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sábado, 12 de abril de 2008

A BOLSA-DITADURA OU OS ESPERTALHÕES DO TEMPLO

Uma das mais absurdas invenções do pessoal que ocupou o poder após a saida dos militares na década de 80,acontece silenciosamente sem que a maioria do povo brasileiro tome conhecimento ou perceba a tremenda conta que está pagando a alguns individuos que alegam ter lutado pelo país durante o regime militar.Acontece assim: criaram uma comissão para indenizar quem teve sua vida prejudicada pelos militares por se opor ao regime.Nada mais normal que o pessoal de esquerda,que eram simpáticos ao comunismo e adoravam Karl Marx,tivessem essa idéia mirabolante.Mas agora todo mundo, até os maluquinhos e os que enriqueceram durante os anos de chumbo,(ou seriam de ouro?)querem ser indenizados.É a chamada bolsa-ditadura.Os mais novos agraciados são Ziraldo e Jaguar, este alega ter ficado preso tres meses, sem tomar nenhuma cerva! Na verdade o que queriam era transformar o País no que ele é hoje,um lugar sem lei, Pode-se matar o outro a sangue frio e nem assim fica-se tres meses preso.A grande Imprensa está calada, pelo menos nos Blogs a grande maioria condenou essa verdadeira tunga aos cofres do povo, pois é o povo quem paga a conta. Achei muito boa a nota do Blog do Marcelo Tas, trancrita aí embaixo.

A GERAÇÃO PERDIDA
Quando jovenzinho, cansei de ouvir de jornalistas que admirava na época que eu fazia parte de uma "geração perdida". Porque cresci durante a ditadura, sem acesso à informação. Enquanto eles combatiam destemidos nas trincheiras desenhando cartuns, escrevendo artigos com duplo sentido, entrevistando a si mesmos e tomando porres em Ipanema. Eis que agora, os velhinhos voltam à cena e, segundo o Estadão, cobram a conta do contribuinte. Ziraldo e Jaguar se juntaram a outros espertinhos como Carlos Heitor Cony, e vão tungar dos cofres públicos mais de R$ 1 milhão de reais cada um mais um salarinho mensal.Sim, cada um a seu modo, teve uma postura crítica diante da cruel realidade brasileira na época, que aliás não mudou muito de lá para cá.mas não fizeram isso por idealismo? Não fizeram isso porque era "a única coisa a ser feita naquela época"? Não fizeram isso porque eram legaizinhos e "prafrentex" como nos disseram através do Pasquim? Não é exatamente isso que se espera de pessoas honradas? Não é exatamente essa a postura de milhares, senão milhões de brasileiros que resistem a duras penas, à tremenda injustiça escancarada nas ruas pelos quatro cantos do país até hoje?O que esses senhores recomendariam a cada brasileiro que hoje se sinta injustiçado por algo que aconteceu há 30 anos? Que contrate um bom advogado para tungar um milhãozinho dos cofres públicos? Quem diria que esses senhores, no final da vida, figuras que sempre posaram de boa gente, amantes do humanismo, combatentes das desigualdades, defensores dos bons costumes... fossem dar um aplique desse na gente? Depois de todo o blablablá de décadas, no ocaso de suas carreiras, coroarem o currículum vitae com a invenção da "Bolsa Ditadura"?! Que vergonha!Tivemos que esperar esses anos todos para perceber, aos 45 do segundo tempo, que eles, esses velhinhos velhacos, são verdadeiramente, a geração perdida. Que este milhão arda no traseiro deles e o travesseiro não os deixe dormir em paz.PS1: depois de escrever o post acima, li no blog da Cora Ronai, além de um comentário precioso dela sobre o imbrolio, que Jaguar e Ziraldo vão receber da Justiça, a seguinte bolada, respectivamente: R$1.027.383,29 e R$1.253.000,24, mais pensão mensal de R$ 4.375,88.PS2: Leio ainda no blog de Reinaldo Azevedo, que existem mais de 30 milde pedidos de Bolsa Ditadura correndo na Justiça. Abro aspas para Reinaldo: "Pegue-se o caso de Carlos Heitor Cony, que deve receber a maior pensão mensal vigente — mais de R$ 20 mil —, além de ter levado uma indenização superior a R$ 1,5 milhão. Teria sido demitido do Correio da Manhã, onde era editorialista, por causa da ditadura. Recebeu uma pensão como quem estivesse destinado a ser diretor de redação. E para quem ele foi trabalhar depois, tornando-se seu ghost writer? Para Adolfo Bloch, dono da Manchete, um entusiasta do regime militar, para o qual Cony ajudava a derramar elogios."E, olha a ironia do destino:"Vejam que engraçado. Sabem como o pessoal do Pasquim se referia a Cony? Como “Carlos Heitor Conyvente”. Passados alguns anos, eis que todos são agraciados com o título nobiliárquico de “perseguidos pela ditadura”.
Jesus, que caras-de-pau!

Escrito por Marcelo Tas

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