Translate

sábado, 22 de agosto de 2015

EUROPA INVADIDA


 
O usuário do You tube Roni Stoker, um holandês que se diz defensor dos valores judaico-cristãos do Ocidente e profundamente anti-islâmico, colocou recentemente um vídeo no famoso sítio de partilha de vídeos que fala do "final dos tempos" na Europa: A invasão de um número cada vez maior de refugiados e imigrantes, a maioria deles muçulmanos de África e do Médio Oriente, e os problemas que a grande maioria deles causa, como por exemplo contribuir para o aumento da taxa de violações na Escandinávia. O holandês reclama que quando entrevistados, eles até têm o descaramento de dizer que querem viver dos subsídios pagos pelos contribuintes. E depois há ainda o Estado Islâmico, que se aproveita para colocar jihadistas entre os refugiados, para cometerem atentados na Europa.
Os europeus estão numa saia justa, com as autoridades sendo cobradas para dar um jeito na situação. De um lado são cobrados pelas instituições de ajuda humanitária, e outros países que não estão na confusão, para abrigarem as milhares de pessoas que atravessam o Mediterrâneo, por outro pelos habitantes da grande Europa que não querem nem pensar em receber gente com um histórico cheio de conflitos e que não conseguem conviver  nem com seus pares.
As fontes responsáveis pelo monitoramento de refugiados afirmam que os números dispararam com o tempo bom no Mediterrâneo, como já se viu nas primeiras semanas de abril, apontam para “aumentos importantes que vão gerar, sem dúvida nenhuma, um acúmulo de situações preocupantes” para o conjunto do ano. Pela rota do Mediterrâneo oriental, Macedônia,  ilhas gregas e a Bulgária, penetraram 13.500 pessoas, quase o triplo do período de janeiro a março de 2014, e, pela Espanha, outros 1.200. Totalizam quase 57.300 pessoas, segundo os dados da Frontex, órgão criado pelos estados para controlar o fluxo de refugiados; no primeiro trimestre de 2014 eram praticamente um terço, 22.500.
A Europa aborda o problema com uma dupla vertente, nenhuma delas muito bem-sucedida. A primeira, um maior controle das fronteiras. O outro é usar o esquema da Frontex  para diminuir os naufrágios. Mas a Frontex quase não tem ativos e se nutre basicamente do que é aportado pelos Estados Europeus.
Os líderes políticos custam a fornecer mais meios; em muitos casos, porque acreditam que a existência de barcos que na prática vão salvar vidas provoca um efeito chamativo nas máfias e nos próprios imigrantes, o que eleva a magnitude do problema. Em outros, os países nórdicos e a Alemanha, porque consideram que já estão dando asilo a muita gente.
Na verdade, o mais lógico, é que os europeus não querem saber de abrigar os vizinhos d'além mar e tem vários motivos. Os fugitivos das guerras civis da Síria e Iraque, do Afeganistão, Líbano e outros países vizinhos, não tem histórico de boa convivência entre  sí, são de uma cultura muito diferente da européia e ameaçam os já escassos empregos no continente. Foram forçados à fuga pelo mediterrâneo por causa do avanço ameaçador do EI, mas milhares já foram mortos e outros tantos vivem em campos de refugiados nas fronteiras destes países desde o começo da primavera árabe em 2011. 
Os europeus estão vendo no seu quintal uma mistura de sunitas, jihadistas, xiitas entre outros e temem que o conflito entre os grupos acabem com a paz no meio da união européia. Quase todos dizem ser sírios, a fórmula para poderem receber o estatuto de refugiados e garantirem o desejado asilo. Em Kos, na Grécia, quem tiver passaporte sírio tem direito a embarcar no “Eleftherios Venizelos”, o ferry fretado pelo governo grego para abrigar e tratar dos refugiados.
Os Quem vem do Afeganistão, do Paquistão ou do Iraque tem mais dificuldades em conseguir asilo e as tensões já começaram a surgir.
O fator religião também não ajuda. Ainda mais com os radicais muçulmanos pregando a conquista mundial pelo Islã. Ninguém pode garantir também que no meio dos fugitivos não estejam escondidos membros do Estado Islâmico ou outros radicais aproveitando a ocasião para  entrarem despercebidos com a missão de provocar atentados  no coração da Europa.
Especialistas e corneteiros de todo o mundo gritam para as autoridades europeias tomarem providencias para evitar as mortes no Mediterrâneo, mas deveriam saber que pouco pode ser feito.
A opção de estancar a fuga na origem, ajudando um dos lados das guerras internas fracassou em episódios anteriores, como na invasão do Iraque pelos EUA, ou o fornecimento de  armas para grupos derrubarem os governos da Líbia e Siria e que depois se tornariam uma ameaça maior, deixando as populações destes países no meio do fogo. Agora fornecer armamento para combater o EI pode ser como jogar fogo na gasolina, pode ajudar na formação de um novo grupo terrorista como foi formado a Al Qaeda. Embora as intenções primárias fossem boas, a verdade é que alguns países da Europa ajudaram os EUA a desestabilizar a balança politica no Oriente médio..
Agora todos vão ter que arcar com sua cota de refugiados, mesmo de má vontade. Afinal, os europeus estão apenas recebendo a conta das más ações praticadas por seus governantes, que se intrometeram na politica da região movidos apenas por interesses econômicos.

SOBRE OS CURDOS

 
Ao contrário dos povos oriundos dos países onde habitam, os Curdos não tentam fugir pra Europa.
Permanecem nas cidades em que vivem à margem e lutam para conquistar um território independente curdo.  
O número exato de curdos vivendo no Oriente médio não se sabe, devido à falta de recenseamentos recentes e à relutância dos vários governos das regiões habitadas por curdos em fornecer dados importantes.
De acordo com o CIA Factbook, os curdos compreendem 20% da população da Turquia, de 15 a 20% no Iraque, possivelmente 8% na Síria, 7% no Irã e 1,3% na Armênia. Em todos estes países com exceção do Irã, os curdos são o segundo maior grupo étnico. Aproximadamente 55% dos curdos no mundo vivem na Turquia, 20% no Irã, 20% no Iraque e um pouco menos de 5% na Síria. Estas estimativas estabelecem o número total de curdos entre 27 e 36 milhões.
Há outras fontes que registram uma população maior de curdos que a que está acima. Além disso, estima-se que os curdos, especialmente na Turquia, têm um índice de natalidade quase 50%  a mais que os  turcos.
NA TURQUIA - Aproximadamente metade de todos os curdos vivem na Turquia. eles representam 18% da população, 14 milhões de pessoas. Eles estão predominantemente distribuídos no sudeste do país.
O Partiya Karkerên Kurdistan (PKK) (Partido dos Trabalhadores do Curdistão), também conhecido como KADEK , é considerado pelos EUA e pela União Europeia como sendo uma organização terrorista dedicada a criar um estado curdo independente em um território (tradicionalmente referido como Curdistão) consistindo de partes do sudeste da Turquia, nordeste do Iraque, nordeste da Síria e noroeste do Irã. É uma organização étnica separatista que usa a força e ameaça de força contra alvos civis e militares com o propósito de alcançar seus objetivos políticos.
Entre 1984 e 1999, o PKK e o exército turco entraram em guerra aberta, e a maior parte do interior do país no sudeste foi despovoada, com os civis curdos sendo deslocados para outros locais  assim como para cidades da Turquia ocidental e até mesmo para a Europa ocidental. As causas do despovoamento incluem atrocidades do PKK contra clãs curdos que eles não podiam controlar, a pobreza do sudeste, e as operações militares do estado turco. A Human  Rights Watch documentou várias ocorrências onde os militares turcos evacuaram vilas com uso de força, destruíndo casas e equipamentos para evitar o retorno dos habitantes. Estima-se que 3.000 vilas e aldeias curdas na Turquia foram verdadeiramente varridas do mapa, o que representou o deslocamento de mais de 378.000 pessoas.
NO IRAQUE - Em 1970, o Iraque anunciou um plano de paz contemplando a autonomia curda. O plano seria implementado em quatro anos. No entanto, ao mesmo tempo, o regime iraquiano iniciou um programa de arabização nas regiões ricas em petróleo. O acordo de paz não durou, e em 1974, o governo iraquiano iniciou uma nova ofensiva contra os curdos. Além disso, em março de 1975, Iraque e Irã assinaram o Pacto de Argel, de acordo com o qual o Irã cortava suprimentos para os curdos iraquianos. O Iraque iniciou outra onda de arabização enviando árabes para os campos de petróleo no Curdistão, e entre 1975 e 1978, duzentos mil curdos foram deportados para outras regiões do Iraque.
Durante a guerra Irã-Iraque na década de 1980, o regime implementou políticas anticurdos e uma guerra civil de facto eclodiu. O Iraque foi amplamente condenado pela comunidade internacional, mas nunca foi seriamente punido pelos meios opressivos que utilizou tais como assassinato em massa de centenas de milhares de civis, a destruição generalizada de milhares de aldeias e a deportação de milhares de curdos para o sul e o centro do Iraque. A campanha do governo iraquiano contra os curdos em 1988 foi chamada Anfal ("Pilhagem de Guerra"). Os ataques Anfal levaram à destruição duas mil aldeias e entre 50 e 100 mil curdos foram mortos.
Após o levante curdo de 1991 (em curdo: Raperîn) liderado pela União Patriótica do Curdistão  e pelo Partido Democrático do Curdistão, tropas iraquianas recapturaram as regiões curdas e centenas de milhares de curdos fugiram pelas fronteiras. Para suavizar a situação, uma "zona de exclusão" foi estabelecida pelo Conselho de Segurança da ONU. A região autônoma curda ficou sendo controlada por partidos rivais. A população curda recebeu com prazer as tropas americanas em 2003. A área controlada pelas forças curdas foi expandida, e os curdos agora têm o controle efetivo em Kirkuk e em partes de Mosul. No início de 2006, as duas regiões curdas foram unidas em uma região unificada.
Nos anos recentes, lutas intensas ocorreram entre os curdos e o estado iraniano entre 1979 e 1982. Em agosto de 1979, o Aiatollá Khomeini  declarou uma "guerra santa" contra os curdos. Uma fotografia de um pelotão de fuzilamento da Guarda Revolucionária executando prisioneiros curdos ganhou fama internacional e venceu o Pulitzer em 1980. O Corpo de guarda da revolução Islâmica  atacou as regiões curdas para restabelecer o controle do governo iraniano; como resultado, cerca de dez mil curdos foram mortos. Desde 1983, o governo iraniano mantém o controle sobre todas as áreas habitadas pelos curdos. Intranquilidade frequente e tomadas de posições militares têm ocorrido desde a década de 1990.
NA SÍRIA -  curdos são cerca de 15% da população da Síria, o que corresponde a cerca de 1,9 milhão de pessoas. Isto faz deles a maior minoria étnica no país. Eles estão majoritariamente concentrados no nordeste e no norte mas há também populações curdas significativas em Damasco. Eles falam com frequência curdo em público, a menos que todos os presentes não o façam. Os ativistas de direitos humanos curdos são maltratados e perseguidos. Nenhum partido político é permitido a qualquer grupo, curdo ou não.
As técnicas usadas para suprimir a identidade étnica dos curdos na Síria incluem várias proibições do uso da língua curda, recusa em registrar crianças com nomes curdos, substituição de nomes de lugares curdos com novos nomes em árabe, proibição de negócios que não tenham nomes árabes, proibição de escolas privadas curdas e proibição de livros e outros materiais escritos em curdo. Com o direito à nacionalidade síria negado, cerca de trezentos mil curdos são privados de quaisquer direitos sociais.
                                                  
 OS PESMERGA
Peshmerga é um grupo curdo armado e de elite, que combate pelo Curdistão e reivindica a criação de um Estado para os seus cidadãos, que estão espalhados por territórios atribuídos ao Iraque, à Síria e à Turquia. Tem mais de 200 000 militantes, onde se incluem homens e mulheres. Os Peshmerga têm sido uns dos mais duros inimigos do Estado Islâmico, desde que o grupo explodiu na cena internacional aterrorizando o mundo com participações em várias frentes de guerra e decapitações de ocidentais, e que é o responsável também pela nova onda de imigrantes que tentam chegar a Europa e que morrem às centenas na tentativa.
Nas fileiras Peshmerga, ao lado de homens que lutam arduamente pelos seus ideais da criação de um Estado curdo e para não se deixarem vencer por terroristas que matam em nome do Islã estão várias mulheres. Mulheres de armas.
Devido aos avanços do Estado Islâmico, os Peshmerga têm sido cruciais na defesa de territórios curdos. As soldadas que treinam no Iraque embora apresentem  pouca experiência em cenário de guerra, têm demonstrado vontade em lutar contra os inimigos.
Independentemente da situação em que vivem são muitas as mulheres que querem defender aquilo em que acreditam. E com o avanço do EI elas sabem que se forem capturadas irão mergulhar no fogo do inferno. Por isso há casos em que uma das soldadas de apenas 24 anos, está grávida mas recusa-se a deixar de treinar com o restante das combatentes.
Em Kobani, duas soldadas curdas sírias lutaram e tentaram resistir às investidas dos jihadistas. Com plena consciência do que lhes aconteceria se caíssem nas mãos do Estado Islâmico, Ceylan Ozalp (19 anos) e Arin Mirkan (mãe de dois filhos) escolheram o seu próprio destino, quando perceberam que não conseguiriam contar a força do grupo terrorista. Para não se submeterem a torturas, violações, vergastadas e decapitações, ambas as combatentes colocaram termo à própria vida. Ceylan com a última bala de que dispunha na sua arma e Arin fez-se explodir, numa ação inédita utilizada por um soldado curdo. As duas mulheres são hoje consideradas “mártires” pelos curdos
 

quarta-feira, 19 de agosto de 2015


Mulheres Curdas
As mulheres Curdas chamam a atenção por dois motivos: igualam-se aos homens em mostrar coragem ao enfrentar qualquer inimigo, herança da opressão sofrido por seu povo através dos séculos, e por continuarem belas mesmo vivendo em lugares inóspitos. 
Um pequeno painel em homenagem a estas verdadeiras guerreiras.  
  
 
 
 
 
 

domingo, 16 de agosto de 2015

Muse - New Born


TALK CD


Formato que estreou no mercado em 1982, prometendo levar para todos os lares o som digital, límpido e sem chiados, o CD chega aos 33 anos de idade sem grande festa, responsável pelo desenvolvimento da pirataria musical em larga escala por ser fácil de copiar, e ainda expandir a circulação pela internet que derrotou a pirataria e deu a todos acesso a música de streaming. As gravadoras devem estar morrendo de saudades das velhas fitas cassete. A Federação Internacional da Indústria Fonográfica apontou que, pela primeira vez na História, as receitas digitais (de downloads e streaming) e físicas (CDs, DVDs, LPs) tinham se igualado no mundo, em 46%
No Brasil, segundo a Associação Brasileira de Produtores de Discos (ABPD), nos primeiros seis meses de 2015, verificou-se uma queda de 11,5% na venda de música em meios físicos. E, assim, pela primeira vez, o faturamento das grandes gravadoras brasileiras com a música digital ultrapassou o da física, graças, principalmente, ao fenômeno do streaming.
Na década de 90 o Cd iniciou sua era de realeza, você tinha aparelhos para sair por aí ouvindo os discos, Mas eles ficaram obsoletos muito rapidamente, ainda mais depois de 2001, quando apareceu o iPod (o mais bem-sucedido tocador de MP3, desenvolvido pela Apple).
O problema é que a tecnologia evoluiu mais rápido do que se esperava, e os sistemas de compressão de arquivos se desenvolveram, possibilitando a distribuição digital de música, absorvendo e acabando até com a indústria da pirataria, e do preconceito de baixar músicas  em circulação pela rede. Hoje com a possibilidade de se achar qualquer música na Internet e baixa-la no seu computador e copiar num CD ou Pen-drive, a Industria musical teve que jogar a toalha e se convencer que a música física está em seus últimos suspiros.
As projeções para a sobrevivência do CD (que em seus tempos de glória levou os brasileiros a comprar 3,328 milhões de cópias de um único álbum, “Músicas para louvar o Senhor”, do Padre Marcelo Rossi — até hoje o CD mais vendido do país) são de que ele dure apenas como alternativa para presentes ou para colecionadores.
Os novos artistas não querem mais falar somente da gravação de discos,ou Cds , para ganhar dinheiro com música, as grandes produtoras preferem lançar carreiras de novos sem o uso do formato físico. Ambos preferem evitar discussão sobre CD porque ela não tem mais relevância, querem se  concentrar totalmente na discussão do direito autoral na internet”.
Especialistas acham que eles vão continuar por um bom tempo ainda por aí de alguma forma. Mas, em dez anos, globalmente, eles devem deter uma porção muito pequena do mercado, cerca de 5% .
 Os LPs de vinil (que ressurgiram com alguma força nos últimos anos) são uma coisa retrô e hoje detêm algo próximo de 2% do mercado, podendo crescer, pois contam com a diferença do som, analógico. Isso não acontece com o CD, que tem o mesmo som do streaming. Os CDs, na verdade, não passam de uma mídia feita para se armazenar dados digitais.

Como um amante inveterado de discos desde o vinil, vejo com tristeza o começo do fim da era do disco físico, embora durante todo o tempo veja ganhos e perdas. Nos anos 70 era difícil acompanhar e comprar todos os discos que tocavam no rádio, que era a grande plantaforma que sustentava o status dos grandes astros no mundo, hoje é fácil encontrar e baixar sua música preferida, mas não há mais astros, e a música virou pó de estrelas. Depois que tudo já foi dito e feito em matéria de música, parece que não há muita esperança não só para os discos,talvez  estejamos apenas reciclando músicas.
Por conta destes tempos de sons esquálidos e fragmentados os que vivem de música e com música começam a se perguntar o que vai acontecer no futuro. Como as perguntas da música "Talk " do Coldplay. A canção pede a um robô extraterrestre para cantar uma canção, mas uma que nunca ninguém antes cantou. 


PUXA, AMIGOS!


A coisa é antiga mas ultimamente, talvez por conta dos escândalos em série que acontecem no Brasil, eu tenha começado a me perguntar por que não temos mesas redondas para discutir a politica como temos para o futebol. No meio do campeonato brasileiro o país ou ex, do futebol vê todos os seus embates serem discutidos sem piedade em quatro canais exclusivos de esportes e nos canais tradicionais, depois de cada rodada com nove jogos na serie A, mais os nove da série B, em nível nacional. Sem falar nos bate-bolas locais em cada cidade.Senhores da mais alta competência na área do esporte bretão, a paixão nacional, debruçam-se por horas após a rodada para decifrar por todos os ângulos das trezentas câmeras que parecem haver nas novas arenas os mínimos detalhes do que ocorreu nos campos desde o mangueirão no Pará ao Olímpico no RS. Apresentadores-comentaristas, ex-jogadores comentaristas, comentaristas de arbitragem, repórteres de campo e uma infinidade de profissionais, agora cada vez mais os programas contam com mulheres, mesmo que não tenham muita ciência do que acontece, não deixam o torcedor ficar com nenhuma dúvida. Pena que entrevistas com jogadores e técnicos de futebol sejam a mesma ladainha, mas não importa, tem-se que perguntar o que fazer para virar o jogo ou o que fazer depois de uma derrota. (Aposto que vão responder que tem que levantar a cabeça e trabalhar que quarta já tem outro grande adversário). Nada contra o assunto ser discutido com tanta paixão, afinal eu também assisto as opiniões as vezes não tão abalizadas dos comentaristas, aliás todo mundo sabe o que ocorreu, só vai conferir se o cara fala alguma besteira.
O que eu imaginei foi que, como estaria o Brasil se tivéssemos o mesmo número de pessoas todos os dias com tantos canais e programas discutindo o que se passa no mundo politico? Tudo que acontece em Brasília sendo trazido à tona e mostrado por câmeras de alta resolução que seguiria os engravatados no planalto central em seus passes errados, nas jogadas mais bisonhas sem precisar esperar serem autuados pelas operações da Policia Federal.
E seria bom que o assunto fosse discutido como no futebol, sem medo de desagradar ao governo ou uma autoridade, as críticas fossem feitas sem ideologia e os erros fossem mostrados em vários ângulos.

sábado, 8 de agosto de 2015

DESCONSTRUIR O PT

Segundo pesquisas, 71% dos brasileiros  repudiam o governo do PT num nível jamais visto antes neste país, mas mesmo assim e levando em conta o número bastante elevado de ignorantes que assola o país é estranho que ainda tenha tanta gente apoiando o indefensável. Por isso e também por curiosidade mórbida, tenho visitado os sites e blogs dos chamados "petralhas" para saber quais as suas ideias e pontos de vista e talvez achar algum meio de entendê-los, de achar algo que eu não ví. Embora estejam cada vez mais virando minoria e seus comentários sejam quase sussurros, os que defendem o governo e o PT continuam usando a mesma tática de se vitimizarem, uns por astúcia outros por serem mesmo tapados.
A alegação primária dos petistas e seguidores é de que o PT, eles acreditam, tornou este país bem melhor que antes. Que nestes doze anos de governo socialista, Lula e Diulma deu vez aos pobres, tirou milhões da miséria e todo mundo teve direito a comer carne com batatas. Doutrinados pela  fracassada ideologia socialista não perceberam que, mesmo se fosse verdade, não há mágica que faça retirar milhões da miséria sem crescimento sustentável, desviando recursos que deveriam ser aplicados em infraestrutura e educação por exemplo. Isto sem falar no verdadeiro destino em que  descambou a maior parte destes recursos, e sem falar da Petrobrás.
O País entrou numa espiral de encolhimento econômico por conta da má-gestão, no campo de descrédito por conta da irresponsabilidade e numa guerra aberta contra o regime que aí está pela descoberta da enganação institucionalizada.
Outra reclamação dos petistas é de  que não há revolta,reclamações nem panelaços contra outros políticos e partidos citados na operação Lava-jato e que a elite quer dar um golpe num governo eleito democraticamente. Elementar. Os políticos citados ainda nem foram autuados. O foco principal é o governo, um governo que engana há muito tempo, doze anos, e é ponto pacífico entre os que defendem a direita que é preciso acabar, demolir todas as bases de sustentação do PT, para começar tudo de novo. Não há, claro, nenhum salvador da pátria que vá mudar o Brasil, mas o próprio povo vai ter que aprender a sempre exigir que as coisas tomem o rumo certo. Quanto ao impeachmeant da Presidente, por um lado faz mal ao país se demorar, mas por outro é bom que no futuro ninguém mais queira passar pelo purgatório vegetativo rejeitado por 80% da população. Embora ainda tenha desta vez  o consolo de que depois vai passar o resto da vida junto com os companheiros gastando os milhões, talvez bilhões,  recebidos pelo partido, desviados dos cofres públicos. Cada um tem a recompensa que acha que merece.