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sábado, 27 de setembro de 2008

DVD DO ANO











O AMOR NOS TEMPOS DO CÓLERA
Florentino Ariza se apaixona por Fermina Daza ao levar uma carta para seu pai. Após achar um meio de entrar em contato,ficam namorando literalmente por correspondência, mesmo depois que o pai da moça descobre e a manda para o interior da colômbia para a casa de parentes. Na volta à cidade anos depois, ao vê-lo de perto,ela descobre que não era aquele o homem que imaginava nos seus sonhos e o descarta sem piedade, jogando Florentino numa espera angustiante pela amada por mais de cinquenta anos. O livro e o filme narram o que acontece com os dois durante todo esse tempo, em que o Caribe era varrido pelo cólera. Florentino , enquanto espera,"pega" mais de oitocentas mulheres e anota todas num caderninho. O diretor tentou ser fiel ao livro, mas houve falhas. para quem é fan do livro de Gabriel Garcia Marques, faltaram alguns personagens de peso, como Leona Cassiani! e Ausência Santander? A fotografia é dez mas alguns atores não convencem, como John Leguizamo e Giovanana Mezzogiorno. Perfeito só Javier Bardem e, claro, Fernanda Montenegro. O resto é coadjuvante.

Elenco
Javier Bardem (Florentino Ariza)
Giovanna Mezzogiorno (Fermina Daza)
Benjamin Bratt (Dr. Juvenal Urbino)
Fernanda Montenegro (Tránsito Ariza)
Catalina Sandino Moreno (Hildebranda Sanchez)
Adriana Cantor (Andrea Varón)
Alicia Borrachero (Escolástica)
Salvatore Basile (Prefeito)
Angie Cepeda (Viúva Nazareth)
Hector Elizondo (Dom Leo)
Laura Harring (Sara Noriega)
John Leguizamo (Lorenzo Daza)
Rubria Marcheens Negrao (Rosalba)
Marcela Mar (America Vicuña)
Andrés Parra (Capitão Samaritano)
Liev Schreiber (Lotario Thurgot)
Indhira Serrano (Barbara Lynch)
Ana Claudia Talancón (Olimpia Zuleta)
Unax Ugalde (Florentino Ariza - jovem)
Direção: Mike Newell

domingo, 21 de setembro de 2008

SEX PISTOLS “There’ll Always Be An England”









NEVER MIND THE BOLLOCKS
Um pouco descrente de que o show exibido no HBO despertasse meu interesse, sentei no sofá com o controle remoto pronto para zapear para um filme qualquer. Minha curiosidade se limitava a ver como estavam os caras que à trinta anos atrás sacudiram o mundo com um som devastador batizado de punk rock. E também como tocariam "God save the queen". Johnny Rotten, Steve Jones, Paul Cook e Glen Matlock (no lugar de Sid vicius) comemoravam os trinta anos do LP "Never mind the bollocks". O Show foi uma surpresa, johnny rotten velho e barrigudo parece mais um palhaço, mas continua com as mesmas tiradas sardônicas e instigando a platéia. A banda continua tocando com o mesmo vigor de trinta anos atrás,talvez até melhor.
Com pouco papo iniciam com "Pretty vacant" e emendam o som característico do começo ao fim sem piedade dos ouvidos mais sensiveis.
Não deu para desligar. Embora 1978 esteja distante, e todos sabiam disso, não se pode esquecer dos bons e maus momentos desta banda revolucionária e sempre lembrando que não acontecerão mais fatos novos como os Sex Pistols.

A HISTÓRIA MAQUIADA OFICIAL

Não raro todo dia aparece uma nota ou artigo relembrando o período do regime militar,
falando dos porões da ditadura e dos anos de chumbo como se quisessem mostrar que os dias de hoje, estão muito melhores.Alguns ainda enganam a si próprios falando que as instituições democráticas estão funcionando e fortalecidas.Para quem? Não sou simpático à ditadores, e acho que o regime militar nunca foi realmente um regime ditatorial, a não ser nos casos em que havia necessidade de se impor a autoridade e evitar o caos,que aliás, hoje já se instalou.Recordo do respeito à autoridade, da segurança nas ruas,do ensino de qualidade nas escolas públicas, do respeito aos símbolos nacionais,coisas que qualquer nação , com governantes responsáveis, não pode deixar de fazer.Se os intelectuais não querem reconhecer que os tempos estão ficando mais cinzentos que há trinta anos atrás, pelo menos virem suas baterias para os governantes corruptos e seus partidos de aluguel.

Enquanto o país se desintegra sem solução à vista, todo dia aparece uma nota ou um artigo nos jornais falando no período do regime militar, como se os militares fossem responsáveis pelos atos lamentaveis que presenciamos hoje. Já se vão duas gerações de semi-analfabetos por falta de prioridade para a educação, estamos no estágio de não poder mais sair de casa por causa da violência sem controle e continuam falando dos anos de chumbo.Seriam os militares responsáveis pelo leite com soda caústica? Para mim, que cresci durante o regime militar e tive ensino de qualidade na escola pública, e andei nas ruas com segurança, além de ter noções de patriotismo , moral e respeito a autoridade, anos de chumbo são esses que estamos vivendo...
Timidamente, alguns colunistas e intelectuais começam a reconhecer que a história não foi bem assim. O regime militar foi implantado no país com aprovação de grande parte do povo brasileiro e apoiado pelos EUA para evitar a tomada do poder pelos comunistas comandados por Luis carlos prestes, que em janeiro de 1964 voltou de Moscou com autorização para iniciar uma guerra civil no país. Por outro lado, existia uma extrema direita comandada pelos governadores Carlos lacerda do Rio e Adhemar de Barros de S.Paulo, com um exército para-militar de mais ou menos 30 mil homens bem armados e dispostos á combater a invasão de forma violenta. É interessante à esta altura notar que a Imprensa nunca põe em debate o que aconteceria se os militares não se movessem, tudo leva a crer que correria muito sangue. E se o sistema soviético vencesse? Basta olhar para o que aconteceu na Rússia,na China e Cuba. Poderíamos hoje estar contando milhares de mortos. Como escreveu o escritor Olavo de Carvalho, hoje banido da Imprensa Brasileira, na noite de 31 de março daquele ano, o maior esquema revolucionário já montado pela esquerda neste continente foi desmantelado da noite para o dia sem qualquer derramamento de sangue.Uma mobilização militar bem coordenada bloqueou ruas, pôs a liderança esquerdista para correr em busca de embaixadas e a extrema direita civil, que achava ter chegado sua vez de mandar no país, foi cuidadosamente imobilizada e acabou desaparecendo do cenário político Brasileiro.
Longe de discursos demagógicos, não se trata aqui de defender o regime militar, mas de esclarecer o que realmente ocorreu.O povo Brasileiro, desligado por natureza, foi bombardeado nos últimos 20 anos através da TV, jornais e livros, por uma propaganda totalmente invertida criada pelos que foram, vejam só, perseguidos pelos militares e hoje estão nos escalões do poder. Para apagar o papelão que protagonizaram após a falência do regime na mãe Rússia, aderiram ao discurso da luta contra a ditadura. Ninguém com um pouco de literatura sobre o período pode supor que a alternativa ao golpe militar fosse o paraíso democrático. Recentemente o jornalista Elio Gaspari, num artigo em O globo, reconhece que o AI-5 foi criado após o recrudescimento de grupos revolucionários armados e não o contrário,como sempre foi propagado na Imprensa, aliás, o lugar onde a esquerda mais se refugiou, permitido claro, pelos militares.Outra lenda é sobre aqueles que bradam sua luta contra a ditadura como se tivessem vencido ou tomado o poder. Os militares entregaram o poder aos civis após a dissipassão de todo e qualquer grupo guerrilheiro, quando já não havia mais sinais de violência, e quando a esquerda começou a cambar para uma militância social-democrata, consentida e incentivada pelos militares, que a viam como uma alternativa política mais saudável que a violência revolucionária. E que dura até hoje, embora seja só um discurso.