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domingo, 6 de abril de 2014

ARCADE FIRE REFLEKTOR TOUR - RJ


O show do Arcade Fire no pequeno City Bank Hall foi uma festa grandiosa, mas sem grandes novidades, apenas uma prévia do Lolapalloza, mas mesmo assim deixou os Indies que não puderam viajar para SP sem aquela água na boca que a gente sempre fica vendo grandes bandas de longe sem passar por aqui. O palco ficou pequeno porque o Arcade toca com doze músicos, as vezes treze, e com um atraso de apenas 25 minutos começou o show com "Reflektor" a música título do novo álbum, seguiu com “Flashbulb eyes” (também do Reflektor), e emendou magistralmente para  “Neighborhood  3" no momento mais eletrizante para  mim. “Rebellion (lies)” e “We used to wait”  dos primeiros discos, parecia deixar o Arcade mais familiar.“Essa canção é sobre o que o Brasil vai parecer depois da Copa do Mundo”, falou Win butler  antes de cantar  ao piano, “The suburbs”, faixa-título do terceiro álbum e uma velha conhecida de qualquer fã do Arcade Fire.
A energia continuou alta por um bom tempo até  “No cars go” (do segundo disco “Neon bible”) música muito importante para mim por motivos pessoais.  Aos poucos, a energia dos discos anteriores  foi dando lugar às músicas do novo álbum  como  “Afterlife” mostrando no telão o filme de Marcel Camus "Orfeu negro" gravado no Rio na década de 50, acho, e  “It’s never over (hey Orpheus)”, que começou com  Régine cantando num portugues horrivel “O morro não tem vez”, de Tom e Vinicius. A banda terminou o show com "Sprawl II' " (The suburbs) e saiu do palco e claro, a galera ficou esperando o bis, quando  entraram tres assistentes com máscaras gigantes cantando  “Nine out of ten”, de Caetano Veloso, e quando estavam  a ponto de serem vaiados a banda voltou e os expulsou do palco para delirio geral.
Antes do bis o guitarrista  fez uma graça, tocando o riff de “Sweet child o’mine” dos Guns N’Roses (“Senhoras e senhores, Slash!”, falou  Win, ), mas o Arcade Fire tocou mais duas músicas de “Reflektor”: “Normal person” e “Here comes the night time”,  que ensaiou um carnaval com muito papel picado. E no final encerrou de vez com “Wake up”, o hino espiritual do primeiro disco, com muita poesia e sonoridades, Um show perfeito e energético.Eu trocaria  duas músicas do bis por "Black Mirror" que não veio, mas valeu a pena o ingresso caro, o estacionamento lotado e o transito caótico para ver uma das melhores bandas ao vivo da atualidade.

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