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terça-feira, 12 de setembro de 2017

TEMER OU NÃO TEMER (II)



Fora Temer!  foi o grito de guerra da esquerda petista e congêneres no último ano, embora a maioria da população respirasse aliviada pela saída da quadrilha de Lula e Dilma do poder.Depois de Dilma nunca mais ninguem foi prás ruas protestar nem bater panelas.Não que Temer seja o mais popular dos políticos a ocupar a cadeira presidencial, é que mesmo pertencendo a constelação de caciques corruptos que dominou a política brasileira depois do regime militar, Temer corre o risco de se tornar o (Vice) Presidente, junto a Itamar Franco, que mais se aproximou de domar a economia deste país irreal, e em apenas um ano.
Dá prá imaginar, se Temer caisse, como ficaria o país nestes longiquos meses até as eleições, sem ninguem comandando, mesmo precariamente,o barco. Então Temer deve ficar. E não sem motivo.  
De modo rápido, mal sentou na cadeira  partiu para a aprovação do limite de gastos.algo que sempre foi necessário e nunca tentado.Depois melhorou muito as leis trabalhistas com uma reforma quase perfeita. No seu governo, o país saiu de uma recessão que parecia sem prazo para um crescimento surpreendente até para os petistas que viram aí um sinal de perigo nas proximas eleições. 
Uma das principais melhoras sentidas (não para os alienados) na economia foi a brutal queda da inflação, que era de dois dígitos (10,7%) em dezembro de 2015, e está agora em 4,0%, portanto abaixo da meta de inflação de 4,5% (dados de abril). Essa é a inflação mais baixa desde julho de 2007, onde a inflação em 12 meses foi de 3,7%. O fortalecimento do real, que fechou 2015 no patamar de R$ / US$ 4,00, e está agora rodando em R$ / US$ 3,15, ajudado pela queda do risco-país e uma grande contribuição de safras recordes causando  a queda dos preços de alimentação.Em agosto passado, a inflação (12 meses) de alimentação domiciliar foi de 16,8%, e foi recuando até chegar a 2,5% em abril. Em abril do ano passado, a expectativa de inflação até 2020 estava em 5,0%. Já agora, está em 4,25% para 2020, apostando numa queda na meta da inflação para esse período.
Ea fantástica queda dos juros? Há quanto tempo não se via juros num patamar tão baixo? A nova diretoria do Banco Central entrou no governo com a Selic em 14,25%. Hoje, o juro nominal se encontra em 10,25% e a mediana das expectativas de mercado apontam para a Selic em 8,5% no fim do ano. 
A recessão brasileira, a pior dos últimos 120 anos, causada pelos "erros" de política econômica praticadas pelos governos petistas, parece que está ficando para trás. Depois de oito trimestres em queda consecutiva, as previsões apontam um crescimento real do PIB nesse ano está em 0,5%. Apesar de ser um ligeiro crescimento, é melhor do que as duas quedas do PIB de 2015 e 2016 (-3,8% e -3,6%).
A mídia parcial, que torceu para Temer cair depois da delação da JBS, não entende por que a bolsa está subindo tanto e bate recordes, não fazem links com Temer, mas o mercado faz. 
Atropelado pelas más companhias e suas conexões, Temer não conseguiu ainda emplacar a reforma mestra, a da Previdência, mas não é que quase conseguiu? mesmo que venha a coloca-la em discussão ,parece que não irá lograr muito êxito, de qualquer forma, abriu caminho para a discussão no futuro governo.
Quase desapercebido, Temer acabou com parte da burocracia para documentos federais  exigidos em contratos de negócios, muito explorados por cartórios. Outras decisões acertadas foram as nomeações das presidencias do BNDES e Petrobrás. 
O desemprego parou de crescer, mas infelizmente os empregos só voltarão com o crescimento da economia, e levará mais tempo dependendo  de uma normalidade sustentável e responsável do novo governo em 2018. 

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