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domingo, 31 de maio de 2015
FALTA DE EDUCAÇÃO
Como os resultados benéficos de mudanças numa sociedade, seja econômica, política ou cultural, leva cerca de 30 anos para atingir a todos, com certeza não verei o Brasil como um dia imaginei, em um certo momento num lapso temporal. Minha geração foi, digamos, beneficiada com duas épocas bem distintas na história do país, por isto é mais fácil analisar a realidade brasileira e ver a distancia do abismo ou o fundo do poço. Por incrivel que pareça de uns trinta anos prá cá saimos de uma faixa de educação razoável para um estado em que os próprios governantes são individuos que não tem a mínima noção do que lhes é devido fazer. Como bem lembrou o professor Olavo de Carvalho num texto escrito anos atrás, os personagens (dos anos 70/80 ) a que ele se referia ao escrever o livro "O imbecil coletivo", eram indivíduos inteligentes, razoavelmente cultos, apenas corrompidos pela auto-intoxicação ideológica e pelas posições muito superiores aos seus méritos que deformavam completamente sua visão do universo e de si mesmos.
Até os anos 70, os brasileiros recebiam no primário e no ginásio uma educação com padrão aceitável. Os militares, todos sabem, e ainda são criticados até hoje, prezavam a moral e a ética, que eram ensinadas nas escolas. Os alunos só vinham a corromper-se quando chegavam à universidade e recebiam doses maciças de doutrinação comunista, oferecida sob o pretexto da luta pela restauração das liberdades, já que o regime era autoritário. O status de culto no estudante brasileiro se identificava com a absorção do estilo esquerdista de pensar. Che Guevara era um guerreiro e Marx era uma espécie de Deus.
Com a passagem para o regime democratico, fora algumas excessões como a criação dos Cieps e outras minguadas iniciativas, a educação passou a ser paulatinamente subestimada pelos governos e acabou virando apenas sinônimo de "vagas" e "cotas" nas escolas cursos e universidades, mas a doutrinação feita pelos que antigamente pretendiam uma sociedade comunista continuou,e passou a atacar os brasileiros numa idade bem mais tenra. O Deputado Jair Bolsonaro recentemente mostrou no plenário um livro de história usado atualmente nas escolas primárias que exalta grupos terroristas como as FARCS.
Ainda segundo Olavo de Carvalho: "A partir dos anos 80, a elite esquerdista tomou posse da educação pública, aí introduzindo o sistema de alfabetização “socioconstrutivista”, concebido por pedagogos esquerdistas como Emilia Ferrero, Lev Vigotsky e Paulo Freire para implantar na mente infantil as estruturas cognitivas aptas a preparar o desenvolvimento mais ou menos espontâneo de uma cosmovisão socialista, praticamente sem necessidade de “doutrinação” explícita."
Atualmente vendo o caos em que se tornou a educação como um todo, seja do ponto de vista do aprendizado, do rendimento escolar dos alunos, e sobretudo da alfabetização, os resultados foram catastróficos.
Sem que ninguem, ou poucos notassem, os mestres desta revolução pedagógica encaminharam a educação no Brasil para um dos piores indices no mundo igualado pau a pau com alguns paises africanos que vivem em regimes quase tribais. Começando pela desfragmentação da figura do professor e terminando com a aprovação sem méritos, vagas nas universidades por cor de pele, passando pelos cursinhos à distancia.
Não se pode negar que os meios de educação evoluiram, e que os sistemas usados anteriormente estão ficando obsoletos, o que não se pode permitir é o abandono de todo o sistema em todas as etapas de formação do estudante, desde a oferta de escolas com qualidade para todos, a responsabilidade da familia, e o respeito à autoridade do professor.
O objetivo proposto pelos saudosistas dos regimes comunistas foi alcançado. Uma sociedade apática, sem grande visão do mundo que a cerca é fácil de ser manipulada. Trinta anos depois, após ver de vislumbre aonde foi parar o país, saqueado e enganado sem possibilidades de crescimento a médio prazo, o brasileiro começou a chiar. Em sua grande maioria sem saber onde o galo canta, porque não sabe o que aconteceu. Os alunos que ingressam nas universidades brasileiras são produtos da negligência politica com a educação e da doutrinação subliminar que segundo Olavo " mistura a alfabetização com a aquisição de conteúdos, com a socialização, negligenciando a aquisição das habilidades fonético-silábicas elementares sem as quais ninguém pode chegar a um domínio suficiente da linguagem." Taí o ENEM mostrando a mão de obra especializada do futuro.
Sobre o estado da educação no Brasil, Olavo definiu:
"O produto dessa monstruosidade pedagógica são estudantes que chegam ao mestrado e ao doutorado sem conhecimentos mínimos de ortografia e com uma reduzida capacidade de articular experiência e linguagem. Na universidade aprendem a macaquear o jargão de uma ou várias especialidades acadêmicas que, na falta de um domínio razoável da língua geral e literária, compreendem de maneira coisificada, quase fetichista, permanecendo quase sempre insensíveis às nuances de sentido e incapazes de apreender, na prática, a diferença entre um conceito e uma figura de linguagem. Em geral não têm sequer o senso da “forma”, seja no que lêem, seja no que escrevem."
Aplicado em escala nacional, o socioconstrutivismo ratificado pelo partido atualmente no poder resultou numa espetacular distribuiçao de imbecilidades, mais ou menos equitativa entre todos os jovens brasileiros estudantes ou diplomados, sem distinções de credo ou de ideologia , deixando o país a mercê dos saqueadores protegidos por leis que eles mesmo criaram. O novo imbecil coletivo, ao contrário do antigo, é imbecil desde criancinha, e nem deconfia disso.
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