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segunda-feira, 22 de abril de 2013
SANGUE RUIM
Uma matéria da revista época sobre o funk, relatou que a expansão do batidão carioca já alcançou níveis internacionais, após a consulta de Paul "MC" Cartney a um produtor sobre como usar aquela energia numa música de seu próximo álbum. Eu não gosto de funk, mas gosto de algumas misturas, por isso me declaro isento para contestar algumas afirmações do autor da matéria. Para começar, os artistas de maior sucesso no momento, como Naldo, MC bola e mr.Catra não são referências para nada. Mesmo com o agravante de tocar nas novelas da Globo, as novelas da globo não podem servir de referência. Claro que eu sei que existe o lado comercial, a grande maioria dos brasileiros assistem tais programas. Mas onde foi parar o papel da arte? A massificação da arte faz muito mal às pessoas, não há opções. Falando somente da música e não da abominável cultura Funk, acho que o papel da arte é questionar e dar outras opções ao nosso limitado universo. Se as pessoas não lêem livros e não escutam músicas de alta qualidade, perdem sem sentir a opção de gostar, ou escolher. É muito natural que as novelas e programas da TV brasileira, usem e abusem de músicas de baixa qualidade, se o público não é muito exigente e/ou não tem muita escolha! Parece que é exigido e obrigatório que a arte da dramaturgia ceda ao gosto popular.Não é a toa que uma nova novela, mais uma, tenha o pomposo titulo de "Sangue bom". Melhor ainda seria se fosse "Sangue bão"! A coisa toda me fez lembrar de uma premissa sobre a arte de pintar. Fazendo uma analogia: O pintor pinta o que vende. O artista vende o que pinta.
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