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terça-feira, 15 de dezembro de 2009

AS NUVENS DE COPENHAGUE

O mundo está em estado precário, todo mundo desconfia.Outros têm certeza.Ontem, a propósito desta reunião de Copenhague, lí e ouvi coisas aterradoras.Na TV vi depoimentos de gente ilustre da ciência e da política e que nos dizia como estamos a perturbar o nosso Planeta Terra ao ponto de comprometermos a nossa sobrevivência como espécie.Lembravam-nos de como é a nossa vida: logo de manhã, filas de carros, jogando toneladas de CO2 para a atmosfera, comendo e consumido plástico, muitos trabalhando para produzir ainda mais CO2, enfim as rotinas modernas numa sociedade mercantilista como é a nossa. É bem verdade, seria bem melhor para o mundo que estivéssemos todos na praia ou no campo, jogando bola, brincando com as crianças, respirando ar puro e não poluindo a atmosfera e creio até que a grande maioria dos companheiros da CUT e da espécie, aceitaria fazê-lo de boa vontade. A CUT até propõe diminuir o horário de trabalho par que todos trabalhem. Bela lógica. Porque o não faz? Porque insiste em sobreviver no trânsito, nos horários, no trabalho das fábricas poluidoras? A resposta parece-me ser: Para sobreviver, porque é a única alternativa que nos é dada.Será que Copenhague irá decretar um novo modelo de vida para o ser humano? Infelizmente, tenho a certeza, que não.Porque nós vamos aumentando o número de carros e penosamente, em enormes passadas ecológicas, poluir mais o ar e a água,não porque queremos, mas apenas porque somos obrigados a isso, a lógica da vida obriga-nos a isso, não há Governo nem junta de Governos que possa alterar essa realidade e esse é o drama que enfrenta o mundo, somos vítimas mesmo quando poluímos à força, forçados por um sistema que não tem temédio, do qual somos mesmo as grandes vítimas. Aliás, Copenhague não consegue ver mais longe do que esta realidade mercantilista, é preciso ganhar dinheiro estragando o mundo, para poder pagar o direito de o estragar ainda mais. Será que alguem pode ter esperança quando só há esta visão? O que é estranho é que muita gente tem.Mesmo quando alguns falam numa nova economia, não sabem exactamente do que estão falando, imaginam apenas uma economia ideal onde há emprego para todos, e dinheiro para o trabalho e o conforto, e o acesso ao lazer e à tecnologia, Não somos homens e mulheres mais felizes do que os nossos antepassados de há 10 000 anos, temos apenas mais informação e tecnologia e, provavelmente não é a tecnologia que nos faz mais falta, até porque a disperdiçamos de maneira irracional , em contrapartida há muito mais marginalidade, muito mais gente fora do sistema, muito mais gente poluindo o planeta.
Os senhores de conpenhague deveriam se preocupar com o aumento desenfreado da população. A maioria sem planejamento, sem ligar para a atmosfera,sem comida, sem esperança.

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