A MPB NO REGIME MILITAR
Sempre que leio algo sobre música popular brasileira nos anos 60/70, vejo que há sempre uma referência ao regime militar como Ditadura ou regime ditatorial, em que os artistas eram perseguidos e censurados e que as músicas de alguns artistas continham mensagens subliminares de protesto contra a ditadura. Geralmente são textos assinados por alguém que nasceu nos anos 80 e que formou opinião através do que ouviu dos próprios artistas ou leu na imprensa da forma que os esquerdistas que dominavam a mídia e as universidades queriam.
Eu sempre desejei um dia estar em um debate do qual participassem algumas cabeças coroadas da MPB que reclamam de terem sido perseguidos durante o regime militar, embora sejam bem poucos, mas para minha surpresa inclui o "Terror das empregadas" Odair José que recentemente reclamou de perseguição às suas músicas, sendo um caso talvez mais explicável por serem elas de péssima qualidade.
Mas Odair José, o rei do brega, ficou milionário nesta terrivel época, como todos os outros, porque inexplicavelmente, vendeu milhões de discos, e depois de gastar toda sua fortuna com cachaça e mulheres, desapareceu do cenário brega pop brasileiro.
Para ficar na imparcialidade, devo dizer que sou contra a censura, (mas não todo o tipo de censura),
e que na época a censura foi instituida por dois motivos: para não causar agitação popular, o que favorecia os grupos terroristas, e para evitar palavras que atentassem contra a moral e os bons costumes, coisas que ficaram no passado.
Com censura e tudo, ninguém se refere a isto, a MPB teve sua era de prata ou de ouro, como quiserem, e depois dos últimos trinta anos não é nem mais a sombra do que foi.
Como explicariam os artistas que se tornaram ícones, como Chico, Caetano, Rita Lee, Fagner, Elis, um período de músicas memoráveis, se eram perseguidos e censurados?
O Departamento de censura, como toda repartição pública, tinha maus funcionários (e não eram militares mas civís), e obviamente havia censuras a músicas que eram ridículas e sem fundamento, mas estranhamente para uma ditadura, o cantor Taiguara que teve um disco todo censurado, recorreu a um orgão superior e teve o disco liberado!
Há que se lembrar também que alguns discos com conteúdo adulto eram liberados para maiores de dezoito anos, como os discos hilários do Juca Chaves, o primeiro a fazer stand-up no Brasil, assim como filmes eróticos ou violentos.
Artistas que tentaram promover algumas palavras de ordem por simples rebeldia como Caetano foram presos por algumas semanas e resolveram se mandar para Londres em férias, depois espalharam que foram exilados. Não explicam, como, numa ditadura, tenham voltado ao país tranquilamente e continuado a vidinha nas praias, mas desta vez só compondo coisas leves como "Leãozinho". Aliás pode-se dizer dentro da vasta gama de interpretações que se dá a uma música que "Leãozinho" poderia ser um critica velada a... ditadura, ou a qualquer coisa.
Isso me leva por exemplo a música "Qualquer coisa" . Até agora Caetano não explicou o que quer dizer na música, talvez qualquer coisa.
Terminado o período "sangrento" do regime militar , onde sobreviveram todos, de Copacabana ao Leblon, o imaginário popular foi invadido pela "inteligencia' esquerdista que se apossou do desejo de liberdade do povo, transformando algumas músicas e seus criadores em líbelos da luta contra a opressão da ditadura. Músicas como Cálice, Apesar de você, Prá nao dizer que não falei de flôres.
Eu acho que esqueceram de "Qualquer coisa". Algumas que exaltavam o orgulho nacional ao contrário, foram execradas, como "Eu te amo meu Brasil " dos Incríveis, que fez muito sucesso nos anos 60.
Recentemente ví um programa sobre o Nelson Motta, um dos caras que mais se esbaldaram nos anos 70, em que ele fala que o Rock e os Festivais de Rock não eram muito bem visto pelos militares, uma mentira sem tamanho, os militares não ligavam a mínima prá isso, e o fato de o Rock in Rio só ocorrer no final do regime se deveu simplesmente a problemas de infra-estrutura, mesmo em 1985,
Só para desmentir a fala de Motta, basta lembrar do show do Kiss no Maracanã em 1982, onde a fumaça da maconha formou uma nuvem no céu semelhante a uma bomba atômica. Ao contrário, o Rock foi banido de países socialistas, como Cuba e China por ser uma música reacionária.Onde eles se encaixam?
Também não houve nenhuma censura quando explodiu o fenômeno "Secos & Molhados, um acontecimento totalmente inovador para os padrões brasileiros, nem perseguição ao modo livre de vida na república dos Novos Baianos, alguns presos pela policia por usarem drogas, mas a esquerdalha depois de se sentir livre não demorou a questionar Roberto Carlos por não dar declarações póstumas contra o regime, por não ter posições políticas, no que fez ele muito bem por não trair seus conceitos.
Então, para os novos fan~boys que cresceram ouvindo histórias terríveis sobre censura e perseguições a artistas que hoje vivem dos frutos de outrora, seria bom se perguntassem por que nesta época eles vendiam mais discos que agora que teem liberdade total para criar , e se eles não morrem de saudades daqueles bons tempos em que havia música de qualidade nos nossos ouvidos.
Mas Odair José, o rei do brega, ficou milionário nesta terrivel época, como todos os outros, porque inexplicavelmente, vendeu milhões de discos, e depois de gastar toda sua fortuna com cachaça e mulheres, desapareceu do cenário brega pop brasileiro.
Para ficar na imparcialidade, devo dizer que sou contra a censura, (mas não todo o tipo de censura),
e que na época a censura foi instituida por dois motivos: para não causar agitação popular, o que favorecia os grupos terroristas, e para evitar palavras que atentassem contra a moral e os bons costumes, coisas que ficaram no passado.
Com censura e tudo, ninguém se refere a isto, a MPB teve sua era de prata ou de ouro, como quiserem, e depois dos últimos trinta anos não é nem mais a sombra do que foi.
Como explicariam os artistas que se tornaram ícones, como Chico, Caetano, Rita Lee, Fagner, Elis, um período de músicas memoráveis, se eram perseguidos e censurados?
O Departamento de censura, como toda repartição pública, tinha maus funcionários (e não eram militares mas civís), e obviamente havia censuras a músicas que eram ridículas e sem fundamento, mas estranhamente para uma ditadura, o cantor Taiguara que teve um disco todo censurado, recorreu a um orgão superior e teve o disco liberado!
Há que se lembrar também que alguns discos com conteúdo adulto eram liberados para maiores de dezoito anos, como os discos hilários do Juca Chaves, o primeiro a fazer stand-up no Brasil, assim como filmes eróticos ou violentos.
Artistas que tentaram promover algumas palavras de ordem por simples rebeldia como Caetano foram presos por algumas semanas e resolveram se mandar para Londres em férias, depois espalharam que foram exilados. Não explicam, como, numa ditadura, tenham voltado ao país tranquilamente e continuado a vidinha nas praias, mas desta vez só compondo coisas leves como "Leãozinho". Aliás pode-se dizer dentro da vasta gama de interpretações que se dá a uma música que "Leãozinho" poderia ser um critica velada a... ditadura, ou a qualquer coisa.
Isso me leva por exemplo a música "Qualquer coisa" . Até agora Caetano não explicou o que quer dizer na música, talvez qualquer coisa.
Terminado o período "sangrento" do regime militar , onde sobreviveram todos, de Copacabana ao Leblon, o imaginário popular foi invadido pela "inteligencia' esquerdista que se apossou do desejo de liberdade do povo, transformando algumas músicas e seus criadores em líbelos da luta contra a opressão da ditadura. Músicas como Cálice, Apesar de você, Prá nao dizer que não falei de flôres.
Eu acho que esqueceram de "Qualquer coisa". Algumas que exaltavam o orgulho nacional ao contrário, foram execradas, como "Eu te amo meu Brasil " dos Incríveis, que fez muito sucesso nos anos 60.
Recentemente ví um programa sobre o Nelson Motta, um dos caras que mais se esbaldaram nos anos 70, em que ele fala que o Rock e os Festivais de Rock não eram muito bem visto pelos militares, uma mentira sem tamanho, os militares não ligavam a mínima prá isso, e o fato de o Rock in Rio só ocorrer no final do regime se deveu simplesmente a problemas de infra-estrutura, mesmo em 1985,
Só para desmentir a fala de Motta, basta lembrar do show do Kiss no Maracanã em 1982, onde a fumaça da maconha formou uma nuvem no céu semelhante a uma bomba atômica. Ao contrário, o Rock foi banido de países socialistas, como Cuba e China por ser uma música reacionária.Onde eles se encaixam?
Também não houve nenhuma censura quando explodiu o fenômeno "Secos & Molhados, um acontecimento totalmente inovador para os padrões brasileiros, nem perseguição ao modo livre de vida na república dos Novos Baianos, alguns presos pela policia por usarem drogas, mas a esquerdalha depois de se sentir livre não demorou a questionar Roberto Carlos por não dar declarações póstumas contra o regime, por não ter posições políticas, no que fez ele muito bem por não trair seus conceitos.
Então, para os novos fan~boys que cresceram ouvindo histórias terríveis sobre censura e perseguições a artistas que hoje vivem dos frutos de outrora, seria bom se perguntassem por que nesta época eles vendiam mais discos que agora que teem liberdade total para criar , e se eles não morrem de saudades daqueles bons tempos em que havia música de qualidade nos nossos ouvidos.
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