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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Eu Não Gosto de Poemas,Poetas,Poesias...

BLOGOSFERA
Existem quantos milhões de Blogs? Descobri que estou no meio dos blogs de poetas, que exalam poesia, (é só clicar no painel superior "próximo blog") acho que o meu é inclassificável.
Eu só gosto de poesia nas músicas cantadas pelo Raimundo Fagner.

MOTIVO
Eu canto, porquê o instante existe, e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste,sou poeta.
Irmão das coisas fugidias não sinto gozo nem tormento,
atravesso noites e dias no vento,
se desmorono ou se edifico,se permaneço ou me desfaço,
não sei se fico,ou passo.
Eu sei que canto e a canção é tudo,
tem sangue eterno a asa ritmada´
e um dia estarei mudo.Mais nada.
(Fui contaminado.Cecilia Meirelles.)

FORTALEZA
Chegar em Fortaleza é como emergir de um tunel do tempo, atemporal.
um caleidoscópio de recordações com uma imagem atualizada, uma  mistura
de I can't get no (Satisfaction) com Canteiros.
Quando penso em você. Fecho os olhos de saudade.

ASTRO VAGABUNDO
Mas Fortaleza tem a música do Fagner ecoando pelas ruas,
da Beira-mar até a última que conheço.
"Mas se o astro vagabundo na verdade vai chegar
não quero ver o fim do mundo, vou dormir no teu jardim."
(Fui Contaminado)

FANATISMO
Existe poesia ou música que fale de amor de forma mais sublime
que a de Florbela Espanca? cantada pelo Fagner, Fanatismo é tudo
que se precisa dizer ou ouvir.
De olhos postos em tí digo de rastros,
podem voar mundos, morrer astros,
que tú és como um Deus, principio e fim.
(Remember Regina)

REVELAÇÃO
Quando a gente tenta de toda maneira dele se guardar,
sentimento ilhado, morto e amordaçado,volta a incomodar.

TRADUZINDO
Uma parte de mim é permanente.
Outra parte se sabe de repente.
Uma parte de mim é só vertigem,
outra parte linguagem.
Traduzir uma parte na outra parte,
Que é uma questão de vida e morte,
Será arte? Será arte? Será arte? Será arte?
Será arte?
Será arte?
Será arte???
(Ferreira Gullar)



















ÚLTIMA MENTIRA
E o brilho frio das estrelas ilumina o metal dos risos
esfrangalhados dos meninos passageiros descuidados
dos sentimentais caminhos onde os astros noturnos cadentes
fatalmente anunciavam: dorme, que ao lado dorme a paisagem.
(RAIMUNDO FAGNER)


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