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quarta-feira, 11 de junho de 2014

ATRÁS DA CORTINA


Os Euro-céticos e os Euro-desconfiados ainda não chegaram a conclusão nenhuma, mas não há dúvidas de que a Europa começa a perceber que tem de  haver mudanças para se manter  um continente estável, e que a Democracia tal como está, não funciona mais depois da globalização. O grande dilema que preocupa os liberais europeus é que a política ultraliberal está enfraquecendo os paises não só economicamente mas fazendo seus cidadãos  perderem o orgulho mantido por séculos, abrindo caminho para os defensores da extrema-direita, que avançaram nas últimas eleições com discursos que preenchem as dúvidas criadas nos últimos tempos. Em particular nas classes médias, garantia até agora do equilíbrio político das sociedades europeias, que veem a sua situação  desmoronando, sem que nem a direita liberal nem as esquerdas soubessem responder. Correm o perigo de mudarem de classe. De cair na vala que os levará  a regressar às classes pobres, de onde pensavam ter saído para sempre. No estado de pânico  em que se encontram, começam a ver nos discursos da Frente Nacional a solução para os seus problemas. Temas como a imigração, começam a ser discutidos, afinal os problemas do terceiro mundo começam a aparecer no seio das grandes capitais europeias, como a propagação do extremismo muçulmano em escolas inglesas, investigadas pelo governo. Na verdade, a maioria  dos europeus não se sente bem com as cidades invadidas por imigrantes da India (em Roma estão em toda parte) ou do Haiti. A xenofobia e o facismo estão na moda  e  não vão passar, a radicalização só vai aumentar.Se por um prisma vemos paises ricos que não se preocupam com povos na miséria,  do lado oposto temos povos subdesenvolvidos querendo tomar a riqueza dos ricos impondo seus modos extremistas até agora estranhos á classe europeia.
Na França, por exemplo, Marine Le Pen  líder da Frente Nacional, ataca com maior radicalidade que qualquer político da esquerda o “capitalismo selvagem”, a “Europa ultraliberal”, os “destroços da globalização” e o “imperialismo econômico dos Estados Unidos” . Os seus discursos alcançam grande parte das classes sociais trabalhadoras atingidas pela desindustrialização e as deslocalizações, que aplaudem a musa do FN quando declara, que “é preciso deter a imigração; se não, condenar-se-ão mais trabalhadores ao desemprego”. Ou quando defende o “proteccionismo seletivo” e exige que se ponha barreiras ao livre comércio porque este “obriga os trabalhadores franceses a competirem com todos os trabalhadores do planeta”. Ou quando reclama a “presença nacional” em matéria de acesso aos serviços da segurança social que, segundo ela, “devem estar reservados às famílias nas quais pelo menos um dos pais seja francês ou europeu”. Os gritos da FN  encontram apoio e simpatia na classe social mais castigada pelo desastre industrial, curiosamente onde durante décadas o voto à esquerda sempre foi a norma.
Um fator ainda não mencionado nas discussões sobre o avanço da extrema-direita na Europa mas que eu sempre lembro, é que o mundo começa a notar que a economia que mais cresce no mundo não é a de um país democrático, a China, coisa que ninguem explica. Abaixo da linha do equador, ainda não foi discutida a questão da falencia da esquerda Brasileira, embora esteja visivel, o País não cresce com este modelo, advinhe qual vai ser o proximo caminho.

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