para que a população pelo menos saiba o que está acontecendo naquela ilha chamada Brasília e possa se defender e tentar impedir que piratas roubem o dinheiro dos impostos e desviem da finalidade para o qual seriam destinados.
Só a desinformação pode justificar um país com mais de 200 milhões de habitantes ficar calado sem saber porque ele não cresce, tem os políticos mais caros do mundo e paga os mais altos impostos do planeta sem receber nada em troca.

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

ROCK IN RIO 2015 - EXCESSÕES

SOaD
 
 
Quatro anos depois o System of a Down volta ao Rock in Rio e faz um show mais denso que 2011.
Mas não foi só isso, mesmo após dez anos sem gravar discos a banda mais esperada do evento mostrou que está à vontade e no controle com as músicas dos discos passados, adoradas por uma legião de devotos, e para fazer um grande show basta um set-list baseado nos álbuns "Toxicity" (2001)  "Mezmerize" e "Hypnotize", e tocar sem deixar tempo para a plateia respirar.
Apesar do ótimo e sempre caótico show que salvou o até agora morno RIR 2015, o System não parece muito afim de gravar novos discos, mas a luta continua em outras frentes e projetos paralelos. A mistura de metal com música armênia que fez o sucesso do SoaD não é por acaso. De origem Armênia o cantor Serj Tankian  atualmente está engajado na luta pelo reconhecimento do genocídio armênio, como é chamada a matança e deportação  forçada de centenas de milhares de pessoas de origem armênia durante o governo dos chamados jovens turcos, com a intenção de exterminar sua presença cultural, sua vida econômica e seu ambiente familiar, entre 1915 e 1917.
Engajados politicamente o SoaD parece não querer apenas ganhar dinheiro gravando discos sem motivações, por isto eu acredito em seu suicídio moral. Aproveitando a deixa, acredito e também choro quando anjos merecem morrer.
 

sábado, 19 de setembro de 2015

Queen - Under pressure


 
A apresentação do genérico do "Queen" no Rock in Rio me deixou com saudades de 1985. Mostrou também que, além de Freddie Mercury ser insubstituível, John Deacon também faz falta. Brian May deveria dar o nome à tour de "Queen Revival."

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

                         EM LOUVOR DE LULA


 
Ao contrário. Seguiu a receita fielmente, com um fino senso dialético das condições objetivas, dos momentos e das oportunidades, logrando realizar o quase impossível: salvar da extinção o movimento comunista latino-americano e colocá-lo no poder em uma dúzia de países. Fidel e Raul Castro jamais puseram isso em dúvida. As próprias Farc reconheceram-no enfaticamente, na carta de agradecimento que enviaram ao XV aniversário do Foro de São Paulo.
Mais ainda: no seu próprio país, Lula foi o líder e símbolo aglutinador da “revolução cultural” que deu aos esquerdistas o completo controle hegemônico das discussões públicas, ao ponto de que praticamente toda oposição ideológica desapareceu do cenário, sobrando, no máximo, as críticas administrativas e legalísticas que em nada se opunham à substância dos planos revolucionários. Isso nunca tinha acontecido antes em país nenhum. O próprio Lula, consciente da obra realizada, chegou a celebrar a mais espetacular vitória ideológica de todos os tempos ao declarar que, na eleição presidencial de 2002, o Brasil havia alcançado a perfeição da democracia: todos os candidatos eram de esquerda.
É fácil chamá-lo de ladrão, de vigarista, do diabo. Mas o fato é que essas críticas se baseiam num critério de idoneidade administrativa que só vale no quadro da “moral burguesa” e que, em toda a literatura marxista, não passa de objeto de zombaria. O que aconteceu foi apenas que Lula, como todo agente do movimento comunista internacional que não chega ao poder por meio de uma insurreição armada e sim por via eleitoral, como foi também o caso de Allende no Chile, teve de fazer alianças e concessões – inclusive e principalmente ao vocabulário da “honestidade burguesa”—com a firme intenção de jogá-las fora tão logo começassem a atrapalhar em vez de ajudar. Tanto ele quanto seu fiel escudeiro Marco Aurélio Garcia foram muito explícitos quanto a esse ponto: ele, em entrevista a Le Monde; Garcia, a La Nación.  Mover-se no meio das  ambigüidades de uma conciliação oportunista entre as exigências estratégicas do movimento revolucionário e os interesses objetivos dos aliados capitalistas de ocasião é uma das operações mais delicadas e complexas em que um líder comunista pode se meter. Mas, pelo critério dos resultados obtidos – o único que vale na luta política --, o sucesso do Foro de São Paulo é a prova cabal  de que Lênin, Stálin ou Fidel Castro, no lugar de Lula, não teriam feito melhor.
Nem mesmo o enriquecimento pessoal ilícito pode ser alegado seriamente contra ele, pelos cânones da moral revolucionária. De um lado, em todos os clássicos da literatura comunista não se encontrará uma única palavra que sugira, nem mesmo de longe, que o compromisso de fachada com a “moral burguesa” deva ser cumprido literalmente como guiamento moral da pessoa do líder, ou mesmo do menor dos militantes.
De outro lado, é fato histórico arquicomprovado que todas as estrelas maiores do cast comunista enriqueceram ilicitamente – Stalin, Mao, Fidel Castro, Pol-Pot, Allende, Ceaucescu --, sendo uma norma tácita que tinham até a obrigação de fazê-lo, de preferência com contas na Suíça, para ter os meios de resguardar-se e reiniciar a revolução no exterior em caso de fracasso do projeto local. O próprio Lênin só não chegou a poder desfrutar do estatuto de nababo porque semanas após a vitória da Revolução a sífilis terciária, cumprindo seu prazo fatal, o reduziu a um farrapo humano. Como dizia Yakov Stanislavovich Ganetsky (também chamado Hanecki), o mentor financeiro de Lênin, “a melhor maneira de destruirmos o capitalismo é nós mesmos nos tornarmos capitalistas”.
O movimento revolucionário sempre viveu do roubo, da fraude, do contrabando, dos seqüestros, do narcotráfico e, nos países democráticos onde chegou ao poder, do assalto aos cofres públicos. Lula não inventou nada, não inovou em nada, não alterou nada, apenas demonstrou uma habilidade extraordinária em aplicar truques tão velhos quanto o próprio comunismo.
No tribunal da ética revolucionária, portanto, nem uma palavra se pode dizer contra ele. As críticas só podem provir de três fontes:
a) Reacionários empedernidos, frios, desumanos e incompreensivos como o autor destas linhas, que não condenam Lula por desviar-se do movimento revolucionário e sim por permanecer fiel ao esquema de destruição civilizacional mais cínico e diabólico que o mundo já conheceu.
b) Aliados burgueses insatisfeitos de que ele viole de maneira demasiado ostensiva as regras da moral capitalista, sujando a reputação de quem só quer ajudá-lo.
c) Esquerdistas com precária formação marxista, que não entendem a natureza puramente tática da retórica burguesa de idoneidade administrativa e imaginam – ou se esforçam para imaginar diante do espelho -- que a roubalheira seja uma traição aos ideais revolucionários.
Os primeiros são os únicos que dizem o português claro: a roubalheira petista não é um caso de “corrupção” igual a tantos outros que a antecederam, mas é um plano gigantesco de apropriação do dinheiro público para dar ao movimento comunista o poder total sobre o continente.
Os segundos, ideologicamente castrados, imaginam poder vencer ou controlar o comunopetismo mediante simples acusações de “corrupção” desligadas e isoladas de qualquer exame da sua retaguarda estratégica. Inclui-se aí toda a grande mídia brasileira, com a exceção de alguns colunistas mais ousados como Reinaldo Azevedo, Percival Puggina e Felipe Moura Brasil.
Os terceiros macaqueiam o discurso dos segundos na esperança de salvar a reputação do movimento revolucionário mediante o sacrifício de uns quantos “corruptos” mais visíveis. Nas suas mentes misturam-se, em doses iguais, a falsa consciência, o fingimento histérico de intenções angélicas e o desejo intenso de limpar com duas palavrinhas tardias uma vida inteira de serviços prestados ao mal.
Não espanta a pressa obscena dos segundos em celebrar estes últimos como heróis nacionais. Vêem neles uma ajuda providencial para tomar do parceiro incômodo o controle da aliança sem ter de passar por anticomunistas, uma perspectiva que os horroriza mais que o risco do paredón.

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

A GALERIA DOS FILÓSOFOS GENUINAMENTE BRASILEIROS

Através dos Séculos, filósofos da antiguidade como Zenão, Epicuro, Sócrates e outros, tão desconhecidos pela grande patuléia quanto estes aqui apresentados, guiaram a humanidade com seus pensamentos, que ensinavam com simplicidade, cada um a seu modo, uma forma de viver melhor e sem traumas. Para conhecimento geral, O CLUBE DOS GÊNIOS pesquisou algumas correntes filosóficas Brasileiras usadas atualmente, e mostra um pequeno perfil dos seus criadores. Genuinamente Brasileiros, é claro. Para vocês....
A GALERIA DOS FILÓSOFOS GENUINAMENTE BRASILEIROS*

MAURILO BERIBALAUM
Introdutor do Berimbau na Bahia, (no bom sentido) único lugar onde o instrumento foi bem aceito não se sabe bem porquê. Questionado sobre o fato do berimbau ter apenas uma corda,argumentava que duas ou mais cordas permitiam variações temáticas infinitas ,o que dificultava o aprendizado dos adeptos e além disso, com mais uma corda não seria um berimbau, mas uma cítara. Curiosamente morreu sem aprender a tocar as duas notas do trombolho.



MC SCROTÉU
Poeta , tradutor, rebelde.Traduziu clássicos do funk para o Inglês usando o LH Tranlator, antecipou em anos a obra do Menor do chapa e Mr. Capra, durante os cinco anos de reclusão em Bangu 8. Cresceu ouvindo DJ Malboro e Virou celebridade nacional, com a música Scrotéu, uma versão ainda mais obscena que o Créu, mas não se deixou levar pelo sucesso meteórico. Gastou todo dinheiro que ganhou numa loja de bonés. Compôs, com vinte e dois parceiros, o primeiro Samba enredo de uma escola de samba em Inglês, mas foi preso outra vez (com os outros vinte e dois compositores) por que não pagou o jabá em dólares. Já solto e cansado de tanto ir em cana, resolveu ir para Londres, mas acabou preso e deportado de volta para o Brasil, quando cantou em frente ao palácio de Buckingham sua versão livre de I Want Hold Your Hand dos Beatles como Eu Quero que você segure meu Bráulio.



ROBÉRIO JUSTUS
Pai da Impunidade. Embora analfabeto de pai e mãe, formou-se em Advocacia por correspondência e defendeu a idéia de que todo ser humano que cometesse um crime, Independente de raça,credo ou côr, teria direito a ampla defesa, desde que pudesse pagar um bom advogado. Eleito Presidente da câmara de vereadores da sua cidade,criou a imunidade parlamentar para si e seus descendentes. Inspirado por idéias liberais vindas da Europa, que apregoavam que “A vida Começa aos quarenta,” lutou para que a idade penal dos menores subisse para trinta e nove anos.
 
*Publicado em 20 de Fevereiro de 2009.

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

New Order


 
Ops! a noite acabou. 06:37 - Escrever ouvindo New Order all night long é uma viagem.
CARTA AOS MISSIONÁRIOS (COMUNISTAS)
 
 
No momento atual da crise politica e econômica que jogou o Brasil na zona de rebaixamento chama a atenção o fato de ouvir dos causadores do caos e seus seguidores cada vez mais referências à época do regime militar, como se aquele período pudesse ser comparado com o de agora ou justificasse qualquer tipo de comportamento maléfico que o governo fêz ou pretendesse fazer. 
Antes de fazer um pequeno paralelo do tempo político-econômico -social atual com o do regime militar, devo ressaltar  que a maioria das opiniões e comentários que circulam na rede mundial são opiniões particulares de acordo apenas com a visão que cada um tem  do assunto e do seu próprio mundo, não se baseando em contraditórios ou num estudo mais aprofundado do assunto, portanto devo dizer que não, não sou adepto de regimes autoritários, e sim à favor de um regime mais próximo possível da chamada democracia, que só é alcançado por povos altamente preparados e desenvolvidos.
Mas prá quem viveu os dois regimes não se pode dizer que vivemos no melhor dos mundos. Se formos comparar os dois períodos imparcialmente vamos descobrir que o Brasil seria muito melhor em todos os aspectos se mantivesse alguns valores defendidos e aprovados durante o regime militar , a começar pelo valor da autoridade, que foi varrido como lixo como uma referência ligada aos militares e que acabou na falta de respeito até com a autoridade máxima sendo xingada aonde quer que vá, tendo que se blindar com um muro de lata para comparecer com relativa segurança aos eventos e cerimoniais.
A Democracia parece, como mostram os países desenvolvidos, não prescinde da autoridade, e se a presidente não tem o respeito de ninguém, o mesmo pode ser dito com relação à policia, às FA, aos professôres e os... pais. Os que criticam o governo militar chamam de medo o respeito que todos tinham pela autoridade.
A imprensa e artistas reclamam horrores da censura instituída no regime militar, principalmente após a decretação do AI-5, mas curiosamente este período é o mais rico da música Popular Brasileira, embora ninguém reconheça, porque é politicamente incorreto reconhecer algo de bom durante o regime militar. Mas a censura, que era exercida por civis, buscava tão somente evitar propaganda pro-comunismo e temas tabus não aceitos pela sociedade ultraconservadora numa época em que não havia ainda televisão, telefone e internet para todos. Seria bom para a história,  alguns superstars da MPB reconhecerem que ficaram famosos e ricos vendendo milhões de discos apesar da censura e das terríveis perseguições que eles inventam de vez em quando. Apesar de pintarem o período como uma terrível ditadura, Caetano e Gil, por exemplo, que penduraram a bandeira do Brasil de cabeça prá baixo num show, saíram do país mas... voltaram dois anos depois. Voltaram a fazer boa música e hoje dizem que lutaram contra a ditadura.
Creio que se fosse uma ditadura, só voltariam após a lei da anistia. E os 495 mortos durante o conflito militares x comunistas seria multiplicado por pelo menos dez vezes mais, como no Chile, aí sim uma verdadeira ditadura, a de Pinochet. 
Sinto vontade de rir quando falam em anos de chumbo. É comum dizer que era uma época de medo e insegurança. Não se pode nem comparar uma época em que não havia comunidades dominadas por exércitos de traficantes e que as pessoas ficavam até tarde da noite nas ruas e nos bares ou iam tranquilos à sessão de meia-noite no cinema. De ônibus.
Quem passa depois de nove horas no centro do Méier nos arredores do antigo cinema Imperator, hoje parece um cemitério, não pode imaginar que alí, ao longo  de toda a Dias da Cruz, fervilhava de pessoas nos bares e cinemas e a noite não tinha hora prá acabar. Não se tinha medo de assaltos, tiros e sequestros porque havia o sentimento de segurança, e seria bom reconhecer,isto foi perdido.
Durante trinta anos, as Força Armadas foram sendo desconstruídas e toda a literatura foi escrita de forma parcial pelos filósofos dementes de esquerda, os  mesmos que foram combatidos pelos militares, os comunistas, que mesmo com a falência de sua ideologia não se deram por satisfeitos e continuaram com um plano de vingança que junto com a sede de poder levou o país a situação atual de ruptura total do tecido social e esfacelamento da economia.
Com o povo começando a se rebelar com o abuso politico e a corrupção sendo descoberta pelos juízes da nova geração, a história tende a ser reescrita ou pelo menos alguns escritores e artigos começam a questionar algumas verdades que eram absolutas. Claro que o primeiro a escrever sobre verdades do período militar foi Olavo de Carvalho, que teve de se refugiar nos EUA perseguido pelos esquerdistas , mas agora vê todas as suas ideias transcritas em vários livros se mostrarem proféticas.
Cada vez mais pessoas descobrem e lêem nestes livros que o regime militar, embora não fosse completamente o paraíso, era muito melhor do que o inferno dos dias atuais. Olavo tinha razão.