Depois do jogo contra o México, na fase de grupos, eu escrevi aí em baixo que esta seleção não iria muito longe. Me enganei, por pouco, foi longe demais. Em parte porque o sorteio programado a colocou no grupo mais fácil, e depois nas quartas e oitavas pegou Chile e Colombia, dois fregueses sul-americanos que embora estejam em melhores fases e com times mais bem armados, respeitaram demais a camisa amarelinha e não mandaram o Brasil mais cedo prá... casa. Espantoso também, ouvir horas e horas de debates e mesas redondas e não lembrar de ninguém que tenha ousado falar que esta seleção é a pior de todos os tempos e que não iria muito longe. A mídia, em geral, claro que principalmente a Globo, levou os desavisados à acreditar que o Hexa estava chegando, os debilóides foram às ruas e as crianças deste periodo nebuloso foram levadas á sonhar com algo para se orgulhar.
Eu torcia para que esta seleção não ganhasse nada para não mascarar o que está, ou estava, sob a camisa da seleção, mas fiquei triste por esta camisa perder a dignidade construida em cem anos de história, cinco vezes campeã do mundo, a única coisa que nos colocava num patamar acima de outras nações. Mas chegou o tempo do brasileiro descobrir que para conquistar algo tem que trabalhar, não há mais jeitinho para dar. Muito digna, a Alemanha tirar o pé e não torcer a faca, com seus jogadores claramente não querendo mais jogar. Nem comemoraram abertamente, mostraram respeito, talvez por sentirem o choro vindo das arquibancadas ao redor. Escrevi também antes em outro texto que, a hegemonia do futebol brasileiro tinha acabado há tempos e ninguem parecia perceber, e onde antes havia orgulho, agora havia indiferença. Não havia pensado em vergonha. A Alemanha nem precisou jogar tudo que sabe, não foi que tudo deu certo prá eles, este grupo é que não é uma seleção Brasileira, a maioria deles joga na Europa e vai embora amanhã . Nós ficamos aqui, e agora vamos pagar a conta.
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