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segunda-feira, 16 de março de 2015

Under Pressure

Schadenfreude é um nome de origem alemã que denomina uma emoção não descrita em lingua portuguesa, a emoção de sentir prazer com o infortúnio dos outros. Fica aproximadamente entre o escárnio e a inveja, mas longe da alegria por ser uma emoção digamos, moralmente baixa.
Não vou falar de Schadenfreude, mas do conteúdo que trata o livro da foto ao lado, que traz apenas mais algumas curiosidades na procura que se faz há muito tempo para se descobrir e explicar como surgem nossas emoções e como controla-las em nosso proprio beneficio.
Mas como o autor  diz no livro, "para ter o que chamamos de consciência básica é preciso ter sentimentos" e ter sentimentos num mundo cada vez mais caótico é viver sob pressão.
Under Pressure (Sob Pressão) é uma referência circustancial à música do Queen, que fala também de forma direcionada ao amor, da dificuldade em conciliar razão e emoção. Já escrevi antes textos sobre este tema, mas minha curiosidade pela origem das emoções reapareceu com o suicídio há alguns dias atrás de alguem que eu conhecia, o que me levou a pensar sobre o que diz esta música, e de como é dificil imaginar o outro, e que nem todos podem controlar suas emoções sob pressão.
Mas que pressão?  Segundo o autor do livro há certas decisões que são evidentemente feitas pela própria emoção. Para vivermos em sociedade no século XXI, precisamos muitas vezes ser capazes de criticar as nossas próprias emoções e dizer não a elas. E a única maneira de ultrapassar as emoções é o conhecimento: saber analisar as situações, ser capaz de raciocinar sobre elas e decidir quando uma emoção não é vantajosa. Enfim, há um nível mais elevado em que as emoções têm de ser não as conselheiras, mas as aconselhadas.
Ufa. O dificil de entender é como lidar com emoções que tem sido condicionadas pela história da nossa sociedade com elementos como a religião, a justiça e a economia, estruturas que são resultado da vida humana em uma sociedade cada vez mais complexa.
A esperança, do autor do livro e do compositor da música, é que na medida em que as sociedades evoluem, caminhe para uma maior harmonia entre o lado emocional/instintivo e o lado racional/reflexivo. É um trabalho em andamento. Mas um dia, a convivência em sociedade, que exige que se ponha razão e emoção na balança o tempo inteiro, vai conseguir equilibrar os dois lados.
Vai levar um bom tempo para que o tronco cerebral e o córtex entrem em consenso, pelo simples fato de que os adultos estão cada vez mais sob pressão e eles é que direcionam os sentimentos derivados das emoções nas crianças em seus primeiros anos. E redirecionar um adulto, segundo o livro, é muito dificil, quase impossivel nos dias atuais.Se você tem uma pessoa que começou a vida como um sociopata, é extraordinariamente difícil tornar essa pessoa um ser normal em relação a comportamento social. Isto porque seria necessário fazer todo o processo que se faz numa criança, mas o paciente já tem autonomia para não aceitá-lo.
O que esperar de um  mundo que precisa ainda de muito conhecimento para que os seres aprendam a controlar as moléculas quimicas da tristeza? Como raciocinar melhor sem o controle das emoções?
A única conclusão, minha, do autor do livro e do compositor é uma só. As moléculas da felicidade se agrupam com mais rapidez mas são fugazes, as imagens da tristeza ficam impressas por mais tempo.
O problema é como conseguir o equilibrio antes de simplesmente desistir.

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