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segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

O ÚLTIMO DE BOWIE
Tres dias após o lançamento de seu último álbum BlackStar,  e dois dias depois do seu aniversário David Bowie foi para as estrelas. Me sinto como se tivesse perdido algo. Ouvi Bowie pela primeira vez no meu programa preferido no radinho de pilha mais ou menos em 1972 e  era a música mais louca que eu jamais ouvira: "Rebel Rebel". Como mudava de estilo em cada disco, algumas músicas não chamaram minha atenção durante certos períodos, mas ele sempre estava onipresente nos vários estilos e modas musicais que mudavam com o tempo (Changes?),  vindo isso acontecer de novo na década de 80 com  as magnificas "Ashes to Ashes" e "Absolute Begginers, e os clips intrigantes dos anos 90.
Como não se pode mudar o tempo, neste realmente último trabalho, Bowie transforma sua dor do conhecimento em obra de arte, sombria  mas arte, como passou a vida toda procurando. Nada de glamour dos tempos iniciais, Bowie sabe que está à um passo da morte e brinca com o futuro e a ressurreição em "Lazarus", vídeo lançado três dias antes do camaleão ir para o paraíso, como diz a letra do seu "epitáfio". Não compartilhei-o por achar que se tornou mórbido demais agora.
Bowie é mais um desta geração que está indo embora mas com uma diferença, como na vida, ele mostra em BlackStar  que até na morte deve se ter uma certa elegância. Afinal, talvez a vida continue em algum lugar. Talvez em Marte?

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