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sexta-feira, 14 de novembro de 2014

SUPERROUBO





"Nem na ditadura militar a Imprensa Brasileira foi tão cooptada e calada como na gestão PT-PMDB."
Esta frase é de Olavo de Carvalho, e lembrei dela hoje ao ligar a Tv e ver em destaque as reportagens sobre os mandados de prisão apreensão contra umas 40 pessoas, ainda no segundo escalão, envolvidas no imbróglio que desviou da Petrobras nada mais ou menos que dez bilhões.
Ontem a PricewaterhouseCoopers (PwC) finalmente aunciou o óbvio: não dá para divulgar nenhum balanço no prazo previsto pela CVM, isto é , hoje, por conta do rombo nas finanças da estatal denunciadas e investigadas pela operação Lava-Jato.
Pelo pouco que já foi divulgado, dá pra imaginar que o "Petrolão" é um caso de corrupção que poderá atingir níveis épicos, mesmo no país da roubalheira que é o Brasil. Mas como a mídia trata do caso?
Todos sabem que a Imprensa tem meios de obter informações e de investigar casos obscuros como este que envolve a alta politicagem e o alto clero do governo. O ex-diretor da estatal  que botou a boca no trombone, por enquanto para o judiciário, em troca da diminuição da pena, combinou também devolver 70 milhões ganhos por conta de sua comissão nas operações fraudulentas nos contratos com empreiteiras e clientes. Pode-se imaginar que ele aceite devolver 70 milhões e ficar sem dinheiro nenhum o resto da vida, mas aí tem alguma coisa errada. Como ele não é o chefe do esquema dá para imaginar, só imaginar, que alguem meteu a mão numa quantia inimaginável, o principal, e não é um bolo pequeno. As explicações mais fáceis de dar, tanto para a justiça, como para a Imprensa, é de que todo dinheiro desviado, não só neste caso, vai para a caixa de partidos. Uma das maiores enganações não investigadas pela Imprensa brasileira, que não divulga nem estranha o enriquecimento estratosférico de politicos. Basta notar a tentativa recente de alguns de passar bens para familiares ou de tentarem lavar dinheiro comprando obras de arte.  
A condescendência com o governo beira a cumplicidade, se não for mêdo. Como uma estatal do petróleo, umas das maiores empresas do mundo, tem uma queda vertiginosa e se desvaloriza em tempo recorde por causa de desvios de receitas e corrupçao e o governo não sabe de nada? Num país sério, o governo seria acusado no mínimo de negligência, e seria responsabilizado do mesmo jeito, mesmo que não soubesse de nada.

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