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domingo, 16 de fevereiro de 2014

HIPOCRISIA


QUE JOVENS SÃO ESSES, ZUENIR?
Ora, são os jovens filhos da impunidade, da falta de educação, da corrupção.

Nunca gostei dos textos escritos pelo jornalista Zuenir Ventura. Assim como Fernando Calazans sobre futebol, ele só escreve o óbvio. Hoje no "O GLOBO", seu artigo chamado "Que jovens são esses?" parece um texto de um neófito em redações. Não fosse um jornalista famoso e dos antigos, poderia ser chamado, no mínimo, de tapado. O autor não escapa, no entanto, da obviedade, e em alguns pontos suas interrogações beiram  à hipocrisia.
Os vândalos das manifestações de rua realmente mexeram com a imprensa, depois da morte do repórter pelo rojão, a ponto de Sininho, a musa radical, se tornar uma das pessoas mais perigosas do país. Não vale falar da violência em niveis que eram prá serem assustadores, em todo país.
É quase possivel acreditar que alguns jornalistas, como Zuenir, vivam em uma dimensão diferente
no mesmo país que se sabe, não investe em educação, celebra a impunidade, não tem autoridades
 mas tem os indices de violência entre os mais altos da galáxia (sic).
Como se só agora descobrisse que os jovens estão cada vez mais violentos, Zuenir procura uma causa na  condição socio-economica dos manifestantes, como se não soubesse que "filhinhos de papai" não se preocupam com  preços de passagem de ônibus. O antiquiquissimo jornalista esquece, por conveniencia, que jovens, antes  estudantes, sempre protestaram nas ruas contra regimes, como no regime militar, ou era diferente? Reconheço que seria  demais exigir que reconhecesse que no periodo militar todos, inclusive jovens, respeitavam ou eram educados para respeitar a autoridade
e as intituições.
 Zuenir deve ter lido em algum lugar, que centenas de cidadãos todo dia, no país todo, sofrem com a violencia praticada por jovens, poderia ter escrito um texto quando foi aprovado o Estatuto da Criança e do Adolescente, que tirou a autoridade do Pai,da mãe, do professor, da policia, e do estado. Talvez tivesse contribuido para que hoje, as mães de manifestantes alienados, soubessem como orientar seus filhos.

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