#DavidGuettaRecife
Pelo que pesquisei, David Guetta é um nerd tão nerd,mas tão nerd, que passa o dia no computador juntando barulhinhos de tuntz com outros barulhinhos de tuntz, formando assim o que ele chama de música tuntz, tuntz, tuntz. Aí, ele coloca tudo num pen drive, leva pro show e a galera delira. Claro que, se os produtores colocassem a 95,5 FM tocando nos amplificadores ia fazer o mesmo efeito e ainda iriam economizar o cachê do Dj. A graça, no entanto, é pagar caro para ouvir o tuntz, tuntz, tuntz dele que é um tuntz tuntz tuntz em francês.
Dito isto, é claro que Victor meu filho foi para o show mas “não é porque eu gosto não, é porque todo mundo vai”, disse ele enquanto trocava a blusa do Iron Maiden por uma cinza mais blasé.
Para tanto, além de “mãe, descola aí a grana do ingresso” ainda tive que fazer uma visita ao cartório e aí, rufam os tambores, chega a parte que me interessa neste texto, antes que você pense que é o assunto é David Tuntz Tuntz Tuntz Guetta. A ida ao cartório foi para autenticar minha assinatura em uma autorização que permitiria Victor entrar no show sem estar acompanhado por um adulto responsável (pausa para a risadinha do adulto responsável).
Ele voltou do “show” às 5 da manhã e deixou, sobre a mesa de jantar, uma pulseirinha amarela fluo com os dizeres: Menor de 18 – Proibida a venda de bebida alcoólica. Imediatamente passei a amar David Tuntz Tuntz Tuntz Guetta.
Passei de “porque tu vai pra essa merda de show, Victor?” para “Esse David deveria fazer mais shows no Recife”.
Imaginei Victor sendo vistoriado pela segurança local, entregando sua singela autorização do adulto responsável que vos fala e sendo, imediatamente, ciceroneado por outros adultos, esses sim responsáveis, pelo evento. Como se meu filho tivesse sido entregue para aeromoças, num vôo internacional, que o paparicariam durante toda a viagem por ele carregar o crachá “menor desacompanhado”.
Quis beijar a produção do evento, abraçar David Tuntz Tunts Tuntz Guetta, apertar a mão do chefe da segurança, servir um cafezinho para quem teve a brilhante ideia da pulseirinha amarelo fluo.
Claro que o menor em questão poderia pedir para um maior comprar a cerveja, mas isso seria o mesmo que parar na faixa de pedestre bem na frente de um palhacinho do trânsito. Ele não pode te multar, mas faz aquela cara de tsc, tsc, tsc que é pior que perder a carteira na blitz do bafômetro.
Estava prestes a escrever, em rede social, que a produção fez a parte dela e que resta aos adolescentes colocar em prática o que aprenderam em casa: o cumprimento irrestrito da lei. Bem nessa hora, Victor publicou na minha timeline:
- Eu só sei que passei 45 segundos com essa pulseira amarela.
Cai o pano.
Maior golada de ovo já visto na história das redes sociais.
Deu ruim pra Téta, em outras palavras.
- Puta que o pariu Victor, tu tirou a pulseirinha?
Até pensei em colocar ele de castigo para exemplificar como a Lei deve ser cumprida de qualquer forma. Menos, claro, naquele dia que eu só tomei duas cervejas e dirigi, ou naquele outro dia que eu tive que pegar aquela contramãozinha de nada, ou quando…..
Como não trabalho no departamento de hipocrisia, deixei o castigo para outra vez. Além disso o tal do Guetta perdeu o pendrive e levou meia hora para pensar em usar o reserva (Show com pendrive já é um castigo).
Afinal, Victor, 17 anos de pura rebeldia saudável da juventude, não ia passar a noite com a pulseirinha que diz “sou pirraia e minha mãe não deixa eu beber”.
Bad habbit Harry, bad habbit.
Então fica a dica para o pessoal da produção,seus lindos: no próximo show vamos pensar num carimbo?
Da série: Toda mãe é louca.
*Parte séria do texto: parabéns aos organizadores do evento. Vocês fizeram a parte certa, a errada fica por conta da rebeldia adolescente e dos pais, adultos nem tão responsáveis assim, que muitas vezes falham na educação da cidadania.
Para tanto, além de “mãe, descola aí a grana do ingresso” ainda tive que fazer uma visita ao cartório e aí, rufam os tambores, chega a parte que me interessa neste texto, antes que você pense que é o assunto é David Tuntz Tuntz Tuntz Guetta. A ida ao cartório foi para autenticar minha assinatura em uma autorização que permitiria Victor entrar no show sem estar acompanhado por um adulto responsável (pausa para a risadinha do adulto responsável).
Ele voltou do “show” às 5 da manhã e deixou, sobre a mesa de jantar, uma pulseirinha amarela fluo com os dizeres: Menor de 18 – Proibida a venda de bebida alcoólica. Imediatamente passei a amar David Tuntz Tuntz Tuntz Guetta.
Passei de “porque tu vai pra essa merda de show, Victor?” para “Esse David deveria fazer mais shows no Recife”.
Imaginei Victor sendo vistoriado pela segurança local, entregando sua singela autorização do adulto responsável que vos fala e sendo, imediatamente, ciceroneado por outros adultos, esses sim responsáveis, pelo evento. Como se meu filho tivesse sido entregue para aeromoças, num vôo internacional, que o paparicariam durante toda a viagem por ele carregar o crachá “menor desacompanhado”.
Quis beijar a produção do evento, abraçar David Tuntz Tunts Tuntz Guetta, apertar a mão do chefe da segurança, servir um cafezinho para quem teve a brilhante ideia da pulseirinha amarelo fluo.
Claro que o menor em questão poderia pedir para um maior comprar a cerveja, mas isso seria o mesmo que parar na faixa de pedestre bem na frente de um palhacinho do trânsito. Ele não pode te multar, mas faz aquela cara de tsc, tsc, tsc que é pior que perder a carteira na blitz do bafômetro.
Estava prestes a escrever, em rede social, que a produção fez a parte dela e que resta aos adolescentes colocar em prática o que aprenderam em casa: o cumprimento irrestrito da lei. Bem nessa hora, Victor publicou na minha timeline:
- Eu só sei que passei 45 segundos com essa pulseira amarela.
Cai o pano.
Maior golada de ovo já visto na história das redes sociais.
Deu ruim pra Téta, em outras palavras.
- Puta que o pariu Victor, tu tirou a pulseirinha?
Até pensei em colocar ele de castigo para exemplificar como a Lei deve ser cumprida de qualquer forma. Menos, claro, naquele dia que eu só tomei duas cervejas e dirigi, ou naquele outro dia que eu tive que pegar aquela contramãozinha de nada, ou quando…..
Como não trabalho no departamento de hipocrisia, deixei o castigo para outra vez. Além disso o tal do Guetta perdeu o pendrive e levou meia hora para pensar em usar o reserva (Show com pendrive já é um castigo).
Afinal, Victor, 17 anos de pura rebeldia saudável da juventude, não ia passar a noite com a pulseirinha que diz “sou pirraia e minha mãe não deixa eu beber”.
Bad habbit Harry, bad habbit.
Então fica a dica para o pessoal da produção,seus lindos: no próximo show vamos pensar num carimbo?
Da série: Toda mãe é louca.
*Parte séria do texto: parabéns aos organizadores do evento. Vocês fizeram a parte certa, a errada fica por conta da rebeldia adolescente e dos pais, adultos nem tão responsáveis assim, que muitas vezes falham na educação da cidadania.
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