OPINIÃO

Um terço da mídia oficial que torce, digo, se ocupa de política, foi formada sob a égide da esquerda que dominou as instituições no Brasil nos últimos 30 anos, outro terço se ocupa de fofocas e a maior parte está discutindo futebol nos seus mínimos detalhes em quatro canais enquanto os estados da federação estão se desintegrando. O terço que se ocupa da  politica brasileira, nunca se preocupou com a direita, por esta ter sido banida com todos os seus valores para o limbo, sem condições de se manifestar, sob o risco de seus defensores serem tachados de fascistas, anti-democráticos ou coisa pior. Manobrados pelos doutrinadores espalhados por toda a federação e instituições, ajudaram a levar os corruptos do PT ao poder num país de maioria conservadora,praticamente sem encontrar oposição, simplesmente brandando mantras como democracia e estado de direito. Como o brasileiro não se preocupava com a politica e esta não dava ibope, Nos Últimos anos parece que os formandos do jornalismo cambaram todos para a área de esportes onde mesas de cinco,ou oito, se revezam durante todo o dia e noite para analisar todos os angulos das mais ínfimes jogadas do brasileirão, com um ar de seriedade que me faz sentir inveja da capacidade de análise dos mesmos.
Existe no ar uma preocupação profissional de informar o que disse o zagueiro depois do jogo com pênalti polêmico ou a declaração bombástica do técnico demitido, embora o futebol jogado no Brasil esteja no mesmo nível da educação e a média da serie A  do campeonato seja de, vamos lá, dez  cinco mil testemunhas, geralmente de torcidas  desorganizadas especialistas em brigar e matar uns aos outros. Eu gosto de futebol,apenas acho que na parte de política a imprensa ficou para trás depois dos canais alternativos na rede. Como seria interessante para o povão ouvir diversas fontes sobre o que está acontecendo no país que pode afetar sua vida ou seu emprego.
Talvez se os jornalistas discutissem junto aos cientistas e intelectuais( não só de esquerda) como discutem futebol, o povo não deixaria o grupo que governou o Rio nos últimos anos quebrar o estado, e hoje não estivessem protestando por não receber seu salário em dia.