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sábado, 27 de abril de 2013

LETRAS COMPLEXAS (DEMAIS)

Sempre desconfiei da letra desta música. E posso ser xingado porque é um bela música, adorada por dez entre dez cantores de restaurantes. Acho que o autor estava igual ao John Lennon quando este compôs "Lucy in the Sky With diamonds". Na verdade, quis criar uma obra-prima da poesia e ficou sem entender nada.Nem ninguémmm. 


 
 
                                                                               


DESCICOPLÉDIA 
AÇAÍ 
Djavan





Solidão... de manhã,
Poeira tomando assento
Rajada de vento,
Som de assombração,
Coração
Sangrando todas palavras são
A paixão, puro afã,
Místico clã de sereia
Castelo de areia
Ira de tubarão, ilusão
O sol brilha por si
Açaí, guardiã
Zum de besouro um ímã
Branca é a tez da manhã
Açaí, guardiã
Zum de besouro um ímã
Branca é a tez da manhã
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Não tem tradução.
 

MÚSICAS COM LETRAS QUE NÃO FAZEM O MENOR SENTIDO

Existe até um site dedicado a elucidar as letras de músicas populares, que não fazem o menor sentido, por mais que você procure referências, mensagens subliminares ou desbunde (este termo é dos anos 70) Um exemplo é o melodioso Hit do Beto Guedes, vamos decifrar:






Da Desciclopédia
FEIRA MODERNA
Beto Guedes  Lô Borges  Fernando Brant
  • Tua cor é o que eles olham, velha chaga (Se a chaga é velha, ela não está curada...A cor deve ser linda)
  • Teu sorriso é o que eles temem, medo, medo (Os caras que olham a cor da chaga e temem o sorriso Faz sentido para você?)
  • Feira moderna, o convite sensual (Realmente deve ser muito sensual um covite para uma feira por mais moderna que ela seja)
  • Oh! telefonista, a palavra já morreu (Se a palavra morreu, vela e enterra, Precisa avisar à telefonista? Logo à telefonista???)
  • Meu coração é novo
  • Meu coração é novo (No mínimo foi transplantado)
  • E eu nem li o jornal (Se tivesse lido, ou não iria à feira Ou não teria sido transplantado)
  • Nessa caverna, o convite é sempre igual (Pra feira o convite é sensual... Pra caverna é sempre igual Acho que não entendi)
  • Oh! telefonista, se a distância já morreu (Acho que a telefonista faz um bico de agente funerário)
  • Indepedência ou morte (Tudo a ver)
  • Descansa em berço forte (Se é uma alusão ao hino o berço deveria ser esplêndido, Mas aí não rimava)
  • A paz na terra amém (Se a paz descansa em berço forte e a causa é o grito da independência, Alguém pode me explicar o que a telefonista estava fazendo na feira?)
A minha conclusão é: Se são três os compositores, precisava tanto? cada um fez uma letra e como ficaram bêbados durante a gravação, misturaram todas e....deu nisso.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

SANGUE RUIM


Uma matéria da revista época sobre o funk, relatou que a expansão do batidão carioca já alcançou  níveis internacionais, após a consulta de Paul "MC" Cartney a um produtor sobre como usar aquela energia numa música de seu próximo álbum. Eu não gosto de funk, mas gosto de algumas misturas, por isso me declaro isento para contestar algumas afirmações do autor da matéria. Para começar, os artistas de maior sucesso no momento, como Naldo, MC bola e mr.Catra não são referências para nada. Mesmo com o agravante de tocar nas novelas da Globo, as novelas da globo não podem servir de referência. Claro que eu sei que existe o lado comercial, a grande maioria  dos brasileiros assistem tais programas. Mas onde foi parar o papel da arte? A massificação da arte faz muito mal às pessoas, não há opções. Falando somente da música e não da abominável cultura Funk, acho que o papel da arte é questionar e dar outras opções ao nosso limitado universo. Se as pessoas não lêem livros e não escutam músicas de alta qualidade, perdem sem sentir a opção de gostar, ou escolher. É muito natural que as novelas e programas da TV brasileira, usem e abusem de músicas de baixa qualidade, se o público não é muito exigente e/ou não tem muita escolha! Parece que é exigido e obrigatório que a arte da dramaturgia ceda ao gosto popular.Não é a toa que uma nova novela, mais uma, tenha o pomposo titulo de "Sangue bom". Melhor ainda seria se fosse  "Sangue bão"! A coisa toda me fez lembrar de uma premissa sobre a arte de pintar. Fazendo uma analogia: O pintor pinta o que vende. O artista vende o que pinta.   

domingo, 21 de abril de 2013

NOS SALVE, JORGE




Podemos dizer que o nosso país, em franco desenvolvimento, é o único no mundo a ter um feriado consagrado à São Jorge, e com uma segunda-feira prá enforcar no meio.Faz parte da programação do partido que está no poder há dez anos, dar lazer ao povo. As crianças ficam mais tempo em casa, após meses de desgastante rotina exigida nas escolas e o trabalhador também, comemorando a baixa taxa de desemprego. A área econômica vai bem, com baixos níveis de inflação nos últimos trimestres, e a taxa de juros tende a atingir marcas históricas de declínio nunca vistas neste país. Com os salários em alta e os preços de carros, imóveis  e produtos básicos em baixa temos mesmo que comemorar. Salve Jorge! A produção de grãos bateu novo recorde, o que ocasionou o menor preço de todos os tempos para a cesta básica, fazendo com que até a minoria dos brasileiros que  saíram há pouco da zona de pobreza estejam consumindo batatas e...feijão. É questão de tempo, com o país crescendo 7¨% ao ano, todos voltarem a consumir também tomates. Já faz alguns anos que o calendário comercial brasileiro se inicia após as festas de Momo (seja lá o que isto quer dizer) mas nosso governantes, sempre preocupados com o bem estar do povo, resolveram estender a folia durante todo o ano, promovendo festivais, carnavais fora de época. No fundo uma forma do lucro do nosso desenvolvimento voltar aos braços dos verdadeiros donos, quem paga os baixos impostos, fruto da última reforma tributária. E least but not last, glória! encheram o ano de feriadões. O povo está muito feliz, quem achar ruim que vá para Paris.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

ARCADE FIRE - BLACK MIRROR live

A apresentação sensacional de BLACK MIRROR ao vivo é uma das minhas músicas preferidas.
Do you like?

ARCADE FIRE ORCHESTRA



ARCADE FIRE não toca nas rádios brasileiras. Bom sinal. ARCADE FIRE não é igual à Maroon five ou outras bandinhas semelhantes. ARCADE FIRE não é uma banda de rock tradicional.ARCADE FIRE é uma banda canadense parecida com uma orquestra, tantos são os instrumentos usados por seus integrantes,tendo á frente seus criadores Win Butler e a linda e talentosa Régine Chassagne.
A banda usa guitarras, bateria, baixo, piano, violino, viola, violoncelo, contrabaixo, xilofone, glockenspiel, teclado, trompa, acordeão, harpa, bandolim e sanfona, e mostra a maioria destes instrumentos nas turnês; os membros da banda multi-instrumentista mudam de função durante os shows ao vivo, o que explica porque seus discos são sempre indicados aos maiores prêmios da música e seus shows considerados os melhores dos últimos tempos.
Os discos de estúdio, Funeral (2004); Neon bible (2007) e The suburbs (2010),  mostram a sonorização diferente do Arcade e trazem, cada um, pequenas obras-primas.Algumas ficam melhor ao vivo, mas vale a pena ouvi-las no quarto, ou passeando por ruas com atmosfera gótica, você verá que tem tudo a ver. 

terça-feira, 16 de abril de 2013

ECONOMIA: OS DRAGÕES INVENCÍVEIS

J

Já tentei mostrar aqui, no post "Crisis,what crisis?" o quanto é contraditória a linguagem dos economistas, seja seguidor de Keynes ou de Friedman, não faz a menor diferença. Mas o brasileiro, malandro, cheio de malemolência, esperto toda a vida, e que comparece a todos os eventos oferecidos pelas prefeituras, opa, isto não vem ao caso,de qualquer forma não entende nada de economia e principalmente não entende porque ganha tão pouco no fim do mês e os produtos que todos consomem ficam cada vez mais caros.
Como se fosse surpresa, todos (economistas e mídias em geral)começaram a falar da volta da inflação, e quais as causas?
Também escrevi meses atrás sobre o crescimento da China e comparei todos os seus sistemas com o Brasil, nos campos da politica, educação e economia.
Não tem mistério. O Brasil nunca vai crescer igual à China, pelo menos com os nossos sistemas atuais, e não há condições politicas e sociais para mudar isto. O Brasil não segue as teorias nem de Keynes nem de Friedman, no momento segue o que o partido no poder manda, e a economia continua de fachada para ludibriar o povão esperto.
Simplificando, não há solução à vista, nem para acabar com a inflação, nem para iniciar um crescimento sustentável. Uma economia baseada em investimentos externos interessados nos lucros provocados pela alta de juros não pode se auto-sustentar. Estou certo ou errado?
A Economia de um país se sustenta com a produção e aproveitamento dos seus recursos naturais, com politicas sociais voltadas para a educação e investimentos no trabalho e em tudo que o envolve. Mas, principalmente sem Brasilias. Qualquer país que tenha uma brasilia (e tudo de podre que a envolve),não pode crescer. É contra toda a lógica, dinâmica e a até a mecânica. Também não ajuda o nosso sistema politico, multi-fake-partidário e corrupto.
Para começar,os brasileiros deveriam começar a ver Brasilia, como um buraco negro, que além de sugar toda a nossa economia, ainda impede o país de crescer.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

PURE THE CURE


 
 
 
Como é um show do The Cure? é um show com o essencial do The Cure. Depois de décadas longe do auge e com o som enveredando por um caminho mais progressivo o The Cure aportou no Arena HSBC para fazer um show de quase três horas e metade deu sono. Isto porque Robert Smith e sua turma optaram por fazer um show longo com muita coisa desconhecida do público itinerante entrecortado pelos hits da banda, e apesar da voz de Smith continuar a mesma, e o som também, a plateia ficou parada a maior parte do tempo. Também ajudou no clima de marasmo o show ser numa quinta feira e os preços altíssimos, que fizeram a Arena HSBC ficar parecendo esvaziada. Para um show quase histórico de uma banda com a bagagem do The Cure o estádio deveria estar lotado, confesso que fiquei com pena dos caras que já fizeram muita coisa importante nos anos 80 e 90, tocando para as cadeiras dos setores 1 e 3 quase vazias. Mas já se sabia, foi um show para Curemaníacos, uma passada geral por (quase) todos os discos com quarenta músicas, algumas dispensáveis, e um segundo bis  quase interminável. Pareceu uma cartase de quem está indo embora e sabe que talvez não volte, mas valeu pela meia dúzia de músicas que mexeram com a adrenalina da galera, parecendo ilhas no meio de um oceano sensorial. Mas daqui a dois dias vão sobrar na memória os bons momentos, enfim, se o tempo passou, mesmo assim The cure vale pela lembrança de um passado glorioso. kiss kiss kisss.