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quinta-feira, 18 de agosto de 2016

As sete lições olímpicas

Na segunda-feira teremos de acordar para a dura realidade. E é isso que o brasileiro mais detesta na vida

     
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  • A Olimpíada do Rio se aproxima do fim, e podemos tirar algumas importantes lições do megaevento. Em primeiro lugar, o Brasil é sim capaz de organizar uma grande festa. Mas essa nunca foi a dúvida real. Nós, como as cigarras da fábula, somos bons de farra mesmo. O que não sabemos fazer tão bem é construir um país civilizado, de primeiro mundo.
    E isso fica claro logo com o segundo ponto: essa foi a Olimpíada das vaias. Como dizia Nelson Rodrigues, brasileiro vaia até minuto de silêncio. No calor da disputa de futebol entre nós, tudo bem. Mas na Olimpíada deveria ser diferente. Somos os anfitriões recebendo nossos convidados. Vaiar os outros o tempo todo é simplesmente falta de educação.
    O caso do francês Renaud Lavillenie, que perdeu a medalha de ouro do salto com vara para o brasileiro Thiago Braz, foi o mais escandaloso. Mas vaiamos tudo, até tênis! Para quem tem um pingo de educação, isso foi motivo de profunda vergonha. O Brasil às vezes parece uma grande tribo, que só enxerga “nós” contra “eles” o tempo todo.

    Essa é a postura de quem não tem autoestima e precisa do termômetro alheio o tempo todo. O caso mais patético foi o da enorme controvérsia por trás de um famoso biscoito de polvilho carioca, que um jornalista do New York Times considerou sem gosto. Parecia que a mãe de cada um estava sendo xingada dos piores termos. Uma postura um tanto jeca, convenhamos.
    Uma quarta lição pode ser extraída do quadro de medalhas. Os americanos, líderes com folga, não têm um Ministério dos Esportes. O governo não se mete tanto no assunto, o esporte não é refém da politicagem, e justamente por isso pode prosperar. No Brasil, onde todos esperam tudo sempre do governo, temos Leonardo Picciani como ministro. E muitos gastos públicos. E poucas medalhas.
    Das poucas que conquistamos emerge a quinta lição: a imensa maioria veio de atletas treinados pelos militares. Seria pura coincidência? Creio que não. Os militares cobram mais disciplina, determinação e humildade, características necessárias para um vencedor.
    O que nos remete à sexta lição: o espírito olímpico é liberal, valoriza o mérito, o resultado, rejeitando a vitimização típica dos perdedores. Quem fica de “mimimi”, buscando bodes expiatórios para seus fracassos, nunca avança na vida. Os atletas de alto rendimento lapidados pelos militares sabem disso.
    E demonstram esse reconhecimento prestando continência no pódio, o que nos leva à sétima lição: só mesmo os jornalistas “progressistas” viram tanta polêmica nesses atos, considerados normais pela população. Se tivessem erguido os punhos cerrados e gritado “Fora Temer”, a imprensa teria achado mais natural do que o respeito à nossa bandeira e aos militares. A mídia vive numa bolha esquerdista.
    São essas as setes lições básicas que podemos extrair da nossa Olimpíada. Fecho com uma extra: depois da festança vem a ressaca. Brasileiro gosta de só pensar no aqui e agora, de forma hedonista, e “deixar a vida nos levar”. O problema é que isso costuma ter elevado custo.
    Qual o legado que fica dos gastos bilionários para realizar os jogos? Qual foi seu custo de oportunidade? Houve retorno sobre esses investimentos ou o país tinha outras prioridades? Sabendo que estamos literalmente quebrados, o impacto desse evento está mais para Barcelona ou para Atenas?
    Na segunda-feira teremos de acordar para a dura realidade. E é isso que o brasileiro mais detesta na vida...
    Rodrigo Constantino, economista e jornalista, é presidente do Conselho do Instituto Liberal

terça-feira, 2 de agosto de 2016

10 COISAS QUE TEM NO BRASIL E NÃO TEM EM NENHUM LUGAR NO MUNDO



Todas as atenções do mundo estarão voltadas à cidade do Rio de Janeiro, palco da 31ª edição dos Jogos Olímpicos, nos próximos dias. Sejam notícias positivas ou negativas, o Brasil é destaque nas páginas dos principais sites, jornais, revistas e televisões do mundo.
Uma delas é o artigo do jornalista Joe Robinson para a rede americana CNN, que listou os 10 coisas que o Brasil faz melhor que qualquer outro lugar do mundo.
1 – PLAY (Brincar)
Para o jornalista isso é uma parte essencial da personalidade brasileira: a vontade de rir de si mesmo, seus impasses e absurdos políticos e acolher o outro com descontração. Lembra que o brasileiro elege tipos exóticos como palhaços para o congresso. Mas não fala que a situação tragicômica na política deixa o país numa atmosfera de revolta e insegurança.
2 – MUSIC THAT MOVES (A música AGITA)
O Brasil é um universo da música em si mesmo, sem igual na diversidade de estilos musicais, instrumentos e ritmos.Certo.Lembra que o Samba e Bossa-Nova são estilos tipicamente brasileiros, e ainda bem que não tomou conhecimento do fatídico Funk da periferia.
3 – LUNCHES (Comida)
O Jornalista se espanta com a agregação de vários pratos no menu brasileiro, um resquício das terras do Mediterrâneo que abasteciam o Brasil com colonos de Portugal, Itália e Espanha, o almoço é jantar. E um grande jantar. As porções brasileiras podem ser gigantescas, muitas vezes maior do que o prato padrão americano. Os brasileiros são especializados em servir tiras finas de carne bovina e outras delícias carnívoras, servido com arroz, feijão e banana fritas regadas com uma cerveja ou guaraná. Algo que você não encontra em nenhum lugar no mundo.
4 – PARTYING (Comemorando)
Os brasileiros poderiam canalizar a criatividade e a indústria do Carnaval em empreendimentos econômicos, o que tornaria o país imbatível.Ooops!
As duas festas mais importantes para os brasileiros são o Carnaval, o que torna o de New Orleans menor, e celebração Réveillon. Mas as festividades não param. O país tem uma profusão de festas regionais, que servem para manter a cultura, e a abundância de feriados religiosos durante todo o ano.
5 - PLASTIC SURGERY (Cirurgia plástica)
Em um país com muitas praias, não é surpreendente que ter um corpo bonito é uma preocupação aqui --e uma ocupação, também. O Brasil ultrapassou os Estados Unidos em 2014 em cirurgias estéticas, de acordo com a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética.
6 - EXOTIC FRUIT (Fruta exótica)
O Brasil tem maior coleção do mundo de frutas exóticas, muitos dos quais os gringos nunca ouviram falar. Como cupuaçu,carambola caju, jabuticaba, entre outras. Os brasileiros são especialistas em bebidas de frutas saborosas. Em cada esquina do Rio tem uma casa que vende sucos. Isso por que o jornalista não conhece frutas como o cajá ou graviola.O resto do mundo no have.
7 - KISSES (Beijos)
Pode ser estranho, mas os brasileiros gostam de cumprimentar as pessoas com beijo, mesmo sendo um estranho.
Um beijo no rosto é habitual para um homem quando apresentado para uma mulher, como ao se despedir. Ainda bem que não adotamos o costume russo de beijar na boca.
8 - BAKED GOODS (Padarias)
As padarias são uma espécie de templo para os brasileiros. Elas oferecerem uma variedade de bolos –alguns úmidos que derretem na boca-- além de tortas, pães de queijo, biscoitos, brownies, tortas coberto de frutas, flans, mousses e os cafezinhos. Essa também é uma especialidade rara de portugueses e brasileiros. Americanos tem que se contentar com o McDonald.
9 - RAIN FORESTS (Florestas tropicais)
Árvores? Eles têm aos montes. A Amazônia tem cerca de 390 bilhões de árvores, o que representa metade do total das florestas tropicais remanescentes do mundo e 16.000 espécies diferentes de árvores.
Mais da metade da bacia amazônica --1,4 mil milhões de acres-- estão no Brasil, incluindo os milhares de quilômetros do rio Amazonas, o maior rio do mundo em volume, 6,9 milhões de metros cúbicos. Pena que o Brasil não liga para o valor estratégico da riqueza natural.,
10 - GRILLED MEAT (Churrasco)
O Brasil é uma profusão dos sentidos, onde tudo é provado com o cheiro. Isso vale para um dos menus favoritos do brasileiro, o churrasco. Há poucas coisas mais saborosas para um brasileiro do que um pedaço de carne e, em particular, a picanha. Num tradicional , não pode faltar linguiças, cortes de frangos e carne bovina e suína Morra de inveja gringolada.