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sábado, 21 de março de 2015

SOBRE ECLIPSES E DRUIDAS


O Pêndulo de Foucault, romance do filósofo e novelista italiano Umberto Eco, é dividido em dez segmentos representados pelos dez Sefiroth, é cheio de referências esotéricas à Kabbalah, à alquimia e a teorias conspiratórias. O livro é um tratado sobre crenças , religiões e mistérios. O título do livro refere-se ao pêndulo projetado pelo físico francês Léon Foucault para demonstrar a rotação da terra.
A eclipse do sol nesta semana por coincidência(?) ocorreu num dia em que eu estava ouvindo Kate Bush e dando uma olhada no livro de Umberto Eco, numa parte que narra uma cerimônia celta para iniciados. Os Celtas me levaram a fazer uma ligação com o eclipse e lembrar que estes fenômenos eram celebrados pelo antigo povo como sinais para a humanidade. Antes das religiões, os sacerdotes celtas ou druidas ensinavam a integração do seres na natureza, inclusive às pedras. Bem, não se sabe muito sobre os celtas, mas gosto de ler de vez em quando partes do livro para tentar entender porquê o desconhecido, embora nos encha de medo, nos atrai. E onde foi parar todo este conhecimento. A humanidade preferiu não descobrir? Eu não gosto do termo "teorias conspiratórias", porquê ele acaba com o mistério e desvia o caminho dos segredos.
O livro em várias passagens deixa subentendido,que às vezes é preciso se mostrar para continuar invisivel. Um simples pretendente a iniciar-se em ciências ocultas, além do básico In imagian, necromantiam, astrologiam, deve ter noções em outros campos como a fisiognosia, que diz respeito à física oculta estática,dinâmica e cinemática,astrologia esotérica e biológica.
A Cosmognosia, a antropognosia,que estuda a anatomia homológica. As ciências divinatórias, a fisiologia fluídica, a psicurgia. Depois vem as matemáticas qualitativas, a aritmologia , os conhecimentos preliminares da cosmografia do invisivel,o magnetismo, as auras,os sons,os fluidos,psicometria e clarividência, leitura do pensamento, artes divinatórias como interpretação dos sonhos, até graus superiores como a profecia e o êxtase. É necessário que disponha de informação sobre alquimia, espagíria, telepatia, exorcismo, magia cerimonial e evocatória,teurgia de base...
A lista continua e é longa, eu me pergunto sempre, se os povos antigos tinham todo este conhecimento, qual a origem, a finalidade e porquê o segredo?
Para os Druidas a busca por uma vida melhor deveria ser a motivação e o objetivo de todas as espiritualidades do mundo, através  do conhecimento que gera ação, ou seja, a conciência.
Espiritos conscientes não são dominados ou manipulados, vivendo uma espiritualidade que devolve às nossas mãos o controle de nossas vidas, sem propostas de vida futura, porque nós fazemos parte da natureza agora. Todas estas antigas crenças foram deixadas de lado ao longo dos séculos por uma busca da salvação mais imediata e pela visão dominante de que existe um só caminho, e que todos os outros estão errados. Esta percepção tão comum nos dias atuais, originadas nas tradições espirituais no Oriente médio, talvez explique o fanatismo, a intolerância religiosa e o fundamentalismo radical do grupo Estado Islâmico em pleno Século 21.

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