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sábado, 10 de março de 2012

MORRISSEY NO RIO - SWEET AND SLOW

















No complexo da Lapa, suja como sempre, havia algo diferente no ar ou nas ruas, retratado pelas camisetas pretas,um sinal de que vai rolar rock por perto.Entre os mendigos e vagabundos de plantão os fãs do ex-lider dos Smiths entravam animados no corredor da fundição progresso,antevendo uma noite histórica.Vendi rapidamente um ingresso que me estava sobrando pelo mesmo preço que comprei, já que os ingressos estavam esgotados, e o cambista ainda queria o meu!
No hall da entrada dois animados senhores cantarolaram abrindo os braços prá todos nós "Take me out tonight, where there's music and there's people, who are young and alive..." O clássico dos Smiths  prometia tudo que se esperava de Morrissey.
O Show de abertura estava no fim. Kristen young com uma voz potentissima é uma mistura de várias coisas,entre elas Bjork e Kate bush, e depois de uns vídeos retrôs muito legais como Sparks, Brigitte Bardou, New York Dolls e com fantásticos 5 minutos de atraso para a pontualidade britânica, Morrissey entrou no palco com sua banda vestida só de sungas amarelas e iniciou os trabalhos com "First of the gang to die".
Ao contrário do que alguns pregavam,as cinco mil pessoas na fundição acompanharam (em delirio) todas a músicas,claro que com o aditivo emocional em quatro ou cinco hits mais badalados.Na segunda veio "You have killed me" que tem versos surpreendentes como todas, (eu não entrei em nada e nada entrou em mim, até você chegar com a chave). Num ritmo quase suave Morrissey deixou o show rolar de modo que  a "what galera" pudesse cantar junto alguns trechos.Mas o forte de Morrissey é sua ferocidade e ele mostrou que ainda morde. Não podia deixar de falar sobre o principe Harry,que visita o Brasil: He wants your money, don't give then. O show esquentou então,com Still Ill e Every day is like Sunday (em ritmo mais lento que o habitual e sem a introdução de Sub-way train do New York Dolls) A letra das músicas de Morrissey como disse antes, são cortantes, Meat is murder dos Smiths, foi cantada com videos mostrando o sacrificio de animais para alimentar o homem.( a carne que você distraidamente frita, não é suculenta, saborosa ou algo do tipo, é morte sem razão. E morte sem razão é assassinato). Let me kiss you é uma canção emocionante prá mim, (Feche os olhos, e pense em alguém que você admire fisicamente,e deixa eu te beijar) e Morrissey aproveitou para tirar a camisa,(Mas então, você abre seus olhos e vê alguém que você fisicamente despreza. Mas meu coração, meu coração está aberto para você.)
Depois de trocar de camisa pela quarta vez, o educado inglês entrou finalmente na reta final com a música que todos esperavam e que foi cantada de forma quase delirante por todos os que adoraram os Smiths. "There Is A Light That Never Goes Out". O ingresso estava pago e o líder depois de "I'm Throwing My Arms Around Paris" terminou com mais duas músicas da fase da banda. No bis, só uma!  "One day  goo-dbye Will Be Farewell". Ninguem se mexeu até perceber que estava tudo consumado. Não ia ter volta. Morrissey, pelo menos, suou a camisa.  


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