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sexta-feira, 30 de março de 2007


ROMÁRIO & OS MIL GOLS.
Pra quem vê futebol na TV ou se arrisca a assistir os programas de mesa-redonda sobre futebol, a paciência
já está no limite, nestes dias que antecedem o inevitável milésimo gol do baixinho. A mediocridade, já natural, dos programas está exarcebada por causa do episódio. A obviedade dos repórteres, a obsequiosidade dos narradores, a falta de imaginação dos comentaristas, iguala-se em pé de igualdade com a prepotência do craque. Nem em entrevistas com o Rei do futebol observa-se tanta subserviência, parece que se tem que agradar o ex-jogador em atividade, para conseguir que ele se digne a falar. Ainda bem que, nas contas
dele, falta só um. Melhor desligar o som. (Foto:Terra)

ROMÁRIO & A THOUSAND GOALS.
For who sees soccer in TV or takes a risk to attend the discussion panel programs on soccer, the patience is already in the limit, on these days that precede the inevitable thousandth goal of the “quietly”. The mediocrity, already natural, of the programs it is exaggerating because of the episode. The reporters' obviousness, the narrators' affability, the lack of the commentators' imagination, is equaled in foot of equality with the expert's prepotency. Nor in interviews with the King of the soccer so much subservience is observed, it seems that it is had to please the old player in activity, to get that he deigns to speak. Fortunately, in his bills, it lacks only one. Best to turn off the sound.
AS PRAGAS SEGUNDO MILLÔR
Millor , grande cartunista e trocadilhista, fez uma relação de “pragas”
que nos deixam pessimistas quanto ao futuro do Mundo. A lista é
longa, por isso transcreverei somente as que nos interessam, isto é,
as brasileiras, com algumas (duas) humildes contribuições.

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Temos que evitar apenas os politicos corruptos, a violência crescente,
a emigração indesejável, os bumerangues a baixa altitude, raios manta,
raios panda, ateus, hereges, anti-papistas, a democracia bolivariana,
os pintores primitivos, os pintores modernos, Confederação
Internacional do Homossexualismo Cristão, menores sedutoras,
sedutores de menores, legalização das drogas, movimento estranho
na vizinhança, adoradores de beterraba, orgias no andar de cima,
bacanais no andar de baixo, mosquitos invisiveis,
maníacos-depressivos e armados, baianos elétricos, gaúchos radiativos,
Febre amarela agora com várias cores, voodoo, magia negra,
macumba, hexacloreto de coentro, jornais sem revisão, semanários
sem censura, programação sem vergonha, virgens profissionais,
beijos na boca e boquetes, nuvens de baratas paraguaias, mulatos
liberais, barbudos analfabetos, o bafáfá , o bbb, Confederação
Internacional dos ratos de Sacristia, vôos sem itineário, batedores de
mulheres, saudade dos batedores de carteira, velhinhos nazistas
fugitivos, alcoólicos anônimos, alcoólotras famosos, granadas
extraviadas, extra-viados, petroleiros com um milhão de toneladas,
Conclave de estupradores de domésticas, antropólogos comendo
indias, outros sendo comido por índios, trocadilhistas, donas-de-casa
analfabetas virando emancipadas, violação de e-mails, velhotas com
topless, entrevistas com jogadores de futebol, terapia de grupo,sexo grupal....

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sábado, 24 de março de 2007


O ROCK VIVE
The Strokes é uma banda de rock Indie dos Estados Unidos da América formada em Nova Iorque. Foram, os responsáveis pela grande onda de revitalização do rock, que teve início em 1º de Janeiro de 1999.
The Strokes se formaram ainda quando eram jovens, com a maioria dos membros ligados, de alguma maneira, ao vocalista e compositor
Julian Casablancas. O baixista Nikolai Fraiture e Casablancas são amigos desde a infância. O guitarrista Nick Valensi e o baterista Fabrizio Moretti começaram a tocar juntos quando ambos estudavam na Escola Dwight em Manhattan. Anos mais tarde, Casablancas se encontrou com Hammond Jr. nas ruas de Nova York. Coincidentemente, ambos viviam em apartamentos na mesma rua, um de frente para o outro, Hammond estava em Nova York para estudar na NYU. Albert e Julian passaram a dividir um apartamento e, em 1999, eles se juntaram a Nikolai Fraiture, Nick Valensi e Fabrizio Moretti e formaram a banda The Strokes. A popularidade do grupo cresceu rapidamente, especialmente na região de Lower East Side em Manhattan. Eles começaram, então, a se apresentar no Mercury Lounge, onde Ryan Gentles era um dos agendadores de show. Gentles ficou tão impressionado pela banda que passou a ser seu produtor. The Strokes passaram a se dedicar a ensaios, resultando numa lista de 10 a 12 músicas, entre elas "Last Nite", "Modern Age", "This Life" (atualmente chamada de "Trying Your Luck"), "New York City Cops", "Soma", "Someday" entre outras. A maioria dessas músicas adquiriram novas letras.
The Modern Age (EP) foi lançado em 2001 e acarretou em uma guerra de interesses entre gravadoras pela maior banda de "Rock and Roll" em anos. Posteriormente, The Strokes foram bastante divulgados, causando uma divisão entre os seguidores do Rock e revistas independentes: procurava-se saber se eles eram realmente os salvadores do Rock ou um punhado de jovens ricos com nomes legais e cópia do
Velvet Underground. The Strokes lançaram somente tres discos: Is This it em 2001, Room on fire em 2003 e First Impressions of Earth em 2006. Pró cenário atual, já fizeram muito.

terça-feira, 20 de março de 2007

A REPÚBLICA DA SOJA
O Deputado Odílio Balbinotti ( PMDB-PR ) indicado para Ministro da Agricultura,caiu antes de assumir. Ele é um dos maiores produtores de Soja do País, mas não foi por causa disso que ele foi deletado. É recordista em faltas nas sessões da câmara, mas não foi esta a causa. Nomeou parentes para o gabinete, isso é normal. Descobriu-se que o dito cujo responde processo no Supremo Tribunal ou coisa que o valha, por crimes de falsidade ideológica e falsificação de documentos. Aí ninguém agüenta. Mas como todo mundo que responde processos no Supremo, ele reclama de armação política. E se declara inocente. Ufa.!..Ainda bem.



domingo, 18 de março de 2007


Cruzes na praia. Para lembrar aos que fingem que tudo está bem sob o céu. Mas só sob o céu. 700 cruzes e ainda não chega. Melhor ainda se fossem fincadas no Reveillon, quando milhares comemoram a sorte de não terem sido atingidos pela bala da vez. Comemoram as cinzas do novo aeon da cidade maravilhosa, enquanto crianças morrem sem saber porquê.


PRAIA DE COPACABANA,MARÇO DE 2006

sexta-feira, 16 de março de 2007

D.ZEZÉ E OS GADGETS


Da infância só lembramos as coisas boas. A minha foi boa, mesmo sem iogurte, video-game ou televisão. Falando nisso, onde anda Dona Zezé...?

Em 1964, (ou seria 1966?) nós conhecíamos dois lugares onde havia televisão, ambos de difícil acesso. No bairro pobre do Monte Picú, nos arredores de Fortaleza ,só uma casa ostentava essa maravilha na sala, e por motivos de perda de privacidade os donos tinham resolvido barrar a entrada da meninada. Nós, inclusive. Eu e minha turma formada pelos meus vizinhos Chiquim e Fransquim, além da Cleide, que aparecia de vez em quando, escondida, porque não ficava bem meninas brincar com meninos. Por um tempo os donos da casa com televisão até que tentaram franquear a entrada da molecada para ver o Zorro, mas desistiram depois de descobrirem que era impossível na hora do jantar comer alguma coisa com mais de vinte pares de olhos famintos olhando para eles. A outra TV era pública e ficava longe, na praça de outro bairro, conhecido como “fuloresta”. A primeira vez que fui na tal praça com meu primo “de maior”, o Manuel, a caminhada de três léguas e o público mal-educado me deixaram com terrível impressão. Dois policiais da Guarda municipal, especialmente designados para guarnecer o armário de concreto onde ficava a maravilha e manter a ordem no local, ligavam a TV ás quatro da tarde quando começava a programação e com o sol à pino não dava pra ver muita coisa no preto e branco da tela. Mesmo quem chegava cedo. Uma multidão já havia ocupado a área VIP munido de bancos,cadeiras de palha e tamboretes. Um movimento tipo avalanche começou no primeiro intervalo e não houve policia que desse jeito na onda que espalhou os bancos, tamboretes e gente pra todo lado, misturando crianças, bêbados e vendedores de refresco.
De qualquer forma, ainda era uma geração sem o vício da telinha. O que a gente gostava mesmo era de correr embaixo das mangueiras e cajueiros no quintal infinito da D. Rosa, se lambuzando de comer manga até cansar. E estávamos praticando nossa dieta favorita no dia em que a Cleide apareceu para nos contar em primeira mão, que sua mãe comprara um liqui-não-sei-o-que. Cleide era meio metida a besta porque a sua casa era uma das poucas na nossa rua que tinha energia elétrica, visto que seu pai tinha um bom emprego como chefe dos contínuos no Banco do Brasil. Estava tentando explicar com mais detalhes a novidade quando ouvimos o barulho de um motor, o que nos fez largar tudo e correr para pegar o caminhão antes que este fosse embora, posto que era uma raridade aparecer um pra gente se pendurar até a esquina onde ficava o boteco do seu Joaquim. O caminhão estava lá parado mas, vendo a multidão que se formara na porta da Dona zezé nos pareceu que havia algo mais importante acontecendo. Tinha mais gente do que no dia que “Zé Oím”, depois cognominado “robô”, caiu do cavalo em cima de uma raiz do cajueiro em frente a minha casa e se quebrou em dez pedaços . Deu tempo de ver o empregado da loja pegar a caixa com um tremendo esforço e caminhar com dificuldade entre a turba que o seguiu até a cozinha, onde colocou, num local previamente preparado, o objeto de primeira (ou última?) geração. Eu e a turma nos esgueiramos curiosos por baixo das pernas dos adultos para ouvir o que o empregado estava falando. Explicava rapidamente o funcionamento do trombolho e, olhando para a meninada ao redor, deu a recomendação de que crianças não podiam ficar muito por perto do bicho ligado, pois poderiam ser sugadas pela força centrífuga se o mesmo estivesse sem tampa.
Dona zezé quis incontinenti testar seu liquidificador com leite e bananas para os convidados e curiosos e segurou com pose de modelo a chave de liga e desliga,que mais me pareceu uma alavanca de trem. Enquanto as crianças eram afastadas, pediram para fazer silêncio e isso tornou a coisa tão melodramática que ao primeiro berro que saiu das hélices do copázio de metal, metade da audiência vazou porta afora apavorada levando tudo que havia pela frente até a rua e se metade ficou, foi petrificada de medo com o barulho que parecia vir das profundas.
D. Zezé, uma mulher à frente do seu tempo, tratou de acalmar a todos distribuindo logo a bananada para os que tinham ficado e todos gostaram tanto que pareciam estar à vontade, fazendo piadas com os que estavam de volta da rua meio constrangidos.
Mas só no dia seguinte D.Zezé pôde ver a encrenca que estava por vir, ao ver a fila que se formava na sua porta cada vez mais longa. Toda gente conhecida do bairro apareceu querendo fazer suas experiências e misturas, carregando bananas, abacate, mangas e até jaca, triturada com caroços e tudo, o que não agradou muito porque o resultado ficou com gosto de “Emulsão Scott”. O liquidificador caiu no gosto popular, apesar das maldições do Velho “seu” Gerardo, que dizia que aquele barulho era coisa do Demo. Mas, para felicidade da D.Zezé foi um sucesso passageiro. A freqüência foi diminuindo pouco a pouco depois que comadre Cecília, que não cozinhava mais pra ninguém, descobriu que os dois baldes de bananada que sua trupe bebia no almoço e jantar além do lanche, deixara todos empazinados, cheios de bananas até os ouvidos, e ninguém conseguia evacuar porquê todos sabem que banana prende. Já com Dona Geralda aconteceu o contrário, seu pessoal preferia mamão ao leite.
Um belo dia a procura pelo eletro-doméstico cessou de vez. O gadget havia se tornado banal, porque em qualquer lugar do planeta, só nos interessam as novidades. D.Zezé pôde enfim suspirar aliviada, mas por pouco tempo. Ela planejava agora comprar uma televisão.

domingo, 11 de março de 2007




A Senhora aí do lado é uma sacerdotisa, talvez uma bruxa, mas tem voz de fada. Poucos têem o prazer de ouvi-la, só os que procuram, nos bosques, no mar ou no vento. Gosto de ouvir Simphony in Blue para sonhar, obrigado pela música. O nome dela é Kate Bush. Não espere ouvir no rádio. Wuthering Heights está fazendo trinta anos, data comemorada pelos adeptos da fada. Só conheço um cara que ouve Kate, o Roberto Verissimo, o resto curte funk.

domingo, 4 de março de 2007


MÚSICA & Cia.
Os anos 60/70,foram os anos de ouro da música em todo mundo. Os anos 80 foram como fim de festa, e nos 90 começou a repetição que dura até hoje. Também não há mais nada a ser criado, tudo que tinha que ser feito já foi feito ( All we need is Love).Tudo que tinha que ser falado já foi falado (Loteria da Babilônia). Qualquer música feita hoje vai ter alguma influência , sem falar nos verdadeiros plágios, dos anos de ouro. Principalmente no Rock e no Pop.A geração que viveu esse auge tinha música de qualidade com fartura e essa música influenciou as mudanças que aconteceram no mundo de maneira radical. Como foi mostrado no filme Quase Famosos, ambientado nos anos 70, os discos eram armas poderosas para se descobrir como viver e enfrentar o mundo. Eu tenho alguns na minha vida, mas o mais importante está fazendo 33 anos, foi GITA do Raul Seixas. Foi uma abertura na minha porta de percepção, foi a descoberta do que eu não sabia e do que ainda não sei. Às vezes eu tenho pena de quem não viveu nessa faixa de tempo.
AGUA VIVA
No disco GITA a música AGUA VIVA fala de modo sublime do liquido maravilhoso que deveria ser sagrado. O liquido que mantém vivos todos os seres da terra, e que é aviltado, desprezado, poluído pelo homem através dos séculos. As fontes que descem dos montes estão pouco a pouco secando e a civilização humana continua seu caminho de auto-destruição, mesmo descobrindo já um pouco tarde que é responsável pelo aquecimento da terra. Só uma civilização irracional não toma cuidados com a principal fonte da vida, que regam céus, infernos, regam gente, ainda que seja de noite.