Após longo tempo de espera, com os X-maniacos espalhados pelo mundo sendo bombardeados com a campanha de divulgação, finalmente estreou o novo filme dos X-MEN e valeu a pena. A transposição para as telas da obra-prima dos quadrinhos deixou pelo menos duas coisas claras para mim: alguns críticos de cinema não leram a história de Claremont e Bryan Singer é um mutante.
Claro que o público que vai ver um filme sobre super-heróis tem que ser dividido em dois: os que estão no universo Marvel e os que estão fora. É preciso agradar aos dois, e Singer consegue alinhavar a história para ambos, se bem que alguns não vão entender alguns detalhes, como alguns críticos, que chamam este não-entendimento de buracos no enredo.
Com algumas alterações e mudança de personagens, para não dificultar muito, o diretor conseguiu contar a saga do futuro sombrio dos mutantes, de maneira satisfatória, misturando os elencos dos filmes anteriores entre o passado e o futuro, deixando em segundo plano personagens, ( e atores) que não estão no auge, como Tempestade (Halle Berry), e apresentando Mercurio (Evan Peters), um mutante que não faz parte da equipe dos X-MEN, mas não à toa, se torna dono da cena chamada "impagável".
Mercúrio, no filme ainda não sabe, aliás nem alguns críticos sabem, é filho de Magneto e fez parte da Irmandade dos mutantes. O curioso é que depois entrou na equipe dos Vingadores e por isso deve aparecer "de novo" no segundo filme dos mesmos, mas esta é outra história.
O Diretor economizou nas cenas de ação mas quando elas vieram foram grandiosas, embora não tenha havido, no passado, grandes combates entre os x-men e os sentinelas. Singer também escolheu a volta de Wolverine no lugar da Kitty Pride, ao passado por ele ser mais conhecido do público, e a telepata Rachel foi substituida por Kitty. Outra mudança no filme, é que a mente de Wolverine na sua volta ao passado não encontra todos os Xmen, somente Charles Xavier e o Fera.
Em alguns momentos fiquei emocionado, minha mente voltou ao passado também, aos tempos em que minha imaginação era guiada pelos quadrinhos. Enfim,"Dias de um futuro esquecido" não é apenas um dos melhores filmes de Super-heróis já realizados, é um dos melhores filmes dos últimos anos, para os fãns dos X-MEN ele conseguiu recontituir a obra-prima de Chris Claremont. Bryan Singer soube diferenciar diferentes épocas através da fotografia e trilha musical, se preocupou em mostrar todas as faces e ideais dos personagens mais estigmatizados como vilões, como Magneto e mística, e como o medo de nossas diferenças, os preconceitos, podem destruir a propria raça humana.
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