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domingo, 16 de agosto de 2015

PUXA, AMIGOS!


A coisa é antiga mas ultimamente, talvez por conta dos escândalos em série que acontecem no Brasil, eu tenha começado a me perguntar por que não temos mesas redondas para discutir a politica como temos para o futebol. No meio do campeonato brasileiro o país ou ex, do futebol vê todos os seus embates serem discutidos sem piedade em quatro canais exclusivos de esportes e nos canais tradicionais, depois de cada rodada com nove jogos na serie A, mais os nove da série B, em nível nacional. Sem falar nos bate-bolas locais em cada cidade.Senhores da mais alta competência na área do esporte bretão, a paixão nacional, debruçam-se por horas após a rodada para decifrar por todos os ângulos das trezentas câmeras que parecem haver nas novas arenas os mínimos detalhes do que ocorreu nos campos desde o mangueirão no Pará ao Olímpico no RS. Apresentadores-comentaristas, ex-jogadores comentaristas, comentaristas de arbitragem, repórteres de campo e uma infinidade de profissionais, agora cada vez mais os programas contam com mulheres, mesmo que não tenham muita ciência do que acontece, não deixam o torcedor ficar com nenhuma dúvida. Pena que entrevistas com jogadores e técnicos de futebol sejam a mesma ladainha, mas não importa, tem-se que perguntar o que fazer para virar o jogo ou o que fazer depois de uma derrota. (Aposto que vão responder que tem que levantar a cabeça e trabalhar que quarta já tem outro grande adversário). Nada contra o assunto ser discutido com tanta paixão, afinal eu também assisto as opiniões as vezes não tão abalizadas dos comentaristas, aliás todo mundo sabe o que ocorreu, só vai conferir se o cara fala alguma besteira.
O que eu imaginei foi que, como estaria o Brasil se tivéssemos o mesmo número de pessoas todos os dias com tantos canais e programas discutindo o que se passa no mundo politico? Tudo que acontece em Brasília sendo trazido à tona e mostrado por câmeras de alta resolução que seguiria os engravatados no planalto central em seus passes errados, nas jogadas mais bisonhas sem precisar esperar serem autuados pelas operações da Policia Federal.
E seria bom que o assunto fosse discutido como no futebol, sem medo de desagradar ao governo ou uma autoridade, as críticas fossem feitas sem ideologia e os erros fossem mostrados em vários ângulos.

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